Apontado por analistas como o nome que, pela vitória de aliados, sai mais fortalecido das eleições municipais, o governador Geraldo Alckmin disse que a corrida à Presidência da República não está na agenda política no momento. Ele destacou, contudo, o desafio de quem vencer as próximas eleições diante da crise econômica e apontou os caminhos para o País sair da recessão.
“Eleição nacional, 2018, está fora hoje da agenda e quem for eleito terá grande responsabilidade porque os tempos são difíceis”, disse, acrescentando que comandar o País no momento em que a atividade econômica recua 3% é totalmente diferente de governar com crescimento de dois dígitos no PIB. Nesse ponto, usou como referência não a fase de bonança do governo petista, mas sim o “milagre brasileiro”, como ficou conhecido o período do regime militar em que a economia, na década de 70, exibia crescimento vigoroso.
Questionado se teria interesse em ser presidente do País apesar do cenário adverso, Alckmin respondeu que esse é um tema para o futuro. Ele citou, porém, possíveis caminhos para vencer a crise: muita inovação, boa gestão, fazer mais com menos dinheiro, parcerias com setor privado e estímulos à atividade produtiva. Também considerou que as eleições viram uma página na política brasileira. “A tarefa agora é recuperar a economia. Você tem mais de 12 milhões de desempregados e uma espiral recessiva que precisa ser rompida. O caminho é rigor fiscal, de um lado, e redução de taxas de juros, câmbio competitivo e reformas estruturais”.
As declarações ocorreram durante entrevista do governador a jornalistas, realizada após cerimônia em que foi anunciado decreto para reduzir a burocracia das atividades de aquicultura no Estado. Durante o evento, a menção ao desempenho de Alckmin na corrida pelas prefeituras veio no discurso de um correligionário, o deputado estadual Barros Munhoz, que falou da “consagração” eleitoral do estilo de fazer política do tucano (AE).
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