Crise e violência fecham quase 4 mil estabelecimentos no Rio em 2017A crise econômica e a violência responderam pelo fechamento de 3.950 estabelecimentos comerciais no estado do Rio de Janeiro, no primeiro trimestre deste ano, que representa alta de 31,8% em relação ao mesmo período de 2016, quando 2.996 estabelecimentos fecharam as portas
Os dados foram divulgados ontem (30) pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio). Na capital fluminense, foram 1.693 estabelecimentos comerciais fechados de janeiro a março de 2017, contra 1.263, no mesmo período do ano passado, o que representa alta de 34%. O local onde foi observada a maior variação (45,3%) no número de lojas fechadas foi a região central do Rio, passando de 190, em 2016, para 276, este ano. O presidente do CDL Rio, Aldo Gonçalves, mostrou preocupação com a insegurança no Rio: “Está havendo também assaltos a shoppings centers, o que não ocorria antes”. A pesquisa Gastos com Segurança em Estabelecimentos Comerciais, elaborada pela entidade, revela que o comércio varejista do Rio de Janeiro gastou R$ 1,2 bilhão com segurança, entre abril de 2016 a abril deste ano. O gasto extra envolveu compra de equipamentos, alarmes, contratação de seguro e seguranças, colocação de grades, blindagem de portas e reforço de vitrines. Foram ouvidos 750 lojistas, dos quais 150 já tiveram seus estabelecimentos furtados, assaltados ou roubados. Crescimento de 20% na comparação com o ano passado. Segundo Aldo Gonçalves, o dinheiro gasto com segurança pelos lojistas poderia estar gerando empregos: “Se esses recursos fossem aplicados para abrir novas lojas, isso geraria empregos, geraria novos impostos, ajudaria a economia. Ou, então, em treinamento de pessoal, capacitação, seria bom para os comerciários. Mas é um dinheiro que está sendo investido para conter violência e é uma soma importante”, lamentou. Para o presidente do CDL-Rio, fica evidente que o problema da insegurança afeta muito a economia, porque além dos assaltos a lojas e arrombamentos, o assalto ao consumidor também afasta as pessoas das ruas. “Diminui o faturamento, as vendas das lojas. Isso tem prejudicado muito o comércio e, consequentemente, a economia como um todo”. Além da crise econômica que persiste no país e do desemprego, Aldo Gonçalves indicou que a falta de segurança também provoca queda nas vendas, contribuindo para o fechamento de muitas lojas. De acordo com a pesquisa, do total de R$ 1,2 bilhão investidos na segurança dos estabelecimentos comerciais, 62% (R$ 744 milhões) foram aplicados na contratação de segurança privada e vigilantes (ABr). |
Cidades passam de estado de calamidade para emergênciaO governo de Pernambuco mudou a classificação de 14 municípios em estado de calamidade, por causa da chuva forte que caiu neste fim de semana, para situação de emergência. O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial do Estado. Além disso, outras dez cidades tiveram o estado de emergência reconhecido em um segundo decreto. Ambos foram assinados pelo governador Paulo Câmara. Os municípios classificados inicialmente em estado de calamidade e que agora estão em situação de emergência são: Água Preta, Amaraji, Barra de Guabiraba, Barreiros, Belém de Maria, Catende, Cortês, Gameleira, Jaqueira, Maraial, Palmares, Ribeirão, Rio Formoso e São Benedito do Sul. Já as cidades incluídas no novo decreto são Caruaru, Ipojuca, Joaquim Nabuco, Jurema, Lagoa dos Gatos, Primavera, Quipapá, Sirinhaém, Tamandaré e Xexéu. Ambos os decretos valem por 180 dias. De acordo com o site do Ministério da Integração Nacional, a situação de emergência é decretada em razão de desastre menos graves, quando a capacidade de resposta do município atingido não é superada, mas requer ajuda complementar do estado ou da União para as ações de socorro e de recuperação. Já o estado de calamidade é utilizado quando é necessário o auxílio direto do estado ou da União por causa da magnitude do desastre (ABr). Fachin é eleito presidente de colegiadoO ministro Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, foi eleito ontem (30) para assumir a presidência da Segunda Turma da Corte, colegiado responsável pelos julgamentos dos processos da Operação Lava Jato. A eleição foi simbólica porque, de acordo com as normas internas da Corte, Fachin tem que assumir a presidência por ser o membro mais antigo que ainda não ocupou o cargo. O relator da Lava Jato vai substituir o atual presidente da Segunda Turma, ministro Gilmar Mendes, e terá mandato de um ano, a partir da próxima terça-feira (6). Fachin será o responsável por fazer a pauta de processos a serem julgados e decidir quando eles serão analisados. Além do novo presidente e de Gilmar Mendes, a Segunda Turma do STF é composta por Dias Toffoli, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski (ABr). | Mutirão vai realizar mais de 8 mil atendimentos pelo SUSHoje (31), 39 hospitais universitários federais participam do 2º Mutirão Nacional da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A previsão é que sejam disponibilizados mais de 8 mil procedimentos via SUS em um único dia – o equivalente ao dobro de atendimentos realizados na primeira edição do mutirão. De acordo com a Ebserh, as unidades de saúde, espalhadas em todas as cinco regiões do país, vão oferecer 668 cirurgias em 16 especialidades, 4,8 mil exames em 31 especialidades, 3,4 mil consultas referentes a 30 especialidades, além de 167 atividades educativas. O objetivo é reduzir a demanda reprimida nas unidades e na rede do SUS. Apenas no Hospital Universitário Onofre Lopes, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, serão realizadas 100 cirurgias oftalmológicas, 1.200 avaliações em tireoide e 200 atendimentos oftalmológicos, além de ações antitabagismo e acolhimento das mães de crianças com microcefalia. O presidente da entidade, Kleber Morais, acredita que o evento busca a melhoria do sistema público de saúde. “O mutirão mostra a relevância dos hospitais universitários federais para o usuário do SUS. É nosso papel oferecer atendimento a quem precisa, além de apoiar o ensino, a pesquisa e inovação tecnológica”. Dados da Ebserh indicam que, na primeira edição do mutirão, foram realizados 3.649 atendimentos em 22 estados e no Distrito Federal, incluindo 664 cirurgias, 879 consultas e 2,1 mil exames (ABr). Gesto feito por pedestre para atravessar as ruas pode virar leiA Comissão de Direitos Humanos do Senado analisa amanhã (31) o projeto da Câmara que determina a adoção de gesto com o braço para solicitar a parada dos veículos e permitir ao pedestre atravessar a rua na faixa. A prática adotada com sucesso em Brasília pode se estender a todo o país, modificando o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Proposto pela ex-deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), o projeto tem a intenção de transformar em lei o sinal que os pedestres normalmente fazem, com o braço estendido, quando desejam atravessar faixas de pedestres nas vias de Brasília. A intenção é de que o exemplo seja estendido para todas as cidades brasileiras. O senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) retirou o comando que exigia que o pedestre esperasse por outras pessoas para atravessar vias de grande fluxo. O senador considerou que, nessas vias, podem ser adotadas medidas como semáforo, passarela ou mesmo a alocação de agente de trânsito nos períodos mais críticos. O projeto tem como relator o senador Valdir Raupp (PMDB-RO). Para ele, o gesto do pedestre é um caso de “ganha-ganha”, isto é, os motoristas têm uma percepção mais clara da intenção dos pedestres em atravessar as pistas, e estes, por conta dessa maior visibilidade, têm mais segurança nas travessias. “A proposição é de simples aplicação e não incorre, necessariamente, em desembolso direto de recursos públicos, item de fundamental relevância ante à aguda crise fiscal que o País atravessa”, argumentou (Ag.Senado). Requião quer ouvir Loures sobre caso JBS e CadeO senador Roberto Requião (PMDB-PR) apresentou requerimento à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para convidar o deputado federal afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) a prestar esclarecimentos sobre a proposta de intermediação e defesa de interesses da empresa JBS junto ao Cade. Segundo Requião, foi amplamente noticiado pelos veículos de comunicação que o grupo JBS tem uma termelétrica em Cuiabá e tinha interesse na solução de um processo no Cade, onde a empresa questionava a preferência da Petrobras na compra do gás natural da Bolívia. “Como o assunto é de extrema relevância e tem impacto significativo no sistema de defesa da concorrência e do patrimônio público, entendo ser urgente que esta comissão ouça os atores envolvidos no caso para subsidiar a atividade legislativa”, disse o senador. Requião afirmou ainda ser estranho o fato de o principal assessor do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ter deixado o Ministério Público Federal para ser advogado assessor de uma denúncia premiada. “Isso seria mais ou menos como se o nosso senador Ricardo Ferraço abdicasse do cargo agora, depois de ser relator da reforma trabalhista, para ser o advogado assessor da advocacia do trabalho da CNI. Então eu acho que essa oitiva seria muito interessante para o processo legislativo e o esclarecimento desses fatos”, afirmou (Ag.Senado). |