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Geral 04 a 06/02/2017

em Geral
sexta-feira, 03 de fevereiro de 2017
Os maiores custos do Brasil com violência são verificados nas regiões Norte e Nordeste.

Gasto do Brasil com violência fica acima da média dos países do Cone Sul

Os maiores custos do Brasil com violência são verificados nas regiões Norte e Nordeste.

A violência custou US$ 75,894 bilhões ao Brasil em 2014, o equivalente a 3,14% do PIB naquele ano

O dado está em pesquisa divulgada na sexta-feira (3) pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O gasto com a violência no país ficou acima da média registrada para países do Cone Sul, de 2,47% do PIB. O valor despendido no Brasil equivale a 53% do custo total da criminalidade na América Latina e no Caribe.
Além disso, entre 17 países analisados na região, o custo da violência no Brasil ficou abaixo apenas de Honduras (5,84%), El Salvador (5,46%), Bahamas (4,16%) e Jamaica (3,64%). A maior parte dos valores gastos pelo Brasil vai para a segurança privada. As despesas privadas compuseram a maior parcela dos custos do crime em 2014, ficando em 47,9% do total. O percentual ficou acima da média registrada para a América Latina e o Caribe, de 42,7%, e para os países do Cone Sul, de 43,4%.
“O Brasil se destaca por seu alto gasto com segurança privada, o que pode ser entendido como indício do sentimento da população sobre o serviço de segurança prestado pelo governo”, destaca o organismo na pesquisa. No caso das despesas com segurança pública, que corresponderam a 36,1% dos gastos com o crime, ocorreu o inverso. O investimento brasileiro ficou abaixo da média registrada para os demais países do Continente americano. O gasto público médio em segurança representou 39,7% do total para a América Latina e o Caribe e 41,4% para os países do Cone Sul.
Segundo o BID, “o custo entre estados e regiões [no Brasil] é semelhante, em termos de heterogeneidade, ao observado nos países da América Latina e do Caribe”. Os maiores custos são verificados nas regiões Norte e Nordeste. Em ambas, o custo médio da violência equivale a 4,2% do PIB. No Centro-Oeste, fica em 3,1% e no Sul, em 3%. A região brasileira com o menor gasto com criminalidade em relação ao PIB é o Sudeste, com 2,7%. Entre os estados, o menor gasto ocorre no Tocantins (2%) e o maior em Alagoas (6,2%).
O BID destaca a importância de fazer pesquisas futuras a fim de estudar o custo-benefício de ações de prevenção e controle do crime. O organismo ressalta que algumas localidades analisadas mostraram melhora na segurança pública. Em São Paulo, Pernambuco e no Rio de Janeiro, por exemplo, as taxas de homicídio caíram 67%, 33% e 32%, respectivamente, no período de 2000 a 2014. “Vale a pena rever essas intervenções para extrair lições aprendidas para aplicações em outros lugares do Brasil e da região”, conclui o banco (ABr).

Brasil envia 1 tonelada de remédios e insumos para a Síria

Refugiados sírios em um abrigo coletivo na cidade de Arsal, no Vale do Bekaa.

O governo brasileiro enviou à Síria 44 mil unidades de medicamentos destinados à população desabrigada e atingida por conflitos no país árabe. De acordo com o Ministério da Saúde, foram doados também três kits de medicamentos e insumos estratégicos de saúde, cada um capaz de atender até 500 pessoas por um período de três meses.
A remessa de aproximadamente 1 tonelada está sendo transportada pelo navio Fragata União, da Marinha do Brasil, e já partiu do Rio de Janeiro em direção ao Líbano. A OMS ficará responsável pelo transporte da carga do Líbano até a Síria. Entre os produtos enviados, há medicamentos para o tratamento de doenças infecciosas como tuberculose, além de doses de vacina para prevenir doenças graves em crianças, como pneumonia, meningite e rotavirose.
Também constam na remessa kits de primeiros socorros e outros insumos médicos. O ministério ressaltou que o envio de medicamentos, vacinas e insumos só é autorizado pelo governo brasileiro caso não comprometa o abastecimento interno do país. Em 2014, o Brasil enviou 150 mil unidades do medicamento antimoniato de meglumina, distribuído em hospitais e centros de saúde nas localidades de Hamah, Idleb, Aleppo, zona rural de Damasco, Dierzor e Al- Hassaka. Os medicamentos permitiram, à época, tratar aproximadamente 25 mil pessoas com leishmaniose cutânea (ABr).

Trump anuncia novas sanções contra o Irã

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou um novo pacote de sanções contra o Irã por conta do recente teste de míssil realizado pelo país persa. Os alvos das medidas são 13 pessoas e 12 empresas e entidades iranianas supostamente envolvidas no programa armamentista de Teerã. Elas são acusadas por Washington de “contribuir para a proliferação de armas de destruição em massa” e de “ligações com o terrorismo”.
Na última quarta-feira (1º), a Casa Branca já havia advertido o Irã por conta do teste de míssil e chamado o ato de “provocação”. Já o governo iraniano disse que não houve “nenhuma violação” às resoluções da ONU. O país persa é uma das sete nações incluídas no decreto do presidente dos EUA, Donald Trump, que suspende por 90 dias a entrada em solo norte-americano de cidadãos de sete Estados de maioria muçulmana – os outros são Síria, Iraque, Iêmen, Líbia, Sudão e Somália.
O republicano sempre criticou o acordo nuclear assinado entre o Irã e as principais potências do planeta, que permitiu a Teerã continuar desenvolvendo seu programa atômico, desde que sendo para fins pacíficos. “O Irã é indiferente às ameaças provenientes do exterior. Nunca começaremos uma guerra, mas usaremos nossas armas para nos defender”, disse nesta sexta o ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif.
O país também estuda, por meio de seu Banco Central, abolir o uso do dólar como moeda de referência em transações internacionais. Um possível substituto seria o euro, mas o Irã também possui intensas relações comerciais com grandes nações que adotam outras divisas, como Rússia (rublo) e China (yuan) (ANSA).

Vaticano quer renovar músicas tradicionais das missas

O nível e a qualidade dos cantos ‘são sempre modestos e não respeitam a diversidade cultural’.

O Vaticano quer renovar os cantos durante as liturgia nas missas, que praticamente repetem as mesmas canções e temas, consideradas “desgastadas” já pela Santa Sé. Apesar de ressaltar que o repertório tem aumentado nos últimos anos, o Pontifício Conselho para a Cultura admite que “o nível e a qualidade dos cantos são sempre modestos e não respeitam a diversidade cultural”.
As possíveis mudanças nos cantos litúrgicos serão debatidas em um encontro entre os dias 2 e 4 de março, numa mesa chamada ‘Música e Igreja: Cultura e Cultura em 50 anos de Música Sacra’. “Não podemos ter medo de discutir a qualidade da música. O encontro não será um tribubal, vamos discutir, e toda a discussão deve ser o mais universal possível”, disse Carlos Aberto Azevedo, delegado do dicastério vaticano da Cultura.
“O encontro propõe estimular uma reflexão profunda, a nível mundial, litúrgico, teológico e fenomenológico que, além das polêmicas estéreis, possa ser uma proposta positiva para um culto cristão, expressão de louvor a Deus e em concordância com a diversidade dos modelos culturais”, afirmou, por sua vez, o presidente do discatério, cardeal Gianfranco Ravasi (ANSA).

Vendas de material de construção crescem 4% em janeiro

Depois de amargar dois dos piores anos de sua série histórica, o varejo de material de construção espera voltar a crescer em 2017 e já dá sinais de retomada. Em janeiro, as vendas do setor cresceram 4%, na comparação com o mesmo período de 2016. Já na comparação com dezembro de 2016, a queda foi de 11%.
“Janeiro é um mês tradicionalmente fraco para o nosso setor. É época de férias escolares e criança em casa não combina com reforma. Além disso, o consumidor tem uma série de gastos extras no início do ano: IPVA, IPTU, matrículas escolares. Isso definitivamente influencia o nosso setor”, declara Cláudio Conz, presidente da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção).
Segundo ele, o período de chuvas e a implementação do programa “Cartão Reforma” devem influenciar positivamente o setor, assim como o relançamento do Construcard, dando novo fôlego para que o consumidor volte a procurar as lojas de material de construção para realizar obras de longo prazo.
“Os reflexos virão, mas por enquanto ainda estão acontecendo de forma mais lenta. Assim que os programas estiverem sendo executados a todo vapor, teremos mais resultados positivos. Por enquanto, eles ainda estão em fase de ajuste e implementação. Fora isso, as chuvas de verão devem levar mais clientes até as nossas lojas, seja para trocar a telha que quebrou ou para resolver a infiltração do banheiro que apareceu depois do temporal. Cedo ou tarde essa demanda vai aparecer e isso movimenta o nosso segmento”, explica Conz (Anamaco).