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A importância da tomada de decisão nas organizações

em Manchete Principal
terça-feira, 01 de dezembro de 2020

Emerson Douglas Ferreira (*)

Tomada de decisão nada mais é do que um processo cognitivo, que resulta em uma ou mais escolhas entre várias alternativas. Para os gestores e profissionais de todas as áreas, tomar decisões é um desafio diário e fazer isso sem base em dados e fatos concretos, pode ser extremamente prejudicial para os negócios.

Os sistemas de gestão empresarial (ERP) têm o objetivo principal de gerenciar as variáveis do fluxo financeiro e de gestão. Adotá-los é fundamental, já que controlando processos e integrando setores é possível aumentar a produtividade das equipes e otimizar os resultados dos negócios.

Entretanto, em decorrência do alto grau de competitividade e das variáveis mercadológicas que ocorrem cada vez mais rápido, implantar somente um sistema de gestão é insuficiente para suportar as melhores ou mais assertivas decisões. É necessário contar com rapidez e proatividade, prevendo ações futuras, protegendo-se de ameaças e identificando oportunidades.

Imagem: Freepik

As decisões gerenciais são classificadas como estratégicas, táticas ou operacionais e costumam ter implicações de curto prazo, mas também podem ser projetadas para prazos maiores. Portanto, são escolhas tomadas no nível superior da gestão, que influenciam em toda ou em uma parte importante da organização e contribuem para alcançar objetivos comuns, envolvendo grandes mudanças de práticas e procedimentos. Nesse nível, o conhecimento deve ser composto de informações e análises e a tomada de decisão é baseada em inteligência.

Já as táticas costumam ser tomadas no nível médio de gestão e estão relacionadas à implementação das decisões estratégicas. São direcionadas para o desenvolvimento, estruturando fluxos de trabalho, estabelecendo canais de distribuição e aquisição de recursos. Neste nível, a informação deve ser obtida por meio da combinação de dados com o contexto. Os dados são organizados em gráficos e planilhas, oferecendo subsídio significativo às tomadas de decisão.

E, as operacionais estão relacionadas ao dia-a-dia das empresas e normalmente têm implicações de curto prazo. Precisam estar baseadas em informações claras e racionais. Neste nível, as informações são básicas e obtidas por meio de dados.

Independente do nível da gestão em que a decisão estiver inserida, optar pelas melhores alternativas é uma prioridade organizacional. Com isso, é importante conhecer métodos que auxiliam na escolha das ferramentas mais adequadas para suportar os processos decisórios na era do Big Data. A primeira é utilizar soluções de inteligência de negócios desenvolvidas com tecnologia cognitiva e inteligência artificial.

As soluções de inteligência de negócios (Business Intelligence), desenvolvidas com tecnologia cognitiva e inteligência artificial são impulsionadas por poderosos mecanismos de análise, combinados com recursos de processamento de linguagem natural, que tornam o mecanismo de negócios personalizável e fácil de aprender, beneficiando gestores com descobertas de insights, previsão e visualização de resultados, criação de relatórios e colaboração com outras equipes, favorecendo processos decisórios capazes de definir ou alterar o rumo dos negócios.

É essencial também que você obtenha as informações apropriadas, entregando conhecimento para as pessoas certas, da forma certa e no tempo certo. Além disso, inseridas em um cenário cada vez mais desafiador, é possível afirmar que as melhores práticas de gestão se baseiam em um único ecossistema de capacidades e conhecimentos cognitivos.

Imagem: Freepik

Essas informações, armazenadas de forma segura e com ferramentas de análise, auxiliam gestores a descobrir insights que melhoram os processos de negócios e ideias que conduzem a melhores resultados. Para que as informações apropriadas sejam entregues com conhecimento para as pessoas certas, da forma certa e no tempo certo, este ecossistema precisa se basear em mobilidade e agilidade, produtividade, facilidade de visualização para uma rápida interpretação, segurança e confiabilidade.

Avalie a perspectiva do negócio do ponto de vista de indicadores reais x planejados. Para isso, utilize uma solução de planejamento integrado para promover a colaboração em toda a empresa e ajudar a manter a agilidade dos negócios com uma gestão eficiente. Ela precisa ser aderente a todas as áreas, incluindo gerenciadores financeiros, de vendas e de pessoas. Contudo, necessita também gerar insights automáticos a partir de dados, aumentando a capacidade de tomada de decisão do usuário frente às rápidas mudanças de mercado.

Preveja tendências e planeje-se de forma mais eficaz para o futuro, já que, se os seus indicadores estiverem disponíveis em um dashboard segmentado, com informações de diversas áreas da empresa é possível ter vários tipos de controle, cruzamentos de dados e gerenciamentos automáticos a partir de metas que o usuário mesmo pode definir. Também é importante analisar dados e criar modelos para prever resultados futuros, evitando riscos financeiros por meio de projeções de cenários que apoiam os gestores com informações preditivas antes mesmo do fato ocorrer.

Transformar a área de tecnologia da informação em gestora de dados é outro método relevante. A aprovação da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) no Brasil trouxe às empresas desafios de gestão do conhecimento que vão além do tradicional departamento de tecnologia da informação. Para se adequar à legislação que passou a vigorar a partir de 18 de setembro de 2020, é necessário estruturar uma cultura organizacional de segurança da informação, que deve incluir práticas de gestão de dados amparadas por um departamento de TI atualizado e estratégico.

Em muitas empresas, as decisões ainda são tomadas com base na intuição ou na experiência pessoal de cada gestor. É importante ressaltar que, ainda que importantes, opiniões e impressões podem ser desastrosas se usadas como base para processos de tomada de decisão.

(*) – É especialista em consultoria de planejamento, inteligência de negócio e soluções que auxiliam executivos na tomada de decisão desde 1995, e fundador da Meeting Strategic Solutions (www.meeting.com.br).