Machismo leva à culpabilização da vítima de violência sexualApós pesquisa Datafolha mostrar que mais de 33% da população brasileira considera a mulher culpada pelo estupro, o integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Rafael Alcadipani, destacou a culpabilização da vítima e o grau de proximidade dos agressores entre os dados mais alarmantes “Esse estudo mostra a prevalência da cultura machista na sociedade, de que a mulher tem que andar sempre de determinada forma, quando sabemos que a maior parte da violência acontece por pessoas próximas à vítima, o pai, o marido, o tio, o primo”, disse. Para o especialista, romper com a cultura machista exige que o respeito à mulher comece dentro de casa. “Aprender que lugar de mulher não é na cozinha, que mulher não é um simples objeto de desejo do homem”, disse. Alcadipani destacou a importância de educar meninos e meninas com os mesmos direitos e deveres em casa e de discutir o tema do machismo e da violência também nas salas de aula. A pesquisa do Datafolha, encomendada pelo FBSP, mostra que 42% dos homens e 32% das mulheres concordam com a afirmação: “mulheres que se dão ao respeito não são estupradas”, enquanto 63% das mulheres e 51% dos homens discordam. Segundo Alcadipani, o resultado indica que muitas vezes as próprias mulheres ainda são consideradas responsáveis pela violência sexual, seja por não se comportarem “adequadamente” ou por usarem roupas provocantes. Outro dado da mesma pesquisa aponta que 91% dos entrevistados concordaram com a afirmação de que “Temos que ensinar meninos a não estuprar”. “No fundo eles sabem que a culpa é do homem, mas continuam com a postura de que a mulher contribuiu para a violência”, analisou o especialista. O termo violência sexual abrange diferentes formas de agressão que ferem a dignidade e a liberdade sexual de uma pessoa, tais como assédio, exploração sexual e estupro. Nesse conceito também se inserem as “piadinhas”, comentários e “cantadas”. “Isso faz parte da nossa cultura e muitas mulheres não percebem o mal que isso faz, é a raiz do problema”, ressaltou Alcadipani (ABr). |
Atuações da Receita até agosto chegam a R$ 73,23 bilhõesOs créditos tributários (impostos não pagos, multas e juros) lançados pela Receita Federal chegaram a R$ 73,233 bilhões de janeiro a agosto em 2016, com queda expressiva (14%) em comparação com o mesmo período do ano anterior. Segundo o subsecretário de Fiscalização da Receita, Iágaro Jung Martins, a Receita espera, porém, alcançar, pelo menos, o mesmo valor alcançado em todo o ano de 2015. No ano passado, os créditos tributários chegaram a R$ 125,6 bilhões. Para compensar a diferença, a Receita destaca que atualmente estão em execução procedimentos de fiscalização que envolvem casos de grande relevância e abrangência, em sua maioria, com “cometimento de ilícitos como lavagem de dinheiro, interpostas pessoas, empresas de fachada, noteiras, fraudes diversas, entre outros”. Iágaro disse que a queda no lançamento dos créditos deve-se, além dos movimentos dos auditores por melhores salários, à grande participação da Receita nas operações especiais de combate à corrupção, que tem demandado maior empenho da fiscalização. “Estamos trabalhando muito mais intensivamente nas operações de combate à corrupção, e o nosso foco não é o volume do crédito tributário nessas operações, mas trabalhar em conjunto com os outros órgãos para trazer prova para a condenação dos envolvidos”. Um dessas operações é a Zelotes, que investiga esquema criado para influenciar decisões do Carf e reduzir ou anular autos de infração e multas decorrentes de autuações fiscais, ressaltou o subsecretário da Receita. Desta operação até o fim do ano de 2016, existe a previsão de lançamento de ofício de cerca de R$ 23 milhões, sem incluir multas ou juros. A maioria dos atingidos é de pessoas físicas. No caso da Operação Lava Jato, cuja nova fase foi deflagrada nesta quinta-feira (22), a expectativa é de recuperação de um crédito tributário de R$ 8 bilhões até dezembro, informou o coordenador-geral de Fiscalização da Receita, Flávio Vilela Campos. O total inclui valores do que a Receita chama de fase 0 da Lava Jato. Ou seja, antes da deflagração da operação. Após dois anos, as ações de fiscalização envolvem 80 auditores fiscais, sendo que já foram constituídos créditos em torno de R$ 1,9 bilhão. Como foram lavrados autos de R$ 4,6 bilhões, o valor total, até agora, chega a R$ 6,5 bilhões (ABr). Após ‘não’ de Roma, Nápoles quer sediar Jogos OlímpicosApós a prefeita de Roma, Virginia Raggi, anunciar a desistência da cidade para sediar os Jogos Olímpicos de 2024, seu homólogo de Nápoles, Luigi De Magistris, afirmou que está pronto para se candidatar à sede das Olimpíadas de 2028. “Seria bonito agora, perante ao não de Raggi, um ‘sim’ de Nápoles para o Mediterrâneo. Fico contente que o governo e o presidente do Coni aceitem a ideia de que o sul possa tornar-se o principal local no qual se construam políticas de acolhimento, cultura, solidariedade e fraternidade”, disse De Magistris aos jornalistas. Destacando a posição geográfica da cidade, o prefeito afirmou que essa seria uma oportunidade “para construir um Mediterrâneo de paz, solidariedade e cultura e não ver mais imagens de um Mediterrâneo de sangue, guerras e conflitos”. A referência do líder política é sobre as constantes tragédias marítimas com os imigrantes da região, que ao fugir de guerras regionais, buscam no Mar Mediterrâneo a chance de uma nova vida na Europa. Porém, milhares deles acabam perdendo a vida na travessia (ANSA). Um diplomata como porta-vozO presidente Michel Temer reuniu-se, na manhã de ontem (22) com o jornalista Eduardo Oinegue, profissional encarregado de preparar um plano estratégico para as várias áreas de comunicação do governo federal. No encontro, foi apresentada a primeira proposta para o plano que tem, como objetivo “colocar a comunicação no centro das decisões governamentais”. Apesar de não entrar em detalhes sobre o plano estratégico, o Palácio do Planalto informou, por meio de nota, que o presidente pretende nomear um porta-voz para auxiliá-lo no dia-a-dia. De acordo com a nota, a ideia é colocar um diplomata no cargo. Outros pontos relativos ao plano estratégico ainda estão sob estudo de Temer e sua equipe (ABr). | Papa Francisco confirmou visita ao ChileO papa Francisco confirmou ao novo embaixador do Chile no Vaticano, Martín Fernández, que fará sua primeira visita ao país no ano que vem. Segundo o diplomata, a viagem será incluída no roteiro que terá ainda Argentina e Uruguai, mas que não tem data definida. “Com toda a paciência, estamos aguardando a decisão papal sobre sua viagem à Argentina e, no momento, sabemos que ele vai viajar ao Chile. Ele mesmo me disse em audiência privada que o Cone Sul, Argentina, Uruguai e Chile, era para ele uma única viagem”, disse Fernández à agência de notícias argentinas Telam. O diplomata afirmou entender “perfeitamente” que a primeira viagem ao território chileno esteja “unida indissoluvelmente à primeira visita que o Papa fará ao seu país natal”. Fernández destacou que a presidente Michelle Bachelet havia convidado Jorge Mario Bergoglio para a Conferência Episcopal, mas que entende que o “Pontífice precisa marcar presença em locais que estão em crise além da América Latina”. “Perante ao que está acontecendo no Oriente Médio, na África e no Mediterrâneo, nós somos um continente de paz. Temos crise, como na Venezuela, ou a situação que não está boa no Brasil. Mas, dentro de certos limites, somos extraordinariamente tranquilos comparando ao que ocorre em outras partes do mundo”, acrescentou. Caso se confirme, essa será a segunda visita de um líder da Igreja Católica ao Chile. Em abril de 1978, João Paulo II foi à nação, em um roteiro que também incluiu argentinos e uruguaios. Ainda com relação a viagem, se confirmada, as chances do Papa vir ao Brasil em 2017 podem estar diminuindo. Isso porque havia o rumor que o roteiro da vinda ao país incluía, justamente, esse giro pela América do Sul (ANSA). Aumentam as alergias no sistema respiratório durante a PrimaveraUm estudo da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia indica que 30% dos brasileiros possuem algum tipo de alergia, como asma, rinite, bronquite, dentre outras. E, com a chegada da Primavera, marcada pelas grandes floradas, vem junto a disseminação do pólen das flores, que é feita pelos pássaros, insetos e o vento e, que apesar da sua beleza, provoca crises alérgicas em todas as partes do sistema respiratório. “São as doenças alérgicas que acometem respectivamente o nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios e pulmões”, explica a Dra. Tanit Ganz Sanchez, Otorrinolaringologista com doutorado e livre-docência pela FMUSP, diretora-presidente do Instituto Ganz Sanchez. Segundo a médica, o rápido tratamento dessas alergias não possibilita que elas evoluem para uma infecção viral ou bacteriana. “Neste caso, o que já era ruim consegue ficar pior, pois surgem as sinusites, otites e pneumonias, que são as doenças infecciosas que acometem respectivamente os seios da face, os ouvidos e os pulmões”, detalha. A Dra. Tanit Ganz Sanchez explica que as doenças alérgicas do sistema respiratório ocorrem porque a pessoa inala algo, como exemplo: pólen das flores, poeira, fumaça de cigarro ou de automóveis, cheiro de perfume ou de produtos de limpeza (incluindo tabagismo passivo). “Com essa entrada, algumas regiões do sistema respiratório começam a reagir de modo muito forte e rápido com a intenção de expulsar o inalante que lhe fez mal e que produz espirros, tosse, abundância de secreção, chiado no peito”, explica a médica. Já as doenças infecciosas ocorrem por causa da entrada de algum vírus, bactéria ou fungo, que, muitas vezes, já encontram o organismo debilitado por tentar se defender da reação alérgica. A diferença entre essas doenças é qual parte do sistema respiratório que vai abrigar esses microrganismos. “Os sintomas podem ser os mesmos das doenças alérgicas, mas, geralmente são mais fortes e mais rebeldes aos remédios usados na forma de automedicação. Como quadro é mais grave e deixa as pessoas mais prostradas e com febre, sempre é bom reforçar que o diagnóstico diferencial entre eles (alergia ou infecção) deve ser feito pelo médico”. |