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Geral 16/05/2019

em Geral
quarta-feira, 15 de maio de 2019
Vice temproario

Vice-presidente Mourão quer fortalecer cooperação com a China

Em entrevista ao programa Brasil em Pauta, da TV Brasil, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, destacou que o Brasil pode fortalecer o comércio internacional a partir da disputa entre China e Estados Unidos.

Vice temproario

O vice presidente, Hamilton Mourão,dá entrevista ao programa Brasil em Pauta, da TV Brasil. Foto: Marcello Casal Jr/ABr

Ele está embarcando para o país asiático, onde participa da quinta edição da reunião da Comissão Sino-Brasileira, em Pequim. A China é o principal parceiro comercial do Brasil. As exportações para o gigante asiático em 2018 superaram US$ 64 bilhões e as importações, US$ 34 bilhões. Com esse resultado, a corrente de comércio bilateral chegou a US$ 98,9 bilhões.

“Temos ligação com os Estados Unidos da origem da nossa independência [em 1822]. Foram os primeiros a nos reconhecer, sempre foram o campeão da democracia e defensor da liberdade. E o governo tem uma colocação muito clara em relação a essas políticas que a democracia americana representa. Por outro lado, temos que ter o pragmatismo suficiente para entender a importância da China para o desenvolvimento econômico do Brasil.”

O vice-presidente lembrou que a China passa por dificuldade no âmbito da segurança alimentar por causa da peste suína africana, vírus que tem dizimado o rebanho de porcos no território chinês. Como consequência, destacou o vice-presidente, o gigante asiático precisa importar proteína animal para alimentar uma população de 1,4 bilhão de pessoas. “O Brasil tem capacidade extraordinária de produção de alimentos. Então essa estratégia é que nós temos que traçar em ter essa aproximação com o mercado chinês”.

“Vamos procurar dar uma mensagem política ao governo chinês e, ao mesmo tempo, nosso posicionamento em relação à iniciativa Belt and Road (Cinturão e Rota), uma nova plataforma que o governo chinês, ao longo dos últimos cinco anos, vem buscando colocar no comércio mundial”, afirmou. A iniciativa chinesa, também chamada de A Nova Rota da Seda, foi lançada em 2013 pelo presidente chinês Xi Jinping e visa promover acordos de cooperação para desenvolver projetos de infraestrutura, comércio e cooperação econômica na comunidade internacional.

Segundo Mourão, o Brasil, além de querer diversificar a exportação de produtos de maior valor agregado, pretende atrair investimentos de qualidade em projetos de infraestrutura para portos, ferrovias, rodovias e em energia renovável, como eólica e fotovoltaica. No encontro com Xi Jinping, Mourão vai entregar uma carta do presidente Jair Bolsonaro ao presidente chinês. “No segundo semestre, o presidente estará na China e acreditamos que, no primeiro semestre do ano que vem, o presidente chinês venha ao Brasil” (ABr).

ONU alerta para crescente ameaça das mudanças climáticas

ONU temproario

Secretário-geral da ONU, António Guterres. Foto: Mark Garten/ONU

RTP/ABr

O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou ontem (15), nas ilhas Fiji, sobre o crescente perigo das mudanças climáticas para a paz e a segurança mundiais, que afetam significativamente o arquipélago do Pacífico. “Os estrategistas militares veem claramente a possibilidade de os impactos das mudanças climáticas aumentarem as tensões em torno dos recursos e originarem movimentos maciços de pessoas em todo o mundo”, declarou Guterres, na cúpula do Fórum das Ilhas do Pacífico.

Ele lembrou que as temperaturas e os desastres naturais estão se tornando cada vez mais extremos, e destacou que a mudança climática vai afetar seriamente a segurança alimentar, devido à salinização da água e à perda de áreas de cultivo, bem como os sistemas de saúde públicos nos países mais vulneráveis. Em 2016, mais de 24 milhões de pessoas,de 118 países e territórios, foram forçadas a abandonar as suas residências devido a desastres naturais, três vezes mais do que o número de deslocadas por conflitos no planeta, de acordo com dados da ONU.

Guterres lembrou a experiência histórica das ilhas do Pacífico na adaptação, diante de vários fenômenos climáticos, e pediu maior cooperação da comunidade internacional com essa região, para lidar com os efeitos das alterações climáticas. “A região do Pacífico está na vanguarda das mudanças climáticas e é por isso que vocês são aliados importantes na luta” contra esse fenômeno, afirmou Guterres, em um comunicado.

O secretário-geral da ONU está na Oceania, sobretudo para abordar os crescentes problemas causados pelas mudanças climáticas e pela ameaça que representa para os mares e oceanos que, com o aumento dos níveis da água devido ao aquecimento global, está levando à perda de terras das ilhas do Pacífico.

Alabama aprova lei antiaborto mais severa dos EUA

Agência Brasil

O Senado do estado norte-americano do Alabama acaba de votar uma lei que passa a proibir o aborto em quase todas as circunstâncias, principalmente em caso de violação ou incesto. A legislação proíbe a interrupção voluntária da gravidez em qualquer fase, e os médicos que realizem o procedimento podem ser punidos com pena de prisão de até 99 anos.

Há exceções quando a gravidez colocar em sério risco a vida da mãe ou em caso de anomalia do feto. A Câmara dos Representantes já tinha aprovado a medida no mês passado. Na última terça-feira (14), ela foi votada e enviada à governadora republicana, Kay Ivey, que tem seis dias para assinar a legislação. A governadora do Alabama ainda não tomou uma posição pública quanto ao assunto, mas os legisladores republicanos esperam o seu apoio.

Uma porta-voz de Kay Ivey declarou que a governadora “vai se abster de qualquer comentário até que tenha oportunidade de rever a versão final da lei que foi aprovada”. No passado, Ivey já se declarou contra o aborto. A lei, que obteve 25 votos a favor e apenas seis contra no Senado, será implementada seis meses após a assinatura da governadora, mas poderá vir a enfrentar desafios legais, uma vez que os opositores prometeram desafiá-la em tribunal caso se torne efetiva.