A produção brasileira voltou a subir em maio, após ter recuado no mês de abril, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI) na Sondagem Industrial. O índice que mede a evolução da produção ficou em 53,8 pontos no mês passado, 12,2 pontos a mais do que em abril (41,6 pontos). Ao ficar acima de 50 pontos, o indicador mostra que houve avanço na produção ante o mês anterior. Foi a primeira alta para maio desde 2013, quando o índice ficou em 51,1 pontos.
A utilização média da capacidade instalada também melhorou, passando a 66%, mais do que os 63% registrados em abril. O indicador sinaliza queda da ociosidade industrial. Mesmo assim, o economista da CNI Marcelo Azevedo observa que a reação de maio é insuficiente para configurar uma recuperação da atividade. “A reação veio depois de um mês muito atípico, com muitos feriados. É cedo para dizer que a recuperação de maio vai se sustentar nos próximos meses”, afirma Azevedo, em comunicado da entidade.
Apesar dos sinais positivos na produção, o emprego no setor industrial continua em queda, mostra a Sondagem. O indicador ficou em 48,1 pontos, abaixo da linha divisória dos 50 pontos que separa dados negativos dos positivos. A velocidade de retração nos postos de trabalho, porém, é menor do que a registrada nos meses anteriores, já que o resultado ficou 1,1 ponto acima do verificado em abril. “A distância do índice para a linha divisória é a menor desde abril de 2014”, nota a CNI.
As perspectivas dos empresários apontam que o emprego continuará caindo no curto prazo. O indicador de expectativa de evolução do emprego nos próximos seis meses ficou em 48,8 pontos. Os empresários, no entanto, estão mais otimistas com a evolução do consumo e das vendas externas, uma vez que esses indicadores ficaram acima dos 50 pontos. Mas as perspectivas positivas são insuficientes para estimular os investimentos. O indicador de intenção de investimento ficou em 46,5 pontos no mês passado (AE).
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