Do jazz ao maracatuIntegrando a programação do projeto Jazz Clube acontece o show do multi-instrumentista, compositor e arranjador Itiberê Zwarg acompanhado por seu grupo Itiberê conduz um espetáculo norteado pelas linguagens plurais e rítmicas de todo o mundo. Os ritmos vão do jazz ao maracatu, passando pelo boi, frevo, baião, choro, tango e uma série de menções musicais em diferentes arranjos. O som tem como matriz a música universal, concepção criada por Hermeto Pascoal de quem Itiberê é parceiro e contrabaixista há mais de três décadas. O termo encontrado por Hermeto descreve uma música que, sem preconceitos, engloba todos os estilos, valoriza elementos da tradição musical brasileira e de várias partes do planeta, ultrapassando a barreira entre a música erudita e a popular.Com Itiberê (baixo, bateria, piano, teclados e tuba) se apresenta ao lado de Ajurinã Zwarg (bateria, percussões e sax soprano), Ricardo Sá Reston (baixo, piano e caixa), Mariana Zwarg (flauta, flauta em sol, flautim, pife e sax tenor), Carol d’Avila (flauta, flautim, flauta baixo, sax alto e cavaquinho) e Cacá Guifer (flauta, sax tenor e triângulo). Serviço: Sesc Belenzinho, R. Padre Adelino, 1000, tel. 2076-9700. Domingo (25) às 18h. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia). | |
REFLEXÃONEM OS MORTOS REPOUSAM: Ninguém gasta nada por pensar bem, o pensamento é isento de taxas e impostos entre os homens. Toda criação de Deus é equânime. A qualquer hora o sol favorece o justo e o criminoso e tanto a erva má quanto a planta medicinal lhe recolhem o influxo criador. Só há uma seleção no reino do espírito. Se conquistamos suficiente clareza para discernir o melhor do pior, possuímos consciência de mordomia dos bens da alma e, investidos dessa responsabilidade, reconheceremos que milhares de irmãos nos esperam nos cursos da necessidade humana como se fossem estranhos em sua casa ou estrangeiro na própria terra, para se habilitarem com os diplomas de renovação da experiência. Todos somos chamados ao socorro mútuo. Tudo na existência terrestre converge para essa realidade, a começar da profissão que é uma forma livremente escolhida de ser útil. Quem se capacita dessa verdade jamais considera o supérfluo na base de aquisição proveitosa. A caridade por todos os títulos deve ser a estrela-guia do espírita. A felicidade constitui a ressonância dos atos bons e tão-somente os atos bons guardam pureza bastante para lavar os erros e culpas da consciência. Vida é atividade: nem os mortos repousam. Ninguém renasce sem passado espiritual e nem vive na carne sem futuro fora dela. A lei empresta o corpo ao espírito e não o espírito ao corpo. Na Terra, o tempo dedicado à fraternidade significa economia de tempo. Espírita sem ação no bem é qual fonte sem água: além de não construir, ocupa lugar e sugere a tristeza das charnecas improdutivas. Urge buscarmos segurança espiritual para sentir paz. As garantias da prosperidade material são as mais relativas. O crédito bancário é suscetível de descer à falência; o colar de pérolas por mais precioso pode romper-se. Reter a riqueza amoedada é comum, mais raro é saber usá-la. Como a aquisição de conhecimento, mais raro o seu emprego construtivo. Mais valem mãos puras que mãos cheias. Cabeça simples e tranqüila que inteligência complexa e primorosa comprometida em atos inconfessáveis. Criatura sem memória sofre mais por incapaz de fazer a estimativa de pessoas e fatos. Efetuemos o balanço de nossas possibilidades e apliquemos o saldo de nossos recursos a benefício dos outros. Sejamos agradecidos por todas as alegrias que desfrutamos estendendo-se aos menos felizes. Se até os animais expressam gratidão, por que as nossas consciências não serão igualmente reconhecidas perante a Consciência Maior? (De “Técnica de Viver”, de Waldo Vieira, pelo Espírito de Kelvin Van Dine) | |
PopA banda pop Carne Doce, do casal Salma Jô (voz) e Macloys Aquino (guitarra), apresenta o repertório de seus dois álbuns autorais, Princesa (lançado em 2016) e Carne Doce (de 2013). Salma e Macloys, acompanhados por João Victor Santana na guitarra, Ricardo Machado na bateria e Aderson Maia no baixo, prometem uma apresentação performática e explosiva, a mesma que, há três anos, faz vibrar os palcos de festivais de música autoral e casas de shows do Brasil. No set list, músicas como “Princesa”, “Cetapensâno”, “Artemísia”, “Passivo”, “Eu Te Odeio”, “Carne Lab”, “Sombra”, “Sertão Urbano”, “Preto Negro”, “Fetiche”, “Fruta Elétrica”, entre outras. Serviço: Sesc Belenzinho, R. Padre Adelino, 1000, tel. 2076-9700. Sábado (24) às 21h. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia). Últimos diasO espetáculo “Esperando Godot”, de Samuel Beckett, com o grupo Garagem 21 e direção de Cesar Ribeiro, termina a temporada no dia 26 de junho. Escrita em 1949, a peça é considerada um marco da narrativa moderna. Os temas centrais de Beckett estão na incomunicabilidade, no vazio, na ignorância, na impotência e na morte, utilizando, para compor esse quadro, a chamada estética do fracasso, com indivíduos semiacabados, normalmente aprisionados a algo. É um escritor marcado pelas grandes guerras. Influenciada pela estética de HQs e desenhos animados, a peça narra a história de dois personagens que aguardam a chegada de Godot, que nunca aparece. Com Paulo Campos, Ulisses Sakurai, Paulo Olyva e Cadu Leite. Serviço: Viga Espaço Cênico, R. Capote Valente, 1323, Pinheiros, tel. 3801-1843. Segundas às 20h30. Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia). | ShowJosi Lopes é a convidada do projeto Música Preta com o show A Essência do Tambor. Ao seu lado no palco estão Edson Woiski (guitarra), Kiko Woiski (contrabaixo), Yara Oliveira (bateria) e Kelson Guedes (backing vocal). Josi interpreta músicas de sua autoria como “Candombeiro”, “Acontece”, “Do Tambor”, “Cantadeira”, “Queda de Braço” e “Briga de Pente”, entre outras. O roteiro traz também composições de Milton Nascimento (“Lágrimas do Sul”), Luiz Melodia (“Mistério da Raça“), Sérgio Pererê (“Rosário dos Pretos”) e Romulo Fróes (“Muro”). Serviço: Sesc Belenzinho, R. Padre Adelino, 1000, tel. 2076-9700. Sexta (23) às 21h. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia). ComédiaPela primeira vez um homem, Wilson de Santos, ator que levou ao palco hilárias personagens femininas como a freira Maria José, da comédia “A Noviça Mais Rebelde”, e a atriz Bette Davis, na peça “Bette Davis e Eu” vai interpretar textos que são referência no teatro mundial, falando de desejos, sonhos e conflitos presentes no universo feminino. Uma dona de casa é trancada no apartamento pelo marido, enquanto outra mulher enfrenta um ônibus cheio na volta do escritório. Já a operária acorda atrasada e tenta encontrar as chaves da porta de casa, numa luta contra o relógio e suas “obrigações” cotidianas. O espetáculo traz três mulheres que misturam humor e poesia para desafiar as pequenas, e também gigantescas, repressões às quais estão sujeitas em suas relações cotidianas. Serviço: Teatro Renaissance, Al. Santos, 2233, Cerqueira César, tel. 3069-2286. Sábados às 19h. Ingresso: R$ 80. Até 12/08. Guerras“Inimigos”, novo espetáculo da Cia. de Feitos que estreia no dia 24 de junho, é uma livre adaptação do livro O Inimigo, de Davide Cali, com direção e dramaturgia de Carlos Canhameiro, propõe uma reflexão sobre a incoerência das guerras. A história se passa em algum lugar que poderia ser uma cidade, uma floresta ou um deserto onde existem dois buracos. Neles, dois soldados. Eles são inimigos. A guerra os colocou em lados opostos. E assim brincam de inimigos conforme ensinou o manual (que diz tudo sobre o inimigo). Encenada sobre rolos de papeis, atores, atrizes e músicos desdobram as muitas formas do inimigo, com quase tudo parecendo ser criado na hora. Tinta, papelão, papel, escadas dão o tom da cena, recheada de cantos e reflexões sobre a guerra de cada dia, que se passa não só no campo de batalha. Com Cia. de Feitos. Serviço: Sesc Belenzinho, R. Padre Adelino, 1000, Belenzinho, tel. 2076-9700. Sábados e domingos 12h. Ingressos: R$ 20 e 10 (meia). Até 23/07. |
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