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Geral 16/03/2016

em Geral
terça-feira, 15 de março de 2016

Médicos devem pedir exames para detecção de HIV, sífilis e hepatites

É rápido o teste para detectar os vírus HIV/Aids, sífilis e hepatite C.

Médicos em todo o país devem orientar seus pacientes a fazer exames para detecção de HIV, sífilis e hepatites B e C

É o que prevê a Recomendação nº 2/2016, aprovada pelo plenário do Conselho Federal de Medicina (CFM). O objetivo é ampliar o diagnóstico em tempo oportuno de doenças infectocontagiosas. De acordo com o conselho, a orientação visa a facilitar a abordagem de infecções sexualmente transmissíveis feita pelo médico durante a consulta.
Caso os testes ou a vacinação não tenham sido feitos previamente, o profissional de saúde deve orientar o paciente, conforme o caso, sobre a necessidade da execução. “A recomendação é um instrumento normativo. Está entre a resolução, que tem força compulsória, e o parecer, que é uma norma reguladora. É como se fosse um parecer de maior relevância, ao qual os médicos devem prestar especial atenção e de grande Importância social”, explicou o presidente do CFM, Carlos Vital.
O cumprimento da norma, segundo ele, terá impacto individual, evitando a progressão da infecção no paciente, e também impacto coletivo, diminuindo o risco de disseminação de doenças infectocontagiosas. Serviços de saúde dos Estados Unidos e de alguns países europeus já orientam seus médicos a oferecer testagem para o HIV.
“É preciso que os médicos estejam cada vez mais engajados na doutrina da prevenção e na orientação aos seus pacientes”, reforçou Vital.
Dados do CFM mostram que, no Brasil, cerca de 25% dos casos de HIV são diagnosticados quando o paciente já apresenta contagem de linfócitos CD4 abaixo de 200 células por milímetro cúbico (mm3), o que significa estado avançado de imunossupressão. A contagem normal em um adulto deve ficar acima de 500 células por mm3. A expectativa do conselho é que, com a medida, mais pessoas sejam diagnosticadas antes que a contagem de linfócitos CD4 fique abaixo de 200 células por mm3.
Os últimos dados do Ministério da Saúde relativos a hepatites no Brasil revelam que, de 1999 a 2011, foram notificados 343.853 casos da doença, com uma média de 40 mil novos casos por ano. As hepatites A e B concentram o maior número de casos. As duas principais vias de transmissão de hepatites são o uso de drogas venosas e o contato com sangue (ABr).

Para reduzir gastos, agências dos Correios não vão mais abrir aos sábados

Presidente dos Correios, Giovanni Queiroz.

A partir do próximo sábado (19), a maioria das agências dos Correios não vai mais abrir aos sábados. A medida é uma forma de reduzir os gastos da empresa e tentar chegar ao fim do ano com o orçamento em dia. Apenas as agências com grande movimentação, como em aeroportos e rodoviárias, continuarão abertas aos sábados.
“Queremos fazer um ajuste financeiro para, que ao final deste ano, os Correios não tenham deficit como no ano passado”, explicou o presidente dos Correios, Giovanni Queiroz. O balanço de 2015 da empresa ainda não foi concluído, mas no final do ano passado, Queiroz estimava que o deficit da estatal chegaria a R$ 2 bilhões.
Segundo o presidente, muitas agências são deficitárias e com baixo fluxo de clientes aos sábados, como a de Teófilo Otoni (MG), onde a receita média aos sábados é R$ 416 e a despesa para abrir é R$ 6,6 mil. “Não há nada que justifique estar aberta ao sábado”, diz. A medida não vale para as agências franqueadas dos Correios, só para as agências próprias. Atualmente, os Correios têm 6.471 agências próprias e 1.011 franqueadas. Até o fim do ano, a empresa espera economizar R$ 1,6 bilhão com diversas ações de redução de despesas.
Os Correios estudam a possibilidade de fundir agências que estejam próximas, realocando os funcionários e fechando as que dão prejuízo. O presidente fez uma recomendação para que todas as agências reduzam o pagamento de horas extras e o trabalho noturno dos funcionários. No ano passado, a empresa pagou R$ 720 milhões com hora extra. O corte pela metade dos gastos com publicidade e patrocínio, que no ano passado significou R$ 380 milhões, também é objetivo dos Correios para economizar. Outras medidas administrativas, como revisão de contratos de aluguel, redução do uso de carros, telefone, viagens e diárias serão adotadas. Também será feita uma auditoria na folha de pagamento para detectar pagamentos irregulares de benefícios.
Para aumentar as receitas, os Correios vão começar a prestar os serviços de telefonia móvel virtual, chamada de MVNO (Mobile Virtual Network Operator). Com o serviço, a empresa pretende arrecadar R$ 282 milhões nos cinco anos de contrato. Outra medida, será a ampliação do número de agências que oferecem a venda de consórcios, como de veículos e imóveis, de 190 para 3,2 mil até o fim do ano. A estatal também vai investir no setor de logística e já iniciou a negociação para ser o operador logístico oficial de todos os setores do governo federal, como já faz com a distribuição de livros didáticos e de medicamentos (ABr).

Um dos queijos mais exportados do mundo

A Itália é conhecida pela sua extensa enogastronomia, sendo famosa pelos seus vinhos, pastas, molhos, risotos e também pelos seus queijos. E um dos maiores representantes do país neste último tipo de alimento é, sem dúvida, o grana padano. Criado há quase mil anos pelos monges da Chiaravalle Abbey, abadia perto de Milão em funcionamento desde 1135, o laticínio é considerado o primeiro queijo duro do mundo e um dos mais populares.
Sua origem se deu como forma de conservar os excessos de leite e seu nome foi formado a partir de grana, que se refere à consistência um pouco granulada do queijo, e padano, que se liga à região italiana da Pianura Padana, território que corta o norte da Itália de leste a oeste. Atualmente, são 13 as províncias italianas onde se concentra a produção do laticínio, cerca de 4,5 mil empresas relacionadas com o ramo e mais de 40 mil pessoas envolvidas na área.
Porém estes números caem muito se forem levados em conta apenas as companhias e os profissionais que estão autorizados a usar a certificação de Denominação de Origem Protegida em seu produto. Mesmo com essas empresas não passando de 500, o grana padano é considerado hoje em dia como o queijo DOP mais consumido do mundo, tendo exportado mais de 1,6 milhão de formas em 2015.
O grana padano é um queijo que utiliza na sua produção um leite semi-desnatado, ou seja, mais leve e menos calórico, de vacas que contam com uma alimentação equilibrada e rígida. Em relação à produção, os métodos ainda são os mesmos da abadia de Milão (ANSA).

Com maioria muçulmana, Albânia constrói busto do Papa

Busto do papa Francisco inaugurado no centro de Tirana.

A cidade de Tirana, capital da Albânia, ergueu ontem (15) um busto do papa Francisco para relembrar a visita do líder da Igreja Católica ao país, em setembro de 2014. A decisão de fazer a obra foi tomada por unanimidade pelo Conselho Comunal de Tirana, apesar da Albânia ter uma população majoritariamente muçulmana.
Líderes políticos e de outras religiões participaram da cerimônia para a entrega do busto do Papa, inclusive o presidente Bujar Nishani, que aproveitou a ocasião para agradecer Francisco pela canonização de Madre Teresa de Calcutá, que tem origem albanesa e macedônia. “Será uma das datas mais importantes da história da Albânia”, disse o mandatário.
O Vaticano confirmou que a cerimônia de canonização de Madre Teresa ocorrerá no próximo dia 4 de setembro, em Roma. O busto de Francisco foi erguido próximo do edifício “Pirâmide”, no centro de Tirana e construído durante o regime comunista em homenagem ao ex-líder Enver Hoxha, que nos anos 1960 impôs o ateísmo de Estado (ANSA).

Base Curricular deve reduzir desigualdades na educação

Nos próximos meses, o Brasil definirá uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC), um documento com os conteúdos mínimos que os estudantes devem aprender a cada ano na escola, da educação infantil ao ensino médio. Para alguns especialistas, é a chance de focar na qualidade e, de fato, mudar a educação brasileira. Outros questionam a efetividade do documento e acreditam que ele nunca sairá do papel. A reportagem conversou sobre o assunto com Ilona Becskeházy, que atua desde 1996 no desenho e na implementação de projetos de educação.
A especialista defende que o Brasil precisa de uma Base, mas critica o documento atual, que está disponível para consulta pública. Para a especialista, o documento é “capaz de confundir e desorganizar o que já não é bom”. Segundo Ilona, que é mestre em educação pela PUC do Rio e foi diretora executiva da Fundação Lemann (organização que busca projetos inovadores em educação), cabe ao Ministério da Educação (MEC) tomar decisões e liderar o processo de consolidação de uma Base que atenda aos interesses do país.
O documento atual é preliminar e foi elaborado por um grupo de especialistas, que incluía professores tanto do ensino superior quanto do básico. Embora não seja autor da Base, cabe ao MEC coordenar o processo até a elaboração de um documento final.
Ilona critica a amplitude da consulta pública e diz que o processo pode levar a um compilado de contribuições não qualificadas. O MEC afirma que a intenção é que um debate com muitos grupos e especialistas seja capaz de melhorar o documento. A pasta garante que as incorporações das sugestões ao documento serão feitas com critério (ABr).