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Geral 27/07/2016

em Geral
terça-feira, 26 de julho de 2016

Eliminação do sarampo no Brasil tem reconhecimento internacional

Os últimos casos autóctones de sarampo ocorreram no ano 2000.

O sarampo está eliminado no Brasil. O anúncio foi feito durante visita da presidente da Comissão Nacional de Especialistas para a Eliminação do Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), Merceline Dahl-Regis: o último caso relatado no país foi no Ceará, em julho de 2015

A expectativa agora é que, até o final de 2016, o Brasil receba o certificado de eliminação do sarampo pela Organização Mundial de Saúde (OMS) – e com isso ficará reconhecida a eliminação da transmissão da doença em todo o continente americano, que será a primeira região do mundo onde isso acontece. O mesmo ocorreu, em 2015, com a rubéola e a síndrome da rubéola congênita.
Dahl-Regis elogiou o trabalho integrado e exitoso do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde do Ceará, parabenizando todo o processo de vigilância epidemiológica realizado durante a situação. “Sempre agiram de forma oportuna para enfrentar e garantir a interrupção da cadeia de transmissão do sarampo. Isso demonstra a eficiência do trabalho integrado feito pelo monitoramento e a vigilância dentro do SUS do Brasil”, explicou o secretário Executivo, Antonio Nardi, durante evento na OPAS, em Brasília, onde foram discutidos também os progressos realizados no sentido de garantir a sustentabilidade da interrupção da transmissão do vírus no sarampo.
No Brasil, o Sarampo é uma doença de notificação compulsória desde 1968. Desde 1999, a vigilância do sarampo é integrada à vigilância da rubéola, tornando oportuna a detecção de casos e surtos e a efetivação das medidas de controle adequadas. Desde a implantação do Plano de Eliminação do Sarampo, em 2000, a doença apresentou baixa morbimortalidade. No ano 2000 foram confirmados os últimos surtos autóctones nos estados do AC e MS. A partir de 2001 ocorreram casos importados, mas sem grande magnitude e controlados pelas ações de prevenção e controle.
Apesar dos grandes avanços obtidos no mundo, os surtos continuam ocorrendo mesmo em países que apresentam alta cobertura vacinal, o que requer que sejam mantidas as estratégias. Mesmo após a interrupção dessa transmissão, é importante a manutenção do sistema de vigilância epidemiológica da doença, com o objetivo de detectar oportunamente todo caso de sarampo importado, bem como adotar todas as medidas de controle ao caso. Os últimos casos autóctones de sarampo ocorreram no ano 2000 e, desde então, todos os casos confirmados no País eram importados ou relacionados à importação (Agência Saúde).

Gastos de estrangeiros na Olimpíada devem ficar em US$ 200 milhões

A projeção leva em consideração o dinheiro que será gasto tanto por delegações quanto por turistas.

As receitas adicionais de estrangeiros em viagem no Brasil durante os Jogos Olímpicos Rio 2016 devem ficar em cerca de US$ 200 milhões, de acordo com projeção do Banco Central (BC). A estimativa é menor que os US$ 900 milhões de receitas adicionais registrados durante a Copa do Mundo, em 2014. A estimativa do BC leva em consideração a entrada de recursos desde o final de julho até início de setembro.
Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, a projeção foi feita com base nas últimas três Olimpíadas realizadas em outros países e levam em consideração o dinheiro que será gasto tanto por delegações quanto por turistas. Maciel evitou fazer uma avaliação sobre o volume de gastos de estrangeiros durante o evento esportivo, mas destacou que haverá ganhos de longo prazo para o Brasil, como a exposição do Brasil ao mundo e da vocação turística do Rio de Janeiro, sede dos jogos.
Em junho, os gastos de estrangeiros em viagem no Brasil ficaram em US$ 402 milhões e acumularam US$ 3,156 bilhões, no primeiro semestre. Nos seis meses do ano, houve aumento de 7,2% nessas receitas, na comparação com o primeiro semestre de 2015. Nos dados preliminares deste mês, as receitas somam US$ 347 milhões até a última sexta-feira (22). Já os gastos de brasileiros no exterior são bem maiores: US$ 1,102 bilhão, neste mês, até o dia 22, US$ 1,372 bilhão, em junho, e US$ 6,532 bilhões, no primeiro semestre deste ano.
Na comparação com o primeiro semestre de 2015, houve queda de 34,29% nos gastos de brasileiros em viagem ao exterior. Segundo Maciel, essa redução é explicada pelo dólar mais caro e também pela queda da renda, gerada pela retração da economia brasileira. Maciel lembrou que embora o dólar venha caindo desde fevereiro deste ano, ainda está mais caro do que no ano passado (ABr).

Solar Impulse 2 completa volta ao mundo

O avião Solar Impulse 2 (SI2), movido a energia solar, terminou a sua volta ao mundo ontem (26) ao aterrissar em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos às 4h05 (horário local). Iniciada em março de 2015, na mesma cidade, a viagem foi realizada em mais de um ano e quatro meses, com 17 etapas e 43 mil km percorridos.
Com peso de 1,5 tonelada e velocidade média de 50 km por hora, o Solar Impulse 2 completou a viagem sem usar combustível, apenas baterias que armazenam a energia solar. “É uma viagem histórica não só para a aviação, mas também para as energias renováveis e tecnologias limpas”, disse o criador e presidente do projeto, Bertrand Piccard.
Durante a volta ao mundo, o avião fez escalas em Omã, Índia, Mianmar, China, Japão e Estados Unidos, além de ter sobrevoado o mar da Arábia, os oceanos Pacífico e Atlântico, o sul da Europa e o norte da África (ANSA).

Publicada com vetos lei que muda regras do setor aéreo

Divulgação

O presidente interino, Michel Temer, sancionou com vetos a lei que trata de modificações no setor aéreo como a reestruturação de débitos da Infraero com a União. Entre os vetos, está o que previa a liberação total de capital estrangeiro para participar de companhias aéreas brasileiras. A nova legislação provém de uma medida provisória enviada em março pela presidenta afastada Dilma Rousseff, que ampliava de 20% para 49% a permissão de participação de capital estrangeiro nas empresas de aviação civil do país. Durante tramitação do texto na Câmara, o governo atuou para expandir o percentual para 100%.
No entanto, cumprindo acordo costurado com senadores, Temer vetou a liberação total de capital estrangeiro para participar de companhias aéreas brasileiras. Para justificar o veto, a Presidência da República classifica como “meritória” a elevação da participação de capital estrangeiro com direito a voto nas empresas aéreas, dos atuais 20% para 49%. “Entretanto, a eliminação dos dispositivos que instituem um limite, conforme consta do atual projeto, não se mostra inteiramente adequada aos propósitos almejados, remendando assim seu veto por interesse público”, acrescentou.
O governo vetou, também, o artigo que previa que, voos internacionais operados por empresa aeroviárias, valendo-se do direito de tráfego do Estado brasileiro, deverão ser operados por tripulações brasileiras, com contrato de trabalho no Brasil. De acordo com a justificativa do veto, tais medidas “poderiam onerar o custo das operações aéreas, bem como dificultar substancialmente a operacionalização das mesmas, sobretudo em voos compartilhados com escala no território nacional” (ABr).

Planos de saúde: média de preços em estados varia até 66%

Dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostram que a variação de preços de planos de saúde chega a 66% entre os estados, considerando a média de preços mais baixa e a mais alta. A agência tomou como base os valores do ano de 2015 dos planos na faixa entre 44 a 48 anos, no segmento ambulatorial+hospitalar com contração individual/familiar.
São Paulo tem a média de preços mais baixa do país para essa faixa, R$ 423,41, enquanto Roraima tem a mais elevada, R$ 706,78. O valor médio nacional deste segmento ficou em R$ 610,24. Os números estão disponíveis Painel de Precificação de 2015, da ANS, que traz informações e análises sobre os valores médios praticados no mercado de planos de saúde no Brasil
Minas Gerais e Rio de Janeira estão em seguida na lista de preços mais baixos, respectivamente com R$ 441,91 e R$ 525,56. Na outra ponta da lista, estão Pará, com média de R$ 695, e Amazonas, com R$ 704,17. O levantamento também mostra que o reajuste médio por mudança de faixa etária ao se completar 34 anos apresenta a menor variação média (10,5%), enquanto o reajuste para o beneficiário que completa 59 anos apresenta a maior variação média (43,6%) (ABr).