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Geral 14/03/2018

em Geral
terça-feira, 13 de março de 2018
Para 89% dos entrevistados o candidato precisa conhecer os problemas do país; para 77%, ter experiência em assuntos econômicos e, para 74%, ter boa formação educacional.

Maioria quer candidato à Presidência da República sem envolvimento em corrupção

Para 89% dos entrevistados o candidato precisa conhecer os problemas do país; para 77%, ter experiência em assuntos econômicos e, para 74%, ter boa formação educacional.

A maioria dos brasileiros espera que o futuro presidente do Brasil seja honesto e não tenha se envolvido em casos de corrupção

Essas foram as prioridades apontadas pelos entrevistados pela pesquisa para as eleições de 2018, feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Ibope, divulgada ontem (13). Para 87% dos brasileiros é muito importante que o candidato à Presidência seja honesto e não minta na campanha. Para 84% é muito importante que nunca tenha se envolvido em casos de corrupção. A pesquisa aponta ainda que 66% preferem votar em um candidato honesto, mesmo que defenda políticas com as quais ele não concorda.
Para 44% dos entrevistados o principal foco do novo presidente deve ser em mudança social, com melhoria da saúde, educação, segurança e desigualdade social; para 32% deve ser a moralização administrativa, com combate a corrupção e punição de corruptos; para 21%, o foco deve ser a estabilização da economia, com queda definitiva do custo de vida e do desemprego. Para 1%, nenhum desses ou outros focos; 2% não sabem ou não responderam. Apesar da maioria não acreditar que o foco deve ser a estabilização da economia, 92% consideram importante ou muito importante que o candidato à Presidência defenda o controle dos gastos públicos.
Para 89% dos entrevistados o candidato precisa conhecer os problemas do país; para 77%, ter experiência em assuntos econômicos e, para 74%, ter boa formação educacional. A maioria dos brasileiros não acredita em promessas de campanha: 75% discordaram totalmente ou em parte da frase “eu acredito nas promessas de campanha dos candidatos”. De acordo com a pesquisa, 44% dos brasileiros estão pessimistas em relação à eleição presidencial de 2018 e 20% estão otimistas; outros 23% não estão otimistas e nem pesimistas; e, 13% nao sabem ou não responderam.
Entre os que estão pessimistas, para 30% deles, o principal motivo é a corrupção, seguido pela falta de confiança nos governantes e candidatos (19%) e pela falta de opção entre os pré-candidatos (16%). Já os que estão otimistas esperam mudança (32%), têm esperança no voto e na participação popular (19%) ou têm um sentimento de melhorias em geral (11%).
De acordo com pesquisa, praticamente oito em cada dez brasileiros (79%) concordam totalmente ou em parte que é importante que o candidato a presidente acredite em Deus. Para 29% dos entrevistado, é muito importante que o candidato seja da mesma religião que elas. Mais da metade (52%) dos brasileiros concorda que prefere candidatos de família pobre. Para 8% é indiferente e 38% discordam em parte ou totalmente. Para 62% dos entrevistados é necessário que o candidato tenha uma família bem estruturada. A característica é a oitava mais valorizada entre as 11 que foram consideradas.
Entre os entrevistados, 47% concordam totalmente que é importante que o futuro presidente tenha experiência anterior como prefeito ou governador, 25% concorda em parte, 13% discorda totalmente, 11% discorda em parte, 1% é indiferente e 2% não sabem ou não responderam. A pesquisa foi feita com 2 mil pessoas em 127 municípios entre os dias 7 e 10 de dezembro de 2017. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos (ABr).

No total, um milhão de venezuelanos já abandonou o país

Milhares de venezuelanos cruzam a fronteira com a Colômbia para comprar bens de consumo que estão escassos na Venezuela.

A agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), lançou ontem (13) novas orientações para os governos que estão recebendo pessoas da Venezuela. Desde 2014, o número de venezuelanos à procura de asilo aumentou 2.000%. A porta-voz do Acnur, Katerina Kitidi, disse em Genebra que, apesar de estas pessoas não serem refugiadas, também precisam de proteção internacional. O maior número de candidatos de asilo encontra-se nas Américas.
A Acnur desenvolveu um plano de resposta regional que inclui oito países das Américas e do Caribe. Segundo a agência, “os governos têm sido generosos na sua resposta, mas as comunidades de acolhimento estão sob uma pressão cada vez maior e precisam urgentemente de apoio robusto”. A agência da ONU pede aos Estados que “adotem medidas pragmáticas de proteção do povo venezuelano, como alternativas legais de permanência, incluindo vistos e autorizações temporárias”. Estes programas devem garantir acesso aos direitos básicos de cuidados de saúde, educação, unidade familiar, liberdade de movimento, abrigo e trabalho.
A Acnur “elogia todos os países que já introduziram estas medidas” e explica que “é crucial que estas pessoas não sejam deportadas ou forcadas a regressar”. Em outra abordageme da crise venezuelana, o diretor executivo do Programa Mundial de Alimento (PMA), David Beasley, falou que a situação no país “é um desastre humanitário”. Segundo ele, apenas numa localidade 50 mil pessoas deixam o país de forma legal todos os dias. No total, um milhão de venezuelanos já abandonou o país.
Beasley acredita que “a questão é quão pior vai ficar” a situação. Segundo ele, “vai tornar-se muito pior” antes que os venezuelanos possam começar a regressar a casa. A Venezuela atravessa uma crise econômica e política que tem deixado a sua população com pouco acesso a comida, medicamentos, serviços sociais ou forma de subsistência. A agência da ONU informa que 94 mil venezuelanos resolveram a sua situação legal no último ano, mas outros “centenas de milhares continuam sem qualquer documentação ou permissão para permanecer legalmente nos países de asilo” (ONU News).

Fraude ao sistema penitenciário do Rio usou bitcoin

O esquema investigado pela Operação Pão Nosso apontam para a lavagem de dinheiro na Secretaria de Administração Penitenciária de valores em torno de R$ 44,7 milhões, entre 2010 e 2015. A operação foi deflagrada na manhã de ontem (13) pela Receita Federal, Polícia Federal e Ministério Público Federal, com a colaboração do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.
O trabalho de investigação foi detalhado em coletiva de imprensa e indica a existência de superfaturamento e lavagem de dinheiro em contratos de fornecimento de lanches e cafés da manhã para os presídios. Foram expedidos mandados de busca e apreensão para 28 locais e de prisão temporária ou preventiva contra 16 pessoas. Até o início da tarde, pelo menos sete pessoas foram presas. O superintendente da Receita no Rio de Janeiro, Luiz Henrique Casemiro, destacou que, pela primeira vez, foi identificado o uso de operações envolvendo a criptomoeda bitcoin na tentativa de fazer remessas de valores ao exterior.
“Chamou a atenção porque pela primeira vez aparecem operações envolvendo bitcoin. Isso é uma novidade, mostra que as pessoas estão tentando sofisticar de alguma forma, talvez voar abaixo do radar da Receita e do Banco Central. Eram remessas feitas para o exterior com compra de bitcoin lá fora”. Segundo ele, foram feitas quatro operações, com valor total de R$ 300 mil reais no ano passado.

Chefe da Polícia Civil do Rio diz que recursos federais serão imprescindíveis

O chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, disse ontem (13), em sua primeira entrevista à imprensa após ser empossado, que o aporte de recursos federais será imprescindível para a reestruturação da corporação. Barbosa foi nomeado pelo secretário estadual de segurança pública, general Richard Nunes, e defendeu mudanças estruturantes na Polícia Civil. “Para que a gente possa fazer essas medidas, existe a necessidade imprescindível que a gente tenha recursos do governo federal. No final dessa intervenção, a gente vai ser as Polícias Militar e Civil que o governo federal quer para o Brasil”, disse o delegado.
Barbosa afirmou que a intervenção tem um aspecto de perseguir a melhoria da segurança no estado de imediato, mas também busca reestruturar as polícias para que os aprimoramentos permaneçam após o fim do decreto do presidente Temer que nomeou o interventor federal para a segurança pública, o general Walter Braga Netto.”Não adianta fazer tudo isso agora se, quando a intervenção sair, não estivermos reestruturados”, afirmou.
O delegado anunciou que já determinou ao novo corregedor, Gilson Emiliano, a abertura dos procedimentos regulares contra o delegado Marcelo Martins, que foi preso ontem durante a operação Pão Nosso. A Polícia Civil deve solicitar à Polícia Federal informações sobre as acusações contra o delegado, que ocupava a Diretoria de Polícia Especializada.
Barbosa falou que a troca de todos os diretores já havia sido solicitada pelo general Richard, e Marcelo Martins será substituído por Marcos Vinicius de Oliveira Braga. Barbosa definiu entre suas prioridades o combate à corrupção, com o fortalecimento do setor de Inteligência especializado na área financeira, e a melhoria do atendimento à população nas delegacias. “Um dos meus objetivos mais claros é que a população tenha um atendimento decente e melhor na delegacia. Que a população tenha a certeza de que nós vamos fazer o melhor para que ela efetivamente tenha um atendimento”, disse (ABr).

Espaço para queda maior da taxa básica de juros

O crescimento do varejo brasileiro em janeiro, em conjunto com o último dado de inflação do IPCA, abre espaço para mais um corte da taxa básica de juros na próxima reunião do Copom, nois próximos dias 20 e 21. Essa é a avaliação de Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a respeito da divulgação do desempenho do comércio nacional feita ontem pelo IBGE.
“Nota-se claramente que a recuperação do consumo não está pressionando a inflação. E a ociosidade da indústria ainda é muito grande. Logo, é possível reduzir mais os juros”, diz Burti, acrescentando que fatores como eleições e câmbio também poderão impactar na definição da taxa Selic. O presidente da ACSP destaca o desempenho do ramo de supermercados, em decorrência da queda do preço dos alimentos e do aumento da massa salarial, e também dos segmentos de móveis, eletrodomésticos, materiais de construção e automóveis, que se beneficiam da melhora das condições de tomada de crédito.
Ele afirma que o varejo registrará crescimentos ainda maiores ao longo de 2018, em função principalmente da base fraca de comparação. “O varejo está se recuperando, mas é lenta, visto que o setor caiu praticamente 12% nos últimos dois anos” (AI/ACSP).