“Galo Índio”Espetáculo solo de Rodolfo Amorim, do Grupo XIX de Teatro, com a direção de Antônio Januzelli, “Galo Índio” ganha nova temporada Foto: Jonatas Marques O solo mostra um órfão, que tenta retratar o seu pai ausente a partir de poucos fragmentos que se alojaram em sua memória. Na busca pelos contornos desse pai, sua própria infância emerge de sua memória e demonstra o quanto esse vazio foi determinante na construção da sua forma de ver e interagir com a vida. Um encontro entre pai e filho. Entre um adulto e sua criança. Galo Índio remonta as lembranças do ator e autor Rodolfo Amorim em relação a morte de seu pai e o silêncio criado em torno desse fato na sua infância em Sorocaba. O ator pesquisou sobre a memória e as possibilidades de exploração da multiplicidade e transformações de uma narrativa. Entrevistas, relatos de pessoas próximas desse acontecimento e documentos, foram os materiais provocadores na construção desse retrato. Nesse jogo de rememoração, incomoda mais ao órfão sua necessidade de pensar o pai, feita de dificuldades, imprecisões e faltas, do que propriamente a morte em si. Sua forma de enterrar o pai e compreender sua partida é desvelar as palavras que o encobrem. Assim, na tentativa de traduzi-lo, o confessor nos leva ao mundo invisível de sua história: à medida que precisa aliviar o fardo de sua criança e desse pai. Serviço: Vila Maria Zélia, R. Mário Costa 13, Belém, tel. 2081-4647. Sábados às 20h e aos domingos às 19h. Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia). Até 11/11. | |
REFLEXÃOSABEDORIA DOS ANJOS canalizada por Sharon Taphorn | |
EstreiaFoto: Tati Takiyama Roda Morta aponta para um discurso quase psicótico, que parece ter se consolidado nos últimos anos, em torno da ditadura militar no Brasil. A partir de 18 De outubro os atores Biagio Pecorelli, Felipe Carvalho, Ines Bushatsky, Mariana Marinho e Pedro Massuela tomam o palco dirigidos por Clayton Mariano, a partir do texto de João Mostazo para estrear o terceiro trabalho da Cia. Teatro do Perverto. O espetáculo traça um panorama histórico farsesco do Brasil desde a época da Ditadura Militar, trabalhando com clichês do período como luta armada, perseguição política e violência de Estado – até a crise atual. Na trama, um grupo de militantes deslocado no tempo decide sequestrar um ex-torturador que está em coma em uma clínica para pacientes com Alzheimer. Com Biagio Pecorelli, Felipe Carvalho, Ines Bushatsky, Mariana Marinho e Pedro Massuela. Serviço: Teatro Pequeno Ato, R. Dr. Teodoro Baima, 78, Vila Buarque. Quintas e sextas às 21h. Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia). Até 29/11. | MPBLuiza Possi está na estrada com o show Piano & Voz. “O show é feito de referências minhas como intérprete, há releituras de clássicos do jazz, MPB e do rock nacional, de Rita Lee a Raimundos”, conta Luiza. “Músicas do meu repertório – como “Eu Espero” e “Me Faz Bem” – também fazem parte do set list”, completa. Ao lado de Ivan Teixeira, no piano, Luiza tem viajado o Brasil com esse formato de show. Já dividiram o palco com ela, artistas como Alcione, DeMaria, Elba Ramalho e Enok, sanfoneiro do Trio Virgulino. Em outubro, a cantora receberá também Thedy Corrêa, vocalista do Nenhum de Nós. Serviço: Teatro Décio de Almeida Prado, R. Cojuba, 45, tel. 3079-3438. Sábado (13) às 20h. Entrada franca. NotaNa década de 1960, Chico Buarque de Hollanda começava sua carreira nos palcos e em gravações. Antes mesmo de completar 20 anos de idade, em 1965, ele lançou pela RGE seu primeiro registro em disco, o compacto simples com as músicas “Pedro Pedreiro” e “Sonho de Um Carnaval”, ambas de sua autoria. O compacto, raríssimo, volta agora às lojas em vinil pela coleção “Clássicos em Vinil” da Polysom, em parceria com a Som Livre, atual proprietária dos títulos da RGE. “Pedro Pedreiro”, um dos maiores clássicos de Chico, já apresentava a riqueza de letra que iria caracterizar toda a sua obra, com uma narrativa bem característica de seu trabalho. Virando o disco, está “Sonho de Um Carnaval”, inscrita no festival da extinta TV Excelsior, onde foi defendida e posteriormente gravada por Geraldo Vandré. Mais informações: (http://polysom.com.br/site/). |
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