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Geral 15 e 16/11/2017

em Geral
terça-feira, 14 de novembro de 2017
No mundo, 422 milhões de adultos têm diabetes, que é responsável por 1,6 milhão de mortes a cada ano.

Cerca de 205 milhões de mulheres têm diabetes no mundo, alerta OMSNo mundo, 422 milhões de adultos têm diabetes, que é responsável por 1,6 milhão de mortes a cada ano.


No Dia Mundial do Diabetes, lembrado na terça-feira (14), a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que cerca de 8% das mulheres – ou 205 milhões – vivem com diabetes em todo o mundo

O tema da campanha deste ano é “Mulheres e Diabetes: nosso direito a um futuro saudável”, que tem como foco promover o acesso a medicamentos e tecnologias essenciais para todas as mulheres com diabetes e com risco da doença, além de levar informações qualificadas para que elas fortaleçam sua capacidade de prevenir o diabetes tipo 2.
Para o diretor da Sociedade Brasileira de Diabetes, Márcio Krakauer, o diabetes afeta a mulher em vários aspectos, o principal deles é o gestacional. Além disso, as mulheres passam pela menopausa, que é um momento em que a doença precisa ter um controle diferenciado. Elas também estimulam os homens a cuidar da própria saúde. Um em cada sete nascimentos no mundo é afetado por diabetes na gestação. “É uma doença muito frequente e que aumenta o risco de aborto e má formação do bebê e morte das mães. Com o tratamento, essas complicações são completamente evitáveis”, disse.
No mundo, 422 milhões de adultos têm diabetes, que é responsável por 1,6 milhão de mortes a cada ano. São dois os tipos de diabetes. O tipo 1 é uma doença autoimune, quando pouca insulina é liberada para o corpo e a glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia. Esse tipo se concentra entre 5% e 10% do total de pessoas com a doença. Já o tipo 2 é quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz, ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de açúcar no sangue. Esse tipo é causado principalmente pela obesidade. Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o tipo 2.
Segundo Márcio Krakauer, cerca de 70% das pessoas podem prevenir o tipo 2 da doença. “A prevenção é por mudança de estilo de vida, foco na perda de peso, na atividade física e na boa alimentação para que se possa reduzir o risco”, explicou. O especialista alertou ainda que metade das pessoas que têm diabetes não sabe que tem. “Quando a glicose está alta por muitos anos, podem aparecer alguns poucos sintomas, como excesso de sede, aumento do apetite, perda de peso, infecções urinárias. São sintomas mais tardios” (ABr).

Mulheres se sentem menos seguras no Complexo do Alemão, diz estudo

46,4% das mulheres entrevistadas disseram não se sentir seguras na comunidade.

As mulheres moradoras do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, se sentem menos seguras que os homens na comunidade por causa da violência. É o que mostra o estudo “Ninguém entra, ninguém sai. Mobilidade urbana e direito à cidade no Complexo do Alemão”, do Brics Policy Center, organização vinculada ao Instituto de Relações Internacionais da PUC-RJ. Os impactos da militarização da vida na favela são sentidos de forma diferente dependendo do sexo do morador: 46,4% das mulheres entrevistadas disseram não se sentir seguras na comunidade por conta dos constantes tiroteios. Entre os homens, o percentual é 34,2%. A pesquisa ouviu 163 pessoas.
“A diferença entre o índice de sensação de insegurança proporcional entre mulheres e homens é sintomático de como a sensação de (in)segurança, em um contexto de violência extrema, é atravessada por um corte de gênero significativo, na qual as mulheres se sentem mais vulnerabilizadas que os homens”, diz a publicação. De acordo com o estudo, o ônibus é o meio de transporte mais utilizado pelos moradores do Complexo do Alemão para o acesso à cidade: 52,2% dos entrevistados responderam que utilizam ônibus; 12,4% usam mototáxi; 12% kombi; 10% carro; 7,2% metrô ou trem; 4,3% moto; 1% bicicleta e 1% anda a pé.
Apesar de ser o meio de transporte mais utilizado, 29,1% dos entrevistados afirmaram ser o ônibus de péssima qualidade; 17,28% disseram ter uma qualidade ruim; 34,57% responderam ser regular; 16,67%, boa e apenas 2,47% disseram ser ótima. Com a reestruturação de algumas linhas que ligavam a zona norte à zona sul do Rio, muitos ônibus que passavam nas adjacências do Complexo do Alemão mudaram de rota e não chegam até a zona sul, fazendo com que o morador tenha que pegar mais de um ônibus para chegar a essa região da cidade.
“Em outras palavras, mais da metade dos entrevistados têm um acesso ao serviço público de transporte cada vez mais precarizado, o que contribui para restringir não só a qualidade destes serviços, mas, sobretudo, a qualidade do seu acesso à cidade do Rio de Janeiro”, aponta o texto. Ao serem perguntados sobre o meio de se locomoverem dentro do Complexo do Alemão, 47,8% dos entrevistados afirmaram andar a pé para ir de um lugar ao outro da comunidade; 31,3% disseram utilizar mototáxi; 9,3% afirmaram usar kombi; 3,8% utilizam carro próprio; outros 3,8% usam bicicleta; 0,5% moto e 3,3% não responderam (ABr).

Projeto eleva pena para transporte clandestino de passageiros

A Câmara analisa proposta que aumenta a pena por transporte clandestino de passageiros. O texto é de autoria do senador Acir Gurgacz (PDT-RO). O projeto altera o Código de Trânsito Brasileiro para tratar de forma diferente as infrações pelo transporte irregular de pessoas e de bens. Atualmente, as duas modalidades de transporte clandestino são classificadas como infração média, punidas com multa, apreensão e remoção do veículo.
Além de fazer uma separação, o projeto altera a punição estabelecida para cada uma das infrações. No caso do transporte não licenciado de pessoas, a infração passa de média a gravíssima. O motorista ainda pode ter suspenso o direito de dirigir e o recolhimento da habilitação. Quando o transporte irregular for de bens, permanecem a classificação da infração como média e a penalidade de multa.
O texto elimina, entretanto, a previsão de apreensão do veículo, substituindo a remoção pela retenção. A proposta será analisada pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça. Depois, segue para apreciação do Plenário (Ag.Câmara).

Número de mortes aumentou 24,7% em dez anos no Brasil

Mais da metade das mortes é proveniente da população com mais de 65 anos.

O número de mortes registradas no Brasil entre 2006 e 2016 aumentou em 24,7%. Em 2006, foram contabilizadas 1.019.393 mortes e, no ano passado, 1.270.898. Houve redução expressiva da mortalidade até os 14 anos e aumento nas idades mais avançadas, em especial acima dos 50 anos, reflexo do envelhecimento populacional. Os dados constam da pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2016 do IBGE, divulgada na terça-feira (14).
Em 1976, os óbitos de menores de 1 ano e de menores de 5 anos representavam 27,8% e 34,7% do total, respectivamente. Após 40 anos, os avanços nas condições de saneamento básico, na distribuição de medicamentos e no aperfeiçoamento de vacinas e de outros meios de medicina preventiva permitiram que os óbitos dos menores de 1 ano ficassem em 2,4% e o de menores de 5 anos, em 2,9%.
Há quatro décadas, as mortes de pessoas com mais de 65 anos correspondiam a 29,1% do total. A partir de 2006, mais da metade das mortes é proveniente da população com mais de 65 anos. No ano passado, esse percentual alcançou 58,5%. Em 2016, um homem de 20 anos tinha 11 vezes mais chance de não completar os 25 anos do que uma mulher se a causa da morte fosse externa (homicídio, suicídio, acidentes de trânsito, afogamentos e quedas acidentais). O índice cresceu 141,3% nesse período de 40 anos – em 1976, este índice era de 4,6 vezes.
Para os homens, o volume de óbitos aumenta significativamente para quem tem idade de 15 a 39 anos, em função das causas violentas que afetam com maior intensidade este contingente populacional. Se forem considerados somente os óbitos por causas naturais no grupo de 20 a 24 anos, um homem de 20 anos teria 2,2 vezes mais chance de não completar os 25 anos do que uma mulher na mesma idade (ABr).

PF investiga grupo criminoso que fraudava a Caixa

Contratos da Caixa na área de tecnologia da informação, que totalizam mais de R$ 385 milhões, estão sendo investigados pela Polícia Federal (PF) sob suspeita de irregularidades. A Operação Backbone cumpriu dez mandados judiciais de busca e apreensão em Brasília. As empresas de tecnologia da informação “repassavam os valores indevidos para a empresa de consultoria por meio de contratos de prestação de serviços, em princípio, inexistentes”. As investigações indicam que parte dos valores recebidos era “distribuída pela empresa de consultoria para os demais membros da organização criminosa”.
Para justificar o acréscimo patrimonial, “os empregados da Caixa e o sócio administrador da empresa de consultoria celebravam contratos de compra e venda de imóveis, viabilizando assim o branqueamento de capitais”, disse a PF. A organização criminosa seria formada por empregados da Caixa, empresários da área de tecnologia da informação e uma empresa de consultoria pertencente a um ex-empregado do banco. As investigações mostram que empregados da Caixa e o sócio administrador da empresa de consultoria “receberam vantagens indevidas” repassadas pelas empresas.
A Caixa, por meio de nota, esclareceu que “forneceu informações e documentos, previamente à deflagração da Operação Backbone, contribuindo para a apuração dos fatos”. Informou ainda “que não houve busca e apreensão em suas dependências e que continua prestando irrestrita colaboração com a Polícia Federal”. O nome da operação, Backbone, é uma expressão que, na área da informática, faz referência à espinha dorsal de um sistema de rede de computadores (ABr).

Café diminui chance de ataque cardíaco

Uma nova pesquisa trouxe mais uma boa notícia para os amantes de café. A bebida, além de dar aquela disposição extra, diminui a chance de sofrer com insuficiência cardíaca, ataques cardíacos e doenças coronárias. O estudo feito pela Escola de Medicina da Universidade de Colorado, em Aurora, nos Estados Unidos, usou de maneira automática, com um algoritmo, os dados de um amplo estudo epidemiológico de longa duração feito pela Framingham Heart Study e conseguiu associar o consumo da bebida aos benefícios para o coração.
Essa pesquisa já acompanhou mais de 15 mil pessoas com doenças cardíacas desde a década de 1940. Em particular, os cientistas revelaram que, a cada xícara de café consumida, o risco de insuficiência cardíaca cai 7%, o de ataque reduz em 8% e o de doenças coronárias cai 5%. Para confirmar as informações, eles repetiram o uso do algoritmo com dados de outras duas pesquisas, feitas pelo Cardiovascular Heart Study e pelo Atherosclerosis Risk In Communities Study (ANSA).