
Marcus Marques destaca como identificar e gerenciar os riscos para alcançar o crescimento sustentável
Com mais de 16 mil empresários formados pelo programa Acelerador Empresarial, Marcus Marques, principal influenciador em gestão para pequenas e médias empresas no Brasil, reforça a importância de compreender o apetite ao risco organizacional como um dos pilares para o sucesso empresarial sustentável. “Saber até onde você pode ir, sem comprometer o futuro da empresa, é uma questão de sobrevivência e crescimento planejado”, pontua Marques, cujas redes sociais acumulam mais de 2 milhões de seguidores.
O conceito de apetite ao risco se refere ao nível de exposição que uma empresa está disposta a assumir ao buscar suas metas estratégicas. Segundo Marques, entender e gerenciar esse aspecto permite decisões equilibradas, aproveitamento de oportunidades e mitigação de ameaças. “Empresas que sabem gerenciar riscos podem se posicionar melhor no mercado, principalmente as pequenas e médias, que têm menos margem para erros graves”, alerta o empresário.
O processo de avaliação e seus benefícios
Para definir o apetite ao risco, Marques destaca a necessidade de uma análise profunda que inclua desde a cultura organizacional até os objetivos financeiros. “A cultura da empresa é um termômetro essencial”, afirma. Segundo ele, empresas mais conservadoras tendem a ser avessas, enquanto negócios com perfil empreendedor geralmente possuem uma abordagem mais agressiva.
Dentre os benefícios de avaliar e entender se o empresário está preparado para este cenário, ele cita que é preciso alinhar o alinhamento estratégico, a alocação eficiente de recursos e a vantagem competitiva. “Quando uma empresa conhece seus limites, ela não perde tempo com projetos inviáveis e sabe onde pode buscar retornos maiores”, diz. Além disso, cumprir normas regulatórias e proteger a reputação corporativa são aspectos-chave para empresas de setores regulados.
Como identificar e definir o apetite ao risco
O influenciador sugere que o processo de identificação envolva diversas estratégias, como a análise da cultura organizacional, o engajamento dos stakeholders e o benchmarking com concorrentes. “Olhar para o mercado e entender o que outras empresas estão fazendo pode ajudar a calibrar melhor a exposição”, observa.
Uma vez identificado, o próximo passo é definir o nível aceitável de risco. Para isso, Marques recomenda o uso de critérios mensuráveis, como impacto financeiro e operacional. “Os limites precisam ser claros e revisados periodicamente, porque o mercado muda e as empresas também. A empresa que não se adaptar, pode sofrer consequências”, orienta.
No processo de implementação, Marques sugere que as empresas incorporem a gestão de riscos à governança corporativa, adotando políticas claras e treinamento contínuo dos colaboradores. Ele também recomenda o uso de ferramentas tecnológicas que permitam o monitoramento e a resposta rápida a riscos emergentes. “A tecnologia facilita a tomada de decisões com base em dados e fatos, mas é a cultura organizacional que mantém o time comprometido com o planejamento”, afirma.
O apetite ao risco não é igual sempre e pode variar conforme mudanças no mercado e na empresa. Por isso, Marques aconselha avaliações periódicas e a comunicação interna de ajustes. “Os líderes devem ser os primeiros a estar informados sobre qualquer mudança de estratégia para que isso reverbere nas equipes”, destaca.
Ao adotar uma abordagem proativa na gestão, as empresas podem melhorar sua resiliência, otimizar oportunidades de negócios e criar valor sustentável para stakeholders. “Quando você sabe como e onde arriscar, a empresa cresce de forma consistente e segura, gerando valor não só para os donos, mas também para os colaboradores e clientes. A chave está no equilíbrio, nem todo risco é ruim, mas todo risco ignorado pode ser fatal”, finaliza Marques.