Pesquisa: 54% dos paulistanos aprovam aumento da velocidade nas marginaisO aumento da velocidade nas vias marginais é aprovada por 54% dos moradores da capital paulista, mostra a pesquisa do Índice de Referência de Bem-Estar no Município O levantamento, divulgado ontem (24) pela Rede Nossa São Paulo, ouviu mil moradores da cidade entre os dias 8 de dezembro de 2016 e 4 de janeiro deste ano. Entre os que apoiam a medida, grande parte utiliza automóvel todos os dias e raramente usa ônibus. Entre os 41% que são contrários à elevação dos limites, parte significativa disse que raramente se locomove de carro. A elevação da velocidade máxima nas marginais Pinheiros e Tietê foi uma promessa de campanha do prefeito João Doria. Antes mesmo de assumir oficialmente, a equipe da atual administração anunciou que aumentaria os limites. O secretário municipal de Transportes, Sérgio Avelleda, disse que está prevista uma série de ações que, em conjunto, tornarão as vias mais seguras, permitindo o aumento dos limites de velocidade. A prefeitura havia reduzido a velocidade não só nas marginais, como em diversas ruas e avenidas da cidade, como parte de um programa de segurança no trânsito da gestão do então prefeito Fernando Haddad. A CET divulgou, em outubro passado, um balanço que mostrou queda de 52% no número de acidentes com mortes nas marginais Tietê e Pinheiros, durante o primeiro ano de implantação da redução de velocidade. Com a elevação, os limites voltariam a 90 km/h nas pistas expressas, 70 km/h nas centrais e 60 km/h nas pistas locais. Atualmente, os limites são de 70 km/h, 60 km/h e 50 km/h, respectivamente. De acordo com o Índice de Referência de Bem-Estar, 44% dos entrevistados levam até duas horas para ir e voltar do trabalho. O tempo gasto, em média, com esse deslocamento é de 1h47 para os usuários de ônibus e 1h45 para os que vão de carro. A pesquisa avalia ainda 71 itens em 17 áreas temáticas. Todos os pontos receberam notas abaixo da média de 5,5 em uma escala de 1a 10. Os quatro temas com menor satisfação, com pontuação menor do que 2,5, foram a forma de participação na escolha dos subprefeitos, transparência dos gastos e investimentos públicos, o tempo médio entre a marcação e a realização de procedimentos mais complexos e a punição à corrupção. As áreas temáticas mais mal avaliadas foram transparência e participação política, desigualdade social, assistência social, transporte/trânsito (mobilidade) e habitação (ABr). |
Total de famílias endividadas caiu 3,9% em 2016O número de famílias com dívidas caiu 3,9% no ano passado, divulgou a Confederação Nacional de Comércio (CNC). Em contrapartida, o número de famílias com contas ou dividas atrasadas (inadimplentes) aumentou 18,4% em comparação a 2015. O levantamento mostra que apesar da redução no número médio de famílias endividadas em relação a 2015, os indicadores de inadimplência apresentaram alta no período, principalmente no terceiro trimestre do ano. Com isso, a parcela de famílias com contas ou dívidas em atraso aumentou em relação a 2015, atingindo 23,6% do total. Já o número de famílias inadimplentes (que não tiveram condições de pagar) alcançou 8,9% – um aumento de 25,2% em comparação com o ano anterior. Para o economista da CNC, Bruno Fernandes, tanto a queda do nível de endividamento como o aumento da inadimplência “foram reflexos da retração da economia doméstica em 2016”. A pesquisa constatou mais uma vez que, assim como nos anos anteriores, o cartão de crédito foi o principal responsável pelo endividamento, com a modalidade atingindo no ano passado 77,1% das famílias. O carnê vem em segundo lugar, atingindo 15,4% das famílias e, em terceiro lugar, as dividas contraídas por famílias para financiamento de carro, que chegam a 11,2% do total. Outro dado importante, constatado pela pesquisa, foi o crescimento do crédito pessoal entre os tipos de dividas mais citados, com 10,3% de participação, “contrariando uma tendência de redução neste tipo de endividamento, que vinha sendo observado nos últimos três anos”. No ano passado, por exemplo, a média deste tipo de endividamento era de 9%. A pesquisa é apurada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010. Os dados são coletados em todas as capitais, com cerca de 18.000 consumidores (ABr). Bernie Ecclestone: ‘Fui deposto’O britânico Bernie Ecclestone anunciou que, após quase 40 anos, deixou o comando da Fórmula 1, principal categoria do automobilismo mundial. Em entrevista à revista alemã “Auto Motor und Sport”, o dirigente disse que foi “deposto” pelo grupo norte-americano Liberty Media, que recentemente teve o aval da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) para concretizar a compra da F1. “Fui deposto. É oficial, não estou mais à frente da empresa”, declarou Ecclestone, acrescentando que será substituído por Chase Carey, presidente do Liberty Media. “Minha nova posição é de presidente honorário, ainda que não saiba o que isso signifique”, ironizou. A notícia marca o fim de uma era na Fórmula 1, que virou um fenômeno comercial e de audiência nas mãos de Ecclestone, um ex-piloto e ex-chefe de equipe que alcançou o verdadeiro sucesso no comando da categoria. Contudo, nos últimos anos ele tem sido criticado por seu estilo centralizador e por não modernizar a F1. Além disso, Ecclestone foi responsável por levar a categoria para países sem tradição no esporte e onde os direitos humanos não são respeitados. Há rumores de que o também britânico Ross Brawn possa ser designado para chefiar o lado esportivo da categoria (ANSA). | China tem natalidade mais alta desde 2000A natalidade chinesa alcançou em 2016 sua taxa mais elevada desde o início do século, graças a decisão do governo de permitir que os casais do país tenham dois filhos, ao invés de um. No ano passado, foram registrados 17,86 milhões de nascimentos na China, enquanto que em 2015, nasceram 16,55 milhões de crianças, uma alta de 7,9%. “Embora o número total de mulheres em idade fértil tenha diminuído em 5 milhões, o número de nascimentos aumentou significativamente, mostrando que os ajustes na política de planejamento familiar foram extremamente oportunos e extremamente eficazes”, disse o representante da Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar, Yang Wenzhuang. Este é o número de nascimento mais elevado desde o ano 2000. Desse total, 45% aconteceram em famílias que já tinham ao menos um filho. Em janeiro de 2016, a China acabou com a política do filho único, que foi instaurada no final dos anos 1970. Desde então, todos os casais podem ter um segundo filho. O país é considerado o mais populoso do mundo e tinha oficialmente 1,37 bilhão de habitantes até o final de 2015 (ANSA). O perigo de a febre amarela se alastre para cidadesO ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou, em entrevista à Rádio Estadão, que é preciso evitar que o surto de febre amarela se alastre para a zona urbana, possibilidade que existe com a transmissão da doença pelo mosquito Aedes aegypti urbano. “O Brasil tem capacidade técnica, de assistência, pessoal, infraestrutura e de vacinas, para bloquear esse surto. Agora, depende efetivamente das pessoas irem à vacinação e de técnicos agirem corretamente quando surge cada caso”, disse. O Brasil tinha até segunda-feira (23), 391 casos de febre amarela confirmados e 35 mortes registradas, sendo 32 em Minas Gerais e três óbitos em São Paulo. O ministro afirmou que o surto se concentra no Estado mineiro por casos de pessoas que viajam à Zona da Mata de MG. Ele minimizou o risco de um surto parecido no Estado paulista, afirmando que o número de mortes é “mínimo” em São Paulo e que duas das três vítimas foram infectadas em Minas. Barros declarou que a pasta não trabalha com a hipótese de o surto se alastrar para áreas urbanas. “Mas, evidentemente, se a pessoa pega a doença na mata e vem para a cidade, pode transmitir. O fato concreto é que temos controle máximo dos casos para evitar que isso aconteça”. O ministro afirmou que todos os protocolos da OMS estão sendo seguidos e que confia na superação do problema. Ele também garantiu que não faltará vacinas. |