ONU pede um mês de pausa humanitária na Síria para atender populaçãoA ONU pediu ontem (6) uma pausa humanitária de pelo menos um mês no conflito armado na Síria. O objetivo é atender a milhares de sírios em áreas cercadas ou de difícil acesso e retirar feridos e doentes O residente da ONU na Síria e coordenador humanitário, Ali al Zatari, e outros representantes das Nações Unidas em Damasco fizeram o apelo diante de uma situação que consideram “extrema” em várias partes do país, onde as agências humanitárias não têm acesso ou é muito perigoso entrar devido aos explosivos. A ONU pede a “cessação imediata das hostilidades durante pelo menos um mês em toda a Síria para entregar ajuda humanitária, prestar serviços, retirar os doentes graves e feridos e aliviar o sofrimento dos sírios”, declarou em entrevista o porta-voz do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários, Jens Laerke. “Temos informações sobre pessoas cercadas” em Afrin, declarou Laerke, já que existe um suposto bloqueio à saída por parte da população que tenta fugir. Até o momento, apenas 380 famílias puderam chegar a localidades próximas e aos arredoras da cidade síria de Alepo, enquanto milhares de pessoas se encontram deslocadas dentro de Afrin. Em Al Hasakah, no nordeste da Síria, chegou-se a um acordo para permitir que alguns parceiros da ONU retomem seu trabalho sobre o terreno, após um mês em que a assistência humanitária chegou praticamente a ficar suspensa. “Precisamos de acesso sustentado” para todos os parceiros humanitários a fim de chegar “sem restrições” aos sírios refugiados em acampamentos e outros lugares, disse Laerke. Já em Raqqa, as agências podem entrar na cidade completamente devastada, segundo o porta-voz, mas as condições de segurança após a derrota do Estado Islâmico não lhes permite trabalhar. “A falta de limpeza dos explosivos torna impossível fornecer ajuda humanitária dentro da cidade”, explicou Laerke. A situação também é crítica na província de Idlib, no noroeste do país, onde as operações militares provocaram o deslocamento de milhares de civis, alguns dos quais tiveram que fugir várias vezes das hostilidades. A ONU adverte que o governo poderia não ser capaz de resistir a um ressurgimento da violência, dada a elevada concentração de pessoas deslocadas. Ao mesmo tempo, as localidades de Fua e Kafraya, em Idlib, seguem cercadas por grupos armados e não têm acesso a provisões humanitárias e tratamento médico, indicou Laerke. No sul, a equipe humanitária da ONU na Síria não tem acesso aos civis no acampamento de Al Rukban, onde a última vez que chegou um comboio com alimentos e outros produtos, pela fronteira jordaniana, foi no início de janeiro (ABr/EFE). |
70% dos brasileiros atrasaram alguma conta em 2017Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que sete em cada dez brasileiros (70%) deixaram de pagar ou pagaram com atraso pelo menos uma conta em 2017. As contas mais comprometidas no ano passado foram: cartão de crédito (39%), plano de internet (28%) e plano de celular e/ou telefone fixo (26%). Quase metade dos brasileiros (47%) estão ou tiveram nos últimos 12 meses o nome incluído em algum serviço de proteção ao crédito, sobretudo entre as classes C, D e E (50%). Segundo o último índice de inadimplência divulgado pelo SPC Brasil e CNDL, cerca de 39% da população brasileira adulta está registrada em listas de inadimplência. Segundo o educador financeiro do SPC Brasil e do portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli, o endividamento não deve impedir a pessoa de pagar todas as suas contas fixas. “Além disso, é recomendável poupar uma parte dos ganhos e deixar uma quantia para arcar com as despesas variáveis do mês”, orienta. Dos entrevistados que já estiveram com nome sujo pelo menos uma vez nos últimos 12 meses, 80% garantem ter mudado alguma atitude na forma de administrar as finanças. As principais medidas foram: controlar todos os gastos (49%); pensar melhor antes de comprar algo (39%); comprar somente quando puder pagar à vista (34%); passar a economizar para lidar com imprevistos (32%); evitar o uso do cartão de crédito (28%); não emprestar o nome para terceiros (23%); e cancelar o cartão de crédito (17%) – (SPC/CNDL). 2 taças de vinho por dia reduz risco de AlzheimerAlém de reduzir o risco de contrair doenças cardiovasculares e de desenvolver o câncer, beber duas taças de vinho por dia pode ajudar também o cérebro a eliminar toxinas associadas ao mal de Alzheimer. De acordo com um novo estudo publicado na revista “Scientific Reports”, uma ingestão moderada da bebida pode ajudar a reduzir as chances de uma pessoa ter a doença. No entanto, o consumo em excesso tem o efeito contrário. Os cientistas estudaram os efeitos do álcool em cobaias vivas. Os ratos que ficaram um longo período com um alto nível de álcool no sangue tiveram com as células astrocitos, importantes na regulação do sistema glinfático (localizado no cérebro), mais propensas a inflamações. Já os camundongos expostos a baixos níveis de consumo de álcool, equivalentes a cerca de dois copos de vinho por dia, tiveram um resultado diferente, com o sistema glinfático mais eficiente na remoção de células ruins – além de diminuir o nível de inflamação cerebral (ANSA). | Ministros vão a Roraima avaliar situação de imigrantes venezuelanosO ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, disse ontem (6) que uma comitiva de ministros vai a Roraima avaliar a situação dos imigrantes venezuelanos, que têm cruzado a fronteira e se estabelecido no Brasil devido à crise político-econômica no país vizinho. Além de Terra, viajam amanhã (8) os ministros Torquato Jardim (Justiça), Raul Jungmann (Defesa) e Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional). “Estamos trabalhando em um força-tarefa do governo na discussão de alternativas. A crise na Venezuela é gravíssima”, disse Osmar Terra, relatando que até os indígenas venezuelanos estão vindo para o Brasil. Segundo o ministro, está sendo discutida a construção de um local para que esses imigrantes possam ficar e receber atendimento do governo brasileiro. “Estamos em uma situação crítica, temos que agir, e uma das ações poderá ser estabelecer áreas restritas para essas pessoas ficarem”, disse. “Boa Vista [capital de Roraima] é uma cidade modelo e, de repente, isso pode desaparecer em função da sobrecarga de pessoas”, explicou Terra. O governo vai realizar um censo dos imigrantes venezuelanos que entram no Brasil, “para ter ideia da dimensão do problema”, disse o ministro. Ele informou que existe uma estimativa de que mais de 10% da população de Boa Vista já é de refugiados (ABr). São Bernardo confirma primeiro caso de febre amarela autóctoneA prefeitura de São Bernardo do Campo confirmou o primeiro caso de febre amarela autóctone, de um homem de 35 anos que está internado em uma unidade de terapia intensiva no Hospital de Clínicas, em São Paulo. O paciente, que não havia se vacinado, também não viajou nos últimos meses – o que indica que a doença é autóctone. A confirmação foi feita pelo laboratório da Faculdade de Medicina da USP, que investiga mais dois casos. Na semana passada, o município confirmou o caso de um morador de 33 anos, diagnosticado após viagem à cidade de Mairiporã, que decretou estado de emergência devido ao surto de febre amarela. Foram imunizadas, em São Bernardo do Campo, mais de 160 mil pessoas desde 25 de janeiro, quando a campanha teve início. O resultado representa apenas 24% da meta. A prefeitura quer vacinar 90% da população e dispõe de 707 mil doses da vacina. A campanha de vacinação ocorre em 102 escolas e nas 34 unidades básicas de saúde, de segunda a sexta, das 7h às 17h. O balanço do Ministério da Saúde do último dia 30 mostra que o país teve 213 casos de febre amarela e 81 mortes desde julho do ano passado, todos casos silvestres da doença, quando a transmissão ocorre pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes. Foram notificados 1.080 casos suspeitos, sendo 432 descartados e 435 que permanecem em investigação (ABr). |