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Geral 20/05/2016

em Geral
quinta-feira, 19 de maio de 2016

Expectativa de vida aumentou 5 anos entre 2000 e 2015

Japão é o país do mundo com maior expectativa de vida: média de 83,7 anos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou ontem (19) relatório anual com dados sobre o monitoramento da saúde no mundo

Angola, país africano de língua portuguesa, registrou a maior taxa de mortalidade infantil e a segunda menor de esperança de vida em 2015. No país, a cada mil nascidos vivos, morrem 156,9 crianças até os cinco anos. No Brasil, esta taxa é de 16,4.
De acordo com o documento da OMS, a expectativa de vida aumentou cinco anos entre 2000 e 2015, o crescimento mais rápido desde os anos 1960. Segundo a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, os ganhos foram desiguais. “Apoiar os países para avançar na saúde universal baseada numa atenção primária forte é a melhor coisa que podemos fazer para nos certificarmos de que ninguém será deixado para trás”, afirmou em comunicado divulgado pela entidade.
Quanto à mortalidade materna, Angola registrou 477 mortes para cada 100 mil nascidos vivos. O Brasil registrou 44 mortes de mães para cada 100 mil nascidos vivos, resultado que ficou abaixo da média das três Américas (52 mortes) e da média mundial (216 mortes). O país com maior taxa de mortalidade materna é Serra Leoa, onde morrem 1.360 mulheres. Em Portugal, a taxa é de dez mortes maternas para cada 100 mil nascidos vivos. Finlândia, Grécia, Islândia e Polônia são os países com melhor classificação, com uma taxa de três mortes maternas por cada 100 mil nascimentos.
Sobre a expectativa de vida ao nascer, o registro de Angola é deu 52,4 anos, à frente apenas de Serra Leoa, com 50,1 anos. A expectativa de vida no Brasil chegou a 75 anos, acima da média mundial de 71,4 anos. Em Portugal, a taxa sobe para os 81,8 anos, colocando o país em décimo terceiro lugar na tabela europeia, à frente de países como Alemanha, Dinamarca e Grécia. O Japão é o país do mundo com maior expectativa de vida, com uma média de 83,7 anos, seguido da Suíça, com 83,4 anos. Espanha, Itália, Islândia, Israel, França, Suécia, Cingapura, Austrália e Coreia do Sul também têm expectativas de vida acima dos 82 anos. O relatório mostrou que há 22 países no mundo com taxas abaixo dos 60 anos, todos eles situados na África subsaariana.
Em todos os países, as mulheres vivem mais que os homens, com uma expectativa média mundial de 73,8 anos, enquanto os homens apresentaram média de 69,1 anos.
Segundo a OMS, em Angola a expectativa de uma vida saudável ao nascer é de apenas 45,8 anos, uma das mais baixas do mundo. Em Serra Leoa, esse indicador indica uma expectativa ainda menor, com 44,4 anos. Nesse mesmo indicador, o Brasil registrou 65,5 anos. Em Portugal, esta expectativa é de 71,4 anos. No mundo, a expectativa de vida saudável é de 63,1 anos (ABr).

Resistência a antibióticos pode matar 10 milhões de pessoas por ano em 2050

O consumo excessivo e a má utilização favorecem a resistência das chamadas “super-bactérias”.

A resistência aos antibióticos poderá matar em 2050 mais dez milhões de pessoas por ano, ou seja, uma pessoa em cada três segundos, informa estudo ontem (19) divulgado em Londres. Nomeado pelo governo britânico para conduzir o documento sobre a resistência aos antibióticos, o economista Jim O’Neill destacou a necessidade de ações urgentes para evitar que a medicina preventiva regresse à Idade Média.
“É preciso que isso se torne uma prioridade para todos os chefes de Estado”, afirmou O’Neill, citado pela agência de notícias France Presse, ao propor uma bateria de medidas para enfrentar o problema.
O relatório apela à mudança drástica na maneira de utilizar os antibióticos, cujo consumo excessivo e a má utilização favorecem a resistência das chamadas “super-bactérias”. O estudo preconiza o lançamento de uma vasta campanha para sensibilizar o público que ignora os riscos. Defende, ainda, a criação de um fundo de investigação; a forte redução da utilização de antibióticos durante a fase de crescimento; ou, ainda, premiar com milhões de dólares o laboratório que desenvolver uma nova família de fármacos que substituam os antibióticos de forma eficaz.
Desde o lançamento do estudo, em meados de 2014, mais de um milhão de pessoas morreram por infecções relacionadas com a resistência aos antibióticos, diz o documento. Ele estima que este balanço pode crescer muito, ao ritmo de mais 10 milhões de mortes por ano até 2050, ou seja, mais pessoas do que o câncer mata hoje.
A eficácia decrescente dos antibióticos preocupa fortemente a comunidade científica. A Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu, em novembro, que o fenômeno representa um “imenso perigo” e que, se nada for feito, o planeta caminha para uma “era pós-antibiótica, na qual as infecções atuais podem recomeçar a matar.”
A resistência aos antibióticos acontece quando uma bactéria evolui e se torna resistente aos antibióticos utilizados para tratar infecções (Ag. Lusa).

Encontrados destroços de avião no mar

As Forças Armadas gregas anunciaram ter encontrado destroços no mar, próximo à Ilha de Creta, quando procuravam o avião da EgyptAir que caiu na madrugada de ontem (19) no Mediterrâneo, com 66 pessoas a bordo. “Foram encontrados a sudeste de Creta, dentro da área de informação aérea do Cairo”, afirmou um porta-voz do Estado-Maior, Vassilis Beletsiotis à agência France Presse.
Fonte do Ministério da Defesa informou à agência espanhola Efe que os destroços – pedaços de plástico com cordas cor laranja – estão a 50 km da Ilha de Karpatos.
Vassilis Beletsiotis acrescentou que os objetos, que flutuam no mar, foram localizados por um avião C-130 egípcio e que navios gregos estão a caminho do local (Ag. Lusa).

Juiz italiano morto pela máfia será homenageado

Magistrado italiano Giovanni Falcone.

Nesta segunda-feira (23), o Colégio Dante Alighieri, em São Paulo, receberá um seminário em homenagem ao magistrado italiano Giovanni Falcone, assassinado pela Cosa Nostra, a máfia siciliana, exatos 24 anos antes. Chamado “Para não esquecer”, o evento será realizado a partir das 9h30 e terá a presença do cônsul-geral da Itália na capital paulista, Michele Pala, e uma aula magna do jurista Walter Fanganiello Maierovitch. Além disso, a escola fará um debate sobre o combate aos mafiosos no país da bota.
Por fim, será exibido o filme “A máfia só mata no verão”, que retrata justamente a vida na Sicília dominada pela Cosa Nostra. Inspiração do juiz brasileiro Sérgio Moro, Falcone foi morto em um atentado em 23 de maio de 1992. O ataque também tirou a vida de sua esposa (Francesca Morvillo) e de três agentes da escolta (Vito Schifani, Rocco Dicillo e Antonio Montinaro). A ação foi encomendada pela Costa Nostra – que estava na mira dos processos conduzidos pelo magistrado – e realizada em uma rodovia nos arredores de Palermo, capital siciliana (ANSA).

Situação na Venezuela ‘não pode ser mais grave’

O diretor para as Américas da Human Rights Watch (HRW), José Miguel Vivanco, considerou ontem (19) que a situação na Venezuela é muito grave, e cobrou uma atitudo “clara e firma” da comunidade internacional. “Assistimos a uma situação realmente de crise. Creio que os fatos falam por si e exigem uma atitude clara e firme por parte da comunidade internacional”, disse ele a jornalistas em Bogotá.
O representante da HRW foi à capital colombiana para apresentar o livro do líder opositor venezuelano Leopoldo López, Preso pero libre (Preso, mas livre em tradução livre). Vivanco disse que os venezuelanos estão “totalmente indefesos”. “É essencial que a comunidade regional atue rapidamente para evitar a violência e maiores abusos do que os que já sofre hoje a grande maioria dos cidadãos do país”, disse ele.
A Venezuela vive uma crise política desde o início de 2014 acentuada pela vitória da oposição nas eleições legislativas de dezembro de 2015, que pretende organizar um referendo para destituir o presidente Nicolás Maduro. O país enfrenta ainda graves problemas econômicos, levando o governo a declarar oficialmente no dia 16 o “estado de exceção e de emergência econômica”, que aumenta os seus poderes sobre a segurança, distribuição de alimentos e energia (Ag. Lusa).

Seis meses para adequação de rótulos em cosméticos infantis

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fixou prazo de seis meses – contados a partir de 27 de abril deste ano – para a adequação de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes infantis a requisitos específicos de advertências de rotulagem. As regras foram estabelecidas por meio de resolução publicada pelo órgão no dia 24 de abril do ano passado, que dispõe sobre requisitos técnicos para a concessão de registro de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes infantis.
O texto estabelece como público infantil crianças com até 12 anos incompletos e determina, por exemplo, que a formulação desse tipo de produto seja constituída de ingredientes próprios e seguros para a finalidade de uso proposta, levando-se em conta possíveis casos de ingestão acidental. A resolução prevê também que a remoção do produto ocorra de forma fácil – pela simples lavagem com água, sabonete ou xampu. Ainda de acordo com as novas regras e com o objetivo de evitar a ingestão do produto, fica permitida a utilização de ingredientes com função desnaturante (gosto amargo) (ABr).