A principal estratégia das agências de publicidade para ampliar o portfólio de serviços oferecidos aos clientes tem sido a criação ou a compra de novos negócios, prática executada por 74% dessas empresas no último ano no Brasil. Além disso, 72% delas planejam criar ou comprar novos negócios no próximo ano para atingir esse objetivo.
Essas são algumas das conclusões do estudo “O futuro das agências: ESG, aquisições, crescimento e concorrência”, conduzida pela KPMG em conjunto com o Meio & Mensagem com 50 líderes de agências de publicidade no Brasil. As agências também foram perguntadas, em questões múltipla escolha, sobre quais são as principais iniciativas da agência em relação a prospecção de mercado e indicaram as seguintes respostas:
. cultivar uma reputação criativa com investimentos em talentos e prêmios (64%); . contratação de novos profissionais com novas capacidades (36%);
. investimentos em tecnologia priorizando data analytics (30%).
O reforço das estratégias de ESG foi mencionado por 26% dos respondentes e a participação em eventos e networking com executivos C-Level foi apontada por 24%. Em relação ao perfil de cliente que deverá mais impactar o crescimento da agência, há um leve otimismo relacionado às startups, citadas por 26% dos respondentes. Quando perguntados quais devem iniciar investimentos de forma relevante em publicidade, foram indicadas fintechs (85%) e healthtechs (77%).
“As agências precisam se transformar para corresponder às expectativas do novo mercado, o que pressupõe a busca por novas habilidades e perfis de profissionais, o redimensionamento de áreas e outras providências transversais ao negócio. Sobre estratégias para o futuro, empatam em primeiro lugar, com 37% cada, produção de conteúdo, implantação de business intelligence e oferta de outros serviços, como consultoria de tecnologia, plataformas de marketing digital para pequenos empreendedores e a área de growth.
A estratégia de uso de influencers está nos planos de 29% dessas empresas e a medição de campanhas e performance foi citada por 24%”, afirma Francisco Clemente, sócio-líder do segmento de Mídia e Esportes da KPMG no Brasil. Em relação à inclusão de serviços ou soluções no portfólio, 59% das agências passaram a oferecer a medição de campanhas e performance, 56% começaram a ofertar business intelligence, 46% tornaram-se produtoras de conteúdo e 33% implementaram a estratégia de comunicação com influencers.
Quando questionados sobre as principais iniciativas em inovação, apontaram: ampliação de escopo (49%) e transformação digital (27%). Sobre estratégias de prospecção, a maioria (64%) dos respondentes cultiva uma reputação criativa com investimentos em capital humano e prêmios.
“Com esta pesquisa chegamos a um material inédito sobre o momento atual dessas empresas com projeções futuras que fornecem ao mercado informações relevantes para os negócios. Entre os assuntos que estão na pauta dos líderes do setor estão desafios financeiros de crescimento, renovação do modelo de negócio e ESG”, complementa Francisco Clemente.
Estabelecer um fee mensal pela prestação de serviços é o caminho indicado como mais usual pelas agências, com a ampla maioria (86%) citando essa forma de remuneração. Já o desconto padrão foi mencionado por 44% dos participantes, e a hora-profissional por 30%. Sobre tendências para os próximos anos, o success fee deve se tornar predominante (60%), seguido por fee mensal (48%) e remuneração fechada por projeto (44%).
ESG também foi pauta da pesquisa e evidenciou que o aspecto social supera elementos ambientais e de governança. As prioridades para a maioria (70%) dos respondentes está em promover a igualdade salarial e sanar desigualdades de gênero e etnia, aumentando a diversidade nos cargos de liderança. Entre os clientes dessas agências, a preocupação com os aspectos ESG tem a seguinte distribuição: meio ambiente (20%), governança (20%) e social (60%).
O estudo “O futuro das agências: ESG, aquisições, crescimento e concorrência”, conduzida pela KPMG em conjunto com o Meio & Mensagem, foi elaborada em duas etapas: quantitativa, com as respostas de 50 líderes de agências; e qualitativa, com base em conversas com 16 desses executivos. Foram consideradas agências de diversos portes, níveis de receitas e perfis. O conteúdo está disponível no link:
(https://home.kpmg/br/pt/home/insights/2022/06/agencias-publicidade-investem-inovacao-futuro.html).