Ano termina com número recorde de 251 jornalistas presos no mundoO número de jornalistas presos pelo exercício de sua profissão no mundo todo aumentou pelo terceiro ano consecutivo até se situar em 251, a maioria deles na Turquia, de acordo com um relatório publicado nesta quinta-feira pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ). Estudo sugere que autoritarismo contra imprensa não é temporário. Foto: Ann Wang/File Photo/Reuters Gabriel Nunes/ANSA Os 251 presos supõem um número recorde desde que existe o acompanhamento por parte do CPJ, que destacou que um mundo com centenas de jornalistas na prisão se transformou na “nova normalidade”. A Turquia, com 68 jornalistas presos, é o país que lidera este ranking, seguido por China (47), Egito (25) e Arábia Saudita (16). A Eritreia completa os cinco primeiros lugares da lista, também com 16, mas a CPJ alertou que desconhece se esses jornalistas, em sua maioria presos desde 2001, continuam vivos. Outros países com jornalistas na prisão são Vietnã (11), Azerbaijão e Camarões (7). Cerca de 70% dos jornalistas presos no mundo todo foram detidos por crimes contra o Estado. Na Turquia, por exemplo, a maioria é acusada de laços com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo), a guerrilha curda do país. O relatório também destaca o aumento de jornalistas detidos pela divulgação de “notícias falsas”, que em dois anos passaram de nove para 28. A maioria de presos atualmente por esse motivo, 19, está no Egito. O CPJ lembrou que esse aumento ocorreu em paralelo à intensificação da retórica global sobre as “notícias falsas” (“fake news”), que tem como maior expoente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O relatório também revela que na Europa há um jornalista russo preso na Ucrânia e outro ucraniano na Rússia, enquanto na Etiópia não há profissionais presos pela primeira vez desde 2004 e no Uzbequistão pela primeira vez em 20 anos. Com esses números em mãos, o CPJ concluiu que a “abordagem autoritária” às coberturas jornalísticas críticas se transformou em algo maior que um aumento temporário, e que um mundo com centenas de jornalistas detidos é “a nova normalidade” (Agência EFE). | |
Homem que matou brasileira na Nicarágua é condenadoA jovem foi atingida enquanto dirigia perto da universidade onde estudava em Manágua. Foto: Esteban Biba/EFE Agência Brasil A Justiça da Nicarágua condenou a 15 anos de prisão, por homicídio, porte de arma e posse ilegal de arma, e pagamento de multas, o ex-militar e vigilante particular Pierson Adam Gutierrez Solis. Ele assumiu ter atirado e matado a estudante de medicina brasileira Rayneia Gabrielle da Costa Lima Rocha, de 30 anos, em julho. A jovem foi atingida enquanto dirigia perto da universidade onde estudava em Manágua, capital nicaragüense. A Nicarágua enfrenta clima de tensão devido aos conflitos políticos intensos que geram protestos diários. As informações estão na imprensa da Nicarágua. O jornal ‘El Diario Nuevo’ detalha o julgamento conduzido pelo juiz Alvir Ramos. Segundo as investigações, o vigilante disparou na brasileira com uma Colt M4 Carbine 5,56 mm cor preta e sem série visível. O vigilante argumentou que atirou por prevenção, pois ela dirigia em alta velocidade. Segundo os amigos, a brasileira retornava do hospital no qual fazia residência médica, era tarde da noite e seguia para casa. | Unesco: união homoafetiva como patrimônio mundialAgência Brasil A decisão do STF de reconhecer, em 2011, a união homoafetiva e a garantia dos direitos fundamentais aos homossexuais, recebeu o certificado MoWBrasil 2018, oferecido pelo Comitê Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo da Unesco. A decisão foi inscrita como patrimônio documental da humanidade no Registro Nacional do Brasil. O ex-ministro Ayres Britto, do STF, relator das ações que trataram do tema, representou a Corte durante cerimônia na última quarta-freira (12), no Rio de Janeiro. “A Constituição é arejadora dos costumes e sabe enterrar ideias mortas”, ressaltou o ministro. “[A decisão do STF] é de proibição do preconceito em função do modo sexual de ser das pessoas”, disse. Ayres Britto acrescentou que este é um caminho de qualidade civilizatória democrática e humanista. “É caminho sem volta, é descolonização mental”. A presidente do Comitê Nacional da Memória do Mundo da Unesco, Jussara Derenji, destacou que “um caleidoscópio da história está se formando através de novas contribuições das instituições nacionais”. |