Maioria das vítimas de trânsito no Rio são jovens do sexo masculinoUm estudo realizado pelo Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro traçou o perfil das vítimas de acidentes de trânsito em 2017. As maiores vítimas das ocorrências são homens entre 20 a 29 anos, que registram incidência 324% maior do que entre as mulheres da mesma idade. O meio de transporte campeão em acidentes é a motocicleta. Foto: Arquivo/ABr O meio de transporte campeão em acidentes é a motocicleta, responsável por 47,7% das vítimas atendidas pelos bombeiros. Quanto às lesões mais recorrentes, as pernas e braços são os locais mais atingidos e correspondem a 34% e 31,6%, respectivamente. Ferimentos no rosto totalizam 11,7% e na cabeça, 10,1%. Os pedestres são os mais vulneráveis aos traumas múltiplos, lesões graves e mortes porque ficam desprotegidos e expostos ao impacto direto do veículo. Os incidentes que geram maior número de traumas graves são os atropelamentos. Já o menor número diz respeito a vítimas socorridas em ônibus. Em 2017, o Corpo de Bombeiros constatou 1.236 óbitos ainda na cena de socorro. Desse total, 35,5% eram condutores ou tripulantes de motocicletas, 33,9% ocupantes de automóveis e 20% de pedestres. Os outros 10,6% contabilizam outros perfis. Do total de vítimas que saíram ilesas de um acidente, 69,9% utilizavam equipamento de proteção. Os registros também indicam que os dispositivos evitam lesões mais graves; apenas 25,3% das vítimas graves de acidentes de carro, com risco iminente de vida, estavam de cinto. Apenas 44,7% dos acidentados em automóveis usavam o cinto de segurança e em somente 34,6% dos socorros envolvendo crianças de zero a sete anos o uso do assento infantil foi identificado. Já entre os motociclistas, a utilização do capacete foi verificada em 63% dos casos. O estudo foi realizado a partir de dados registrados pelas unidades operacionais do Corpo de Bombeiros, tendo como base os atendimentos pré-hospitalares realizados no território fluminense envolvendo veículos terrestres (ABr). | |
Inaugurada a maior ponte marítima do mundoA ponte conecta as três principais cidades costeiras no sul da China com Hong Kong. Foto: Getty Images/BBC O presidente da China, Xi Jinping, inaugurou ontem (23) a ponte marítima Hong Kong-Zhuhai-Macau (HZMB, na sigla em inglês), que, com 55 quilômetros de extensão, é a maior do mundo em mar aberto. “Ela proporcionará aos moradores desses lugares maior troca econômica e comercial, além de melhorar a competitividade do Delta do Rio das Pérolas”, disse na cerimônia de inauguração o vice primeiro-ministro chinês, Han Zheng. A viagem entre Zhuhai e Hong Kong, por exemplo, que levava três horas de carro, foi reduzida para apenas 30 minutos. Para erguer a ponte, foram utilizadas mais de 420 mil toneladas de aço, cerca de 60 vezes mais do que a quantidade usada para construir a Torre Eiffel, em Paris. A obra também envolveu mais de 14 mil trabalhadores e 100 navios. A complexa construção começou em 2009 e estava planejada para ser concluída em 2016, mas registrou diversos atrasos no cronograma. A obra também é alvo de polêmicas devido aos altos custos e à morte de 18 trabalhadores em serviço. Engenheiros garantiram que a ponte consegue resistir a terremotos de até oito graus na escala Richter, além de ter sido projetada para durar pelo menos 120 anos (ANSA). Dodge: é importante cultivar respeito a instituiçõesAgência Brasil A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse ontem (23) que é muito importante cultivar o respeito às instituições brasileiras, que são muito fortes e têm trabalhado com sobriedade e moderação para fazer valer a Constituição de 1988. “É muito importante que todos nós tenhamos uma atitude comprometida, com respeito às garantias individuais e às instituições brasileiras, porque não só palavras importam, atitudes também importam”. A afirmação foi uma resposta de Dodge ao questionamento dos jornalistas sobre a declaração do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) de que o STF poderia ser fechado apenas por um cabo e um soldado. Após participar de um seminário da Escola Superior do Ministério Público da União, na capital paulista, ela pediu que todos continuem com o espírito de temperança e união nacional em torno de eleições justas e livres no Brasil. Dodge disse que caso tome a decisão de tomar alguma providência com relação à fala de Eduardo Bolsonaro comunicará depois de ter feito. “Como conhecem já meu comportamento desde que tomei posse, não anuncio o que vou fazer. Normalmente comunicamos o que fizemos e é assim que permanecerei”. PARTES DO CORPO DE JORNALISTA SÃO ENCONTRADASPartes do corpo “esquartejado” do jornalista saudita Jamal Khashoggi, que foi assassinado no Consulado da Arábia Saudita em Istambul, no dia 2 deste mês, foram encontradas, informou ontem (23) a emissora britânica de TV Sky News. O canal, que não revelou suas fontes, acrescentou que o rosto de Khashoggi foi “desfigurado” por seus executores. Os restos mortais, segundo a Sky News, foram achados no jardim da residência do cônsul saudita, Mohammed al Otaibi, que retornou a Riad em 16 de outubro, um dia antes que os peritos turcos fizessem buscas e inspeções no recinto. A notícia vem à tona pouco depois de o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, ter afirmado que a morte do jornalista foi um “assassinato selvagem e planejado” e prometido que o caso será investigado a fundo. “O assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi foi premeditado”, declarou Erdogan em discurso no Parlamento em Ancara. “Está claro que a operação não ocorreu por acaso, mas foi fruto de um planejamento. Temos fortes indícios neste sentido”, ressaltou o chefe de Estado. Erdogan afirmou que a investigação das autoridades turcas continua e pediu que os 18 cidadãos detidos na Arábia Saudita por suspeita de envolvimento no assassinato sejam julgados na Turquia (Agência EFE). | Brasil perdeu mais de 40 mil leitos do SUS nos últimos dez anosPor falta de leitos, pacientes ficam no corredor. Foto: Guilherme Baffi/DR Agência Brasil Levantamento divulgado ontem (23) pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) aponta que o Brasil perdeu, nos últimos dez anos, mais de 41 mil leitos hospitalares no âmbito do SUS. Em 2008, o total de leitos na rede pública era de 344.573. Em 2018, o total chegava a 303.185. Já os leitos classificados como não SUS aumentaram de 116.083 em 2008 para 134.380 este ano. O sistema de saúde brasileiro passou de 460.656 leitos em 2008 para 437.565 em 2018, totalizando 23.091 leitos a menos – o equivalente a seis leitos fechados por dia durante um período de dez anos. “O estudo mostra comportamentos diferentes se compararmos quantitativos de leitos SUS e não SUS. Enquanto o primeiro teve mais fechamentos que habilitações, o segundo grupo mostrou um aumento de aproximadamente 18.300 unidades. Isso significa que os leitos públicos diminuíram mais drasticamente”, destacou a CNM que usou a base de dados do próprio Ministério da Saúde para lançar o estudo. Em 2008, o Brasil contava com 2,4 leitos (SUS e não SUS) para cada mil habitantes, caindo para o índice de 2,1 leitos na mesma proporção de pessoas em 2018. “Considerando a quantidade de leitos hospitalares, identifica-se que os leitos denominados ‘outras especialidades, pediátricos e obstétricos’ apresentaram uma redução considerável”, apontou o levantamento. Os números mostram que, atualmente, nenhuma das regiões do país atinge o índice recomendado pelo próprio Ministério da Saúde – entre 2,5 e 3 leitos para cada mil habitantes. As regiões Sul e Centro-Oeste são as que mais se aproximam, com 2,4 e 2,3 respectivamente. A pior situação é no Norte, com 1,7. Já Nordeste e Sudeste têm, ambos, 2 leitos para cada mil habitantes. Jornalista se demite ao vivo após entrevistaUm jornalista da Rádio Guaíba, de Porto Alegre, se demitiu ao vivo na manhã de ontem (23), após ter acusado censura durante uma entrevista do candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro. Juremir Machado participava do programa do âncora Rogério Mendelski, a quem Bolsonaro concedia a entrevista, mas foi impedido de fazer perguntas ao candidato, que exigira conversar apenas com o apresentador. Após a entrevista, Machado questionou se poderia dizer que havia sido censurado por Bolsonaro. “Por que não podíamos fazer pergunta? Eu achei humilhante e por isso estou saindo do programa. Foi um prazer trabalhar aqui por 10 anos”, declarou o jornalista, abandonando a bancada. Em seguida, Mendelski explicou que havia sido uma exigência do candidato e que “lamenta” a saída de Machado. Outro jornalista do programa, Jurandir Soares, disse que o pedido de Bolsonaro era “normal”. Mendelski então questionou o quarto componente da atração, Voltaire, sobre o que ele achava. “Eu preciso trabalhar, né? Preciso de emprego”, respondeu (ANSA). |