Ale Boiani (*)
Quando falamos em planejamento financeiro, o primeiro pensamento que nos vem à cabeça é que deveríamos ter guardado dinheiro para investir. Mas, o primeiro ponto a entender é em qual fase de vida financeira a pessoa está. Diante disso, será avaliada a capacidade de poupar, entendendo qual é a situação atual do fluxo de caixa.
Pode ser que a pessoa ainda precise organizar o seu orçamento, gastar menos do que ganha, quitar dívidas e aprender a poupar. Poupar é diferente de investir. Trata-se apenas de acumular dinheiro. Administrar o que se conquistou ao longo da vida pode ser tão ou mais difícil do que acumular capital.
Se não fosse assim, não aconteceriam casos, por exemplo, de pessoas que ganharam prêmios na Mega Sena ou em programas de televisão, e ficaram pobres novamente, por não terem conduzido a sua vida financeira de forma correta e estratégica.
A conversa sobre o planejamento acaba se aprofundando para uma análise patrimonial, em que contempla os projetos de vida da pessoa, o planejamento de aposentadoria que ela enxerga como ideal para a sua vida, o foco na proteção familiar e gestão de riscos, as fases do ciclo de vida financeira e, claro, o acúmulo patrimonial. Assim também como avaliar qual é a experiência prática que o cliente tem com investimentos financeiros.
Até aqui, estamos falando do trabalho do planejador financeiro, ou de um assessor de investimentos que seja capacitado e domine os assuntos da área, levando a experiência e a cultura na forma de ver as situações e atenda o cliente de forma completa.
Ao falar da política de investimentos, deve sempre ser avaliado qual o nível de educação financeira da pessoa, e se está acumulando capital, rentabilizando, se consolidando ou preservando. Um olhar 360 graus é necessário para agir da maneira mais assertiva possível.
O planejamento financeiro não envolve apenas questões ligadas à investimentos, mas também com questões fiscais, tributárias, sucessórias, o levantamento real da necessidade de oferecer produtos de proteção com os seguros, a internacionalização, como por exemplo pais que querem investir em conhecimentos dos filhos que estudarão fora do país, ou planos da família de morar no exterior, questões jurídicas que demandam proteção do patrimônio quanto à penhoras, entre outros pontos.
A vida financeira é uma jornada que deve ser planejada. Na fase inicial, seguimos o seguinte roteiro: ganhar, poupar e aprender. O profissional da área financeira está diretamente ligado à educação financeira do cliente. É importante que a pessoa seja orientada, tenha o seu perfil de risco sempre respeitado, e seja sempre estimulada a aumentar suas reservas e impulsionar seus investimentos.
O “trabalho oficial” do assessor de investimentos começa na fase de acumulação de capital, e nesta seguimos o ciclo: ganhar, poupar e projetar. O foco está nas estratégias de quais investimentos são para curto, médio ou longo prazos, respeitando sempre seus objetivos e perfil de risco. Quando o cliente consegue acumular ao menos o capital de fundo de reserva, o foco passa a ser a rentabilização. O cliente já passou pelos primeiros passos, e já tem objetivos claros de onde quer chegar.
Aqui, seus investimentos devem ser acompanhados ainda mais de perto. Uma carteira diversificada entregará resultados mesmo para os perfis mais conservadores. Ao atingir a faixa de consolidação dos investimentos, embora ainda esteja em momento de produção profissional, geralmente já se tem uma carreira estável, alguns objetivos já foram conquistados, e ainda se tem muitos outros a conquistar, sempre alinhados entre o assessor e o cliente.
Os investimentos são acompanhados de acordo com seus projetos, e a expertise do seu assessor, com experiência nesse tipo de atendimento com investidores qualificados (quem acumulou ao menos R$1 milhão), ajudará na tomada de decisões. Ao chegar à faixa da preservação, o foco é manter tudo o que foi conquistado e continuar acompanhando os projetos e objetivos, usufruindo também das conquistas.
Seu assessor deve ser qualificado para instruir baseado em estratégias planejadas para você usufruir dos seus investimentos, preservando sempre o seu capital principal. O último ciclo de vida financeira foca na manutenção para as futuras gerações. Aqui, você manterá o que foi conquistado, e continuará acompanhando novos projetos e objetivos, desfrutando, com conforto, dos seus objetivos alcançados, e avaliando a melhor forma de dar continuidade aos projetos familiares, ligados à sua sucessão.
O seu assessor deve proporcionar um acompanhamento ainda mais próximo e exclusivo, de preferência contando também todo o suporte de outros especialistas como advogados e contadores, para que você e seus sucessores tenham uma vida tranquila e segura!
(*) – É CEO, fundadora e sócia do 360 iGroup (https://360igroup.com.br/).