Governo declara fim de emergência nacional pelo vírus ZikaO Ministério da Saúde declarou ontem (11) o fim da emergência nacional decretada em novembro de 2015, devido ao vírus Zika e sua associação com microcefalia e consequências neurológicas O Brasil não preenche mais os requisitos exigidos para manter o estado de emergência, segundo os critérios da OMS. Ou seja, os casos não são mais incomuns ou inesperados. “Já há conhecimento científico suficiente”, disse o secretário de Vigilância em Saúde, Adeilson Loureiro. “A própria mobilização do ponto de vista de pesquisa, de insumos e de recursos foi suficiente”, afirmou. A decisão ocorre 18 meses depois da decretação de emergência, segundo o ministério, em um momento de queda nos casos de Zika e microcefalia em todo o país. Até 15 de abril, foram registrados 7.911 casos de Zika, uma redução de 95,3% em relação à 2016, quando ocorreram 170.535 notificações. Os casos novos mensais têm se mantido em 2%, desde janeiro; no pico dos casos de microcefalia, em dezembro de 2015, foi registrado aumento de 135% nas notificações. “Do ponto de vista prático, não tem nenhuma mudança na assistência, na vigilância ou no diagnóstico”, disse Loureiro, reforçando que a retirada da emergência não enfraquece as políticas públicas que foram implantadas no período. Os critérios internacionais de avaliação de risco para decretar e manter o estado de emergência são: o impacto do evento sobre a saúde pública; se o evento é incomum ou inesperado; se há risco significativo de propagação internacional; e se há risco significativo de restrições ao comércio ou viagens internacionais. O conjunto de ações voltadas para a eliminação dos mosquito Aedes aegypti contribuiu para a diminuição dos casos. Além disso, há uma maior proteção pessoal da população, escassez de chuvas em determinadas regiões do país e a imunização natural que as pessoas adquirem ao ter alguma das doenças em anos anteriores. O último boletim epidemiológico, de 1º de janeiro a 15 de abril, aponta redução de 90,3% dos casos de dengue; 95,3% de zika; e 68,1% de chikungunya em relação ao mesmo período de 2016. Em 2017, foram confirmados 230 casos de microcefalia ligados a outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita. Permanecem em investigação pelo Ministério da Saúde e pelos estados, 2.837 casos suspeitos em todo o país. No total, 3.651 casos foram notificados neste ano (ABr). |
Pesquisadores encontram micos-leões-dourados no RioTudo começou em 2015, quando pesquisadores da Estação Biológica Fiocruz Mata Atlântica, campus avançado para pesquisas em biodiversidade e saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), localizado em Jacarepaguá, Rio de Janeiro, ficaram sabendo da existência de micos-leões-dourados na região. No ano seguinte, a presença foi confirmada por um funcionário que avistou três indivíduos juntos da espécie Leontophitecus rosalia. No dia 19 de abril passado, pesquisadores fizeram a primeira foto da espécie, confirmando o aparecimento raro depois de mais de um século sem que micos-leões dourados fossem vistos na cidade do Rio de Janeiro. “Significa que esses animais estão ali, regularmente”, disse o biólogo Ricardo Moratelli, um dos responsáveis pela gestão ambiental e levantamento da biodiversidade da Fiocruz. O próximo passo, segundo ele, é descobrir a origem desses animais: se são remanescentes de uma população local ou se foram trazidos de outra região e soltos na área. Moratelli acredita que o mais provável é que tenham sido trazidos de outra região. “Poderiam estar em criadouros; podem ter sido trazidos ilegalmente. É muito difícil que sejam remanescentes de populações naturais. Mas é uma possibilidade que a gente não pode também descartar”. Embora seja um grupo pequeno e inviável a longo prazo, Moratelli disse que a presença deles demonstra que aquela área poderia, inclusive, receber mais micos-leões dourados – uma vez que era o habitat original da espécie, o que abre a possibilidade para se tentar introduzir mais animais no local (ABr). Técnica de esterilização para combater Aedes aegyptiUm projeto-piloto para combater as doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti, utilizando a técnica de esterilização dos insetos transmissores, já está funcionando na China e deve começar em breve no Brasil, no México e na Tailândia. As informações são da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) das Nações Unidas, que está investindo na tecnologia a nível global. Lançada em fevereiro, a medida deverá ajudar os sistemas nacionais de saúde na América Latina a conter surtos de enfermidades causadas pelos mosquito, especialmente a Zika. O especialista da Aiea, Rui Cardoso Pereira, afirmou que a fórmula já deu certo nas iniciativas contra as moscas do gado e da fruta e outros insetos. “Os insetos machos são esterilizados com uma radiação e depois soltos no campo. Daí, eles acasalam com as fêmeas selvagens, mas não reproduzem. Os óvulos nunca são fecundados. Essa tecnologia tem sido usada com sucesso para o combate à mosca do gado, à mosca da bicheira, mosca da fruta, à mosca tsé-tsé e outras,” explicou. “Posso dizer que, neste momento, há um grupo no sul da China já com um projeto-piloto [de esterilização] em implementação. México, Brasil e Tailândia vão começar muito proximamente. A primeira fase foi capacitar as pessoas, criar infraestrutura para esses insetos estéreis serem produzidos. No caso do Brasil, o país já tinha uma infraestrutura e usava insetos que eram transgênicos,” acrescentou. A OMS divulgou um estudo em que reforça a sua intenção de fortalecer, em conjunto com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a luta contra doenças como o vírus da Zika, a dengue e a chikungunya na América Latina (ONU News). | Enem bate marca de 2 milhões de inscritosO Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) bateu a marca dos 2 milhões de inscritos. Segundo o boletim de inscrições divulgados na manhã de ontem (11), pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o exame já conta com 2.193.707 inscritos. As inscrições podem ser feitas pela internet, no site do Enem, até as 23h59 (horário de Brasília) do próximo dia 19 de maio. A expectativa é que cerca de 7 milhões se inscrevam. As provas serão aplicadas em dois domingos consecutivos, nos dias 5 e 12 de novembro. Para concluir a inscrição, o candidato deve pagar a taxa do exame que, este ano, é R$ 82. O prazo para que isso seja feito vai até o dia 24 deste mês. Pelas regras do edital, estão isentos da taxa os estudantes de escolas públicas que concluirão o ensino médio este ano, os participantes de baixa renda que integram o CadÚnico e os que se enquadram na Lei 12.799/2013 que, entre outros critérios, isenta de pagamento aqueles com renda igual ou inferior a um salário mínimo e meio, ou seja, R$ 1.405,50. O resultado das provas poderá ser usado em processos seletivos para vagas no ensino público superior, pelo Sisu, para bolsas de estudo em instituições privadas, pelo ProUni, e para obter financiamento pelo Fies. Caso haja algum problema na hora da inscrição, os candidatos podem ligar para o Inep pelo telefone 0800 616161. O atendimento é das 8h às 20h, no horário de Brasília (ABr). Temer sanciona projeto de documento únicoO presidente Michel Temer sancionou na tarde de ontem (11) a lei que institui a Identificação Civil Nacional (ICN), criada com o objetivo de unificar os cerca de 22 documentos de identificação usados no Brasil e dificultar a falsificação que, anualmente, gera prejuízos de R$ 60 bilhões. De acordo com o relator do projeto, deputado Júlio Lopes (PP-RJ), apenas passaporte e CNH não serão substituídos pelo novo documento. Além de foto, esse documento terá também um cadastro biométrico que está sendo organizado pela Justiça Eleitoral por meio dos registros feitos para o título de eleitor. Segundo o deputado, não será necessária a troca do documento que ainda estiver válido. Entre os vetos ao projeto, está o que garantia a gratuidade da nova identificação. Também foi vetado o artigo que dava à Casa da Moeda a exclusividade para a implantação e fornecimento do documento. “Ela, no entanto, participará do fornecimento. Apenas não será feito de forma exclusiva”, explicou Lopes. Um dos entusiastas do projeto é o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingues. Ele explica que com a nova documentação será possível amenizar os prejuízos causados no país por conta de fraudes por dupla, tripla ou falsidade de identificação. “A tendência é unificar, a partir de mais um número, que englobará os demais referentes aos outros documentos. As pessoas vão entender que este número será o mais confiável para a identificação do cidadão”, disse Afif. “A previsão inicial era de que concluiremos o cadastro entre os anos de 2020 e 2021”, acrescentou (ABr). |