Pesquisa do governo indica que 67% da malha rodoviária têm boas condições de uso
O governo federal criou uma forma de monitorar a situação de conservação das rodovias sob sua administração. Segundo o Indicador de Qualidade das Rodovias Federais (ICM), 67% da malha estão em boas condições
Do restante, 20% está em situação regular, 7% em situação ruim e 5% em estado péssimo. O resultado é relativo ao quadro geral das rodovias no primeiro semestre de 2017. Essa foi a primeira edição da pesquisa, realizada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A segunda está prevista para o início de 2018. A expectativa é que, a partir do ano que vem, as edições passem a ser produzidas trimestralmente. O levantamento foi elaborado por uma equipe de 80 engenheiros, divididos em 35 equipes. Foram analisados os 52 mil km que compõem a malha viária federal. Não estão incluídas as estradas estaduais e as rodovias federais concedidas a outros entes públicos ou privados para exploração. Os pesquisadores verificaram as condições do pavimento, identificando falhas como buracos, trincamentos, remendos, sinalização e roçada (altura da vegetação). As vias consideradas “boas” precisam apenas de manutenção rotineira. As “regulares” demandam conservação leve, enquanto as “ruins” e “péssimas” necessitam de ajustes pesados. A manutenção de rodovias federais, quando não estão sob concessão, é feita por meio de empresas contratadas pelo governo federal. De acordo com o Dnit, atualmente são 281 contratos de conservação (reparos mais pontuais, como tapar buracos), 113 de restauração e manutenção (restauração inicial maior com manutenção posterior) e nove de restauração (manutenção mais pesada). Dos 52 mil km de rodovias federais analisados, 4,8 mil não estão cobertos por contratos de manutenção. Nesse total estão vias e trechos em boas e péssimas condições. O DNIT não soube informar quantos trechos considerados ruins ou péssimos estão sem serviço de manutenção contratada. Para Rodrigo Portal, coordenador de Programação e Serviços do órgão, a redução de investimentos têm limitado a garantia da conservação de parte dos trechos. “Como estamos com restrições orçamentárias, temos de diminuir as obras. Não é por falta de contrato, mas de orçamento. Às vezes ficamos de mãos atadas”, afirmou. Os estados coms rodovias federais em melhores condições são Amapá (98% em bom estado), Bahia (82%), Roraima (82%), Distrito Federal (85%) e Piauí (83%). Em pior situação estão Acre (32%), São Paulo (43%), Mato Grosso do Sul (53%), Sergipe (56%) e Ceará (56%). Essa diferença entre estados não significa desempenho dos governos estaduais, uma vez que a responsabilidade pela conservação é do governo federal (ABr). |
Portugal: domingo foi pior dia de incêndios este anoDomingo (15) foi o dia mais crítico em relação a incêndios em Portugal este ano, segundo informações da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC). Até o momento, já foram contabilizadas 31 mortes e 51 feridos em, pelo menos em 15 distritos do país. Cerca de 5 mil bombeiros estão envolvidos no combate ao fogo. Dezenas de povoações tiveram que ser evacuadas, e diversas estradas e linhas de trem tiveram que ser cortadas devido ao alastramento dos focos de incêndio. De acordo com informações do site Infraestruturas de Portugal (IP), pelo menos 13 estradas das regiões norte e centro do país estavam fechadas esta manhã. Foram registrados mais de 500 focos de incêndio em todo o país. Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em junho, quando foram registradas 64 mortos e mais de 200 feridos. António Costa, primeiro-ministro português, decretou estado de calamidade pública em todos os distritos ao Norte do Rio Tejo. Além disso, Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos para colaborar com o combate aos incêndios. O comissário europeu de Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, Christos Stylianides, afirmou ontem (16) que o mecanismo europeu está pronto para ajudar. Declarou ainda compaixão profunda e solidariedade a Portugal e Espanha pelos incêndios florestais. Marcelo Rebelo de Sousa, presidente de Portugal, manifestou em nota solidariedade às populações, aos autarcas e aos bombeiros, no combate aos fogos, e exprimiu pesar aos parentes das vítimas. Rebelo de Sousa e António Costa cancelaram suas agendas de compromissos hoje para acompanhar os desdobramentos da situação no país (ABr). Justiça espanhola não reconhece mulher como filha de DalíA Justiça da Espanha rejeitou ontem (16) a demanda de paternidade de Pilar Abel para ser reconhecida como filha do pintor surrealista Salvador Dalí, após assumir que os dois exames de DNA determinam que o artista não é seu pai biológico. Na decisão, o juiz titular do tribunal de primeira instância em Madri condenou Pilar Abel a pagar os custos do processo. O juiz criticou o fato de que Pilar Abel, ao tomar conhecimento das conclusões do resultado da análise biológica, não desistiu do processo nem pediu na audiência oral com a equipe que realizou os exames, para questionar os resultados. Pilar alegou que nasceu de uma relação que sua mãe manteve com Dalí, a quem ela conheceu quando trabalhava como empregada de uma família que passava temporadas em Cadaqués, um povoado próximo a Figueres, a cidade de nascimento do artista, na região da Catalunha. A insistência de Pilar fez com que um tribunal autorizasse a exumação, em julho, dos restos mortais de Dalí, que morreu em 1989. No início de setembro, no entanto, foram divulgados os resultados das análises biológicas que comprovaram que o DNA de Pilar e do artista surrealista não coincidiam (ABr/EFE). | Papa diz que principal ‘arma’ contra fome é o amorO papa Francisco fez um novo alerta ontem (16) e pediu que se introduza o “amor” na linguagem da cooperação internacional, porque a fome só acabará quando não houver guerra. O Pontífice fez um discurso na FAO, em Roma, que tem como diretor-geral o brasileiro José Granizo da Silva, por ocasião do Dia Mundial da Alimentação. “Seria exagerado introduzir na linguagem da cooperação internacional a categoria do amor, conjugada como gratuidade, igualdade de tratamento, solidariedade, cultura do dom, fraternidade, misericórdia?”, questionou o Pontífice. Para o líder da Igreja Católica, “essas palavras expressam, de fato, o conteúdo prático do termo humanitário, tão usado na atividade internacional”. “Amar aos irmãos, tomando a iniciativa, sem sermos correspondidos, é o princípio evangélico que também encontra expressão em muitas culturas e religiões”, acrescentou Francisco. “É necessário que a diplomacia e as instituições multilaterais alimentem e organizem essa capacidade de amar, porque é a via mestre que garante não apenas a segurança alimentar, mas também a segurança humana em seu aspecto global”, disse. “É urgente encontrar novos caminhos”, disse o Papa, lembrando que a fome que atinge muitos locais do mundo também não acabará enquanto houver guerra. Em sua conta no Twitter, Jorge Mario Bergoglio ressaltou que “devemos responder ao imperativo que o acesso ao alimento necessário é um direito de todos. Um direito que não consente exclusões” (ANSA). Países ricos prometem tirar 500 milhões de pessoas da fomeOs países que fazem parte do G7 assinaram no domingo (15), em Bergamo, norte da Itália, uma declaração conjunta na qual se comprometem a tirar 500 milhões de pessoas da fome até 2030. O documento foi firmado pelos ministros da Agricultura de Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido e também prevê medidas para combater as mudanças climáticas. “500 milhões de pessoas fora da fome até 2030 por meio de compromissos concretos dos sete países”, declarou o ministro italiano das Políticas Agrícolas, Maurizio Martina. Segundo ele, a “Declaração de Bergamo” foi aprovada por unanimidade, ao fim de dois dias de reuniões na cidade lombarda. O documento possui cinco prioridades: defender a renda de agricultores – principalmente os pequenos – de desastres climáticos; aumentar a cooperação agrícola na África; reforçar a transparência na formação de preços de insumos; reduzir o desperdício alimentar; e adotar políticas concretas para o desenvolvimento de sistemas produtivos regionais. A cúpula dos ministros do G7 em Bergamo também contou com a presença do diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o brasileiro José Graziano. “Há temas nos quais ainda precisamos aumentar os esforços, como a proteção do solo e da biodiversidade e a maior transparência na formação dos preços de alimentos”, acrescentou Martina (ANSA). |