Lazer e Cultura 10/12/2015

Romance e disputa

Gabriel Sater e Lucy Alves: o casal romântico do musical “Nuvem de Lágrimas”

O musical Nuvem de Lágrimas escrito por Anna Toledo, o espetáculo dirigido por Tânia Nardini e Luciano Andrey é uma livre adaptação do romance Orgulho e Preconceito, publicado pela inglesa Jane Austen em 1813, embalada por sucessos da dupla Chitãozinho & Xororó. Na trama, ambientada no interior paulista no início dos anos 90, a comerciante Bete Borba e do advogado Darcy vivem às turras. As diferenças originam um clima de romance. Com Adriana Del Claro, Letícia Maneira Zapulla, Sérgio Dalcin, Erika Altimeyer, Blota Filho, Roberto Sargentelli e outros.

Serviço: Teatro Bradesco (Bourbon Shopping), R. Turiassu, 2100, Perdizes, tel.3670-4100. Quintas às 21h, sextas às 21h30, sábados às 17h e às 21h e aos domingos às 19h. Ingressos: R$ 50 e R$ 25 (meia). Até 20/12

REFLEXÃO

ANTAGONISTAS.

O adversário em quem você julga encontrar um modelo de perversidade talvez seja apenas um doente necessitado de compreensão. Reconheçamos o fato de que, muitas vezes, a pessoa se nos torna indigna simplesmente por não nos adotar os pontos de vista. Nunca despreze o opositor, por mais ínfimo que pareça. Respeitemos o inimigo, porque é possível seja ele portador de verdades que ainda desconhecemos, até mesmo em ralação a nós. Se alguém feriu a você, perdoe imediatamente, frustrando o mal no nascedouro. A crítica dos outros só poderá trazer-lhe prejuízo se você consentir. A melhor maneira de aprender a desculpar os erros alheios é reconhecer que também somos humanos, capazes de errar talvez ainda mais desastradamente que os outros. O adversário, antes de tudo, deve ser entendido por irmão que se caracteriza por opiniões diferentes das nossas. Deixe os outros viverem a sua própria vida e eles deixarão você viver a existência de sua própria escolha. Quanto mais avança, a ciência médica mais compreende que o ódio em forma de vingança, condenação, ressentimento, inveja ou hostilidade está na raiz de numerosas doenças e que o único remédio eficaz contra semelhantes calamidades da alma é o específico do perdão no veículo do amor. Livro Sinal Verde – F.C. Xavier.

Espetáculo “Tupiliques”

Baseado no livro “Tupiliques”, de César Obeid, o espetáculo Tupiliques transporta para a cena uma riqueza de palavras em língua tupi, de forma rimada, narrando histórias de bichos, frutas, personagens do folclore, comidas e lugares pelo ponto de vista indígena. Para isso, o elenco mistura dança, teatro e percussão corporal em movimento, mostrando a diversidade da cultura brasileira. Com Cláudia Christ, Marcela Miyashita, Sérgio Rocha e Vitor Bassi.

Serviço: Sesc Bom Retiro, Al. Cleveland, 564-610, Campos Elíseos. Domingo (13) às 12h. Ingresso: R$ 17.

“Maria que Virou Jonas”

A peça “Maria que Virou Jonas” ou A Força da Imaginação da Cia . Livre discute as mudanças de identidade e foi criada a partir de uma história do filósofo francês Montaigne (1533-1592), sobre uma mulher que muda de sexo e é aceita como homem. No espetáculo, dois atores transexuais encenam uma montagem teatral e questionam a polêmica que envolve os transgêneros.

Serviço: Oficina Cultural Oswald de Andrade, R. Três Rios, 363, Bom Retiro, tel. 3222-2662. Terça (15), quarta (16) e quinta (17) às 20h.

Lados opostos

Em comemoração aos 10 anos da Cia. Les Commediens Tropicales será apresentada a peça “A Última Quimera”. Inspirada na obra homônima de Ana Miranda, a peça cria uma reflexão sobre as contribuições de um artista para um processo histórico. A ideia é partir de histórias de Olavo Billac e Augusto dos Anjos, poetas que só foram reconhecidos depois de suas mortes. Dois autores armam uma competição no cemitério, como se estivessem em lados opostos de um ringue. O jogo explora o prazer da finitude, da morte, da poesia e do teatro. Com provocações cênicas de Georgette Fadel e Verônica Fabrini, a montagem tem pitadas de lirismo e bom humor. O elenco é formado por Daniel Gonzalez, Michele Navarro, Paula Mirhan, Tetembua Dandara, Weber Fonseca e Carlos Canhameiro, que também é responsável pela adaptação.

Serviço: Vila Maria Zélia, R. Sebastião Pereira de Sousa, 13, Vila Maria Zélia. Quintas, sextas e sábados às 20h. Entrada franca. Até 20/12.

“Lampião e Lancelote”