Itaipu inaugura primeira fábrica de biometano do paísA Itaipu Binacional inaugurou sexta-feira (2) a primeira planta de produção de biometano, gás não poluente, com características similares às do gás natural, resultante da purificação do biogás, obtido a partir de mistura de esgoto, restos orgânicos e poda de grama
Esse processo para obtenção do biogás substitui o processo usado normalmente com dejetos de animais. De acordo com a empresa, essa será a primeira unidade de fabricação de biogás desse tipo no Brasil. A fábrica recebeu investimento de R$ 2,16 milhões e tem capacidade de produção de 4 mil metros cúbicos de biometano por mês. Hoje, a produção equivale a um quinto da capacidade da fábrica, informou o superintendente de Energias Renováveis de Itaipu, Paulo Afonso Schmidt. A produção será destinada ao abastecimento de veículos. De acordo com Schmidt, essa produção é suficiente para 80 a 100 veículos que rodem em média 800 km mês. Atualmente, 70 veículos da frota de Itaipu são abastecidos com biometano. Serão utilizados para a produção do biometano na fábrica, mensalmente, 10 toneladas de restos de alimentos e resíduos orgânicos e 30 toneladas de poda de grama. “Essa é uma usina de última geração em termos de produção de biogás. Serve para a gente desenvolver o domínio de tecnologias, de sistemas, coisas que nos permitam apoiar outras iniciativas na região”, afirmou Schmidt. Ele espera ainda desenvolver processos e tecnologias que apoiem o produtor rural na área de produção de carnes, tendo em vista que o volume de dejetos animais, além de causar danos ao meio ambiente, apresenta risco para o reservatório de Itaipu. A transformação de dejetos animais em biometano, além de produzir energia para consumo próprio, poderia representar renda adicional para os produtores. A tecnologia poderá ser aplicada em prefeituras e empresas como fonte de produção de energia. “Itaipu vai apoiar iniciativas como essa”, afirmou (ABR). |
MPF quer proibir obras em área de proteção ambiental de São PauloO Ministério Público Federal em São Paulo ajuizou uma ação civil pública pedindo que a Cyrela Vermont Investimentos Imobiliários, o Banco Brascan e o Fundo Imobiliário Panamby sejam proibidas de realizar obras em um local situado entre o Parque Burle Marx e a Marginal Pinheiros, na zona sul. A área é de proteção ambiental (APP) e um dos poucos remanescentes de Mata Atlântica na cidade. Também são citadas no processo a prefeitura e a Cetesb. Na ação, o MPF pede também que as empresas sejam obrigadas a reparar danos ambientais identificados no local. Segundo peritos, os serviços de drenagem e terraplanagem causaram deterioração em 2,8 mil dos 23,4 mil metros quadrados (m²) da APP. A extensão total do terreno que pertence às empresas e onde está inserida a área de preservação permanente é superior a 67 mil m². O MPF entrou com a ação porque as três empresas não apresentaram um plano de regeneração das áreas danificadas. Segundo o MPF, a APP é um corredor ecológico com o Parque Burle Marx e qualquer tipo de intervenção pode prejudicar a preservação da fauna e da flora na área e nos arredores. Laudos periciais apontam a existência no local de nascentes e de diversas espécies raras ou em extinção, como o samambaiaçu, a figueira-brava e formações campestres antes comuns em São Paulo. Centenas de animais e insetos já foram identificados na área, entre elas 65 espécies de pássaros e 443 de borboletas. Biólogos estimam que o parque reúne cerca de 30% de todas as aves da capital. A Procuradoria espera que a Justiça conceda liminar para que a Cetesb e a prefeitura sejam proibidas de autorizar intervenções no local sem a anuência do Ibama (ABr). Desenvolvimento de repelente para combater o Aedes aegyptiPesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi desenvolvem repelente à base de planta amazônica Montrichardia Linifera (nome científico da Aninga). O estudo teve inicio há 10 anos, a partir da constatação de ribeirinhos que relataram a ausência do mosquito transmissor da malária nas regiões onde são encontradas a Aninga. A pesquisadora Cristina Bastos do Amarante conta que um dos fatores que motivou o estudo da aninga foram os relatos de ribeirinhos. A partir daí, a pesquisa foi levada ao laboratório e vem tendo bons resultados. “Vimos que, realmente, os extratos desta planta inibem o crescimento dos ovos do Plasmodium Falciparum (parasita causador da malária). Repetimos os testes e começamos a ter resultados positivos,” disse. Segundo os dados do Ministério da Ciência e Tecnologia, em 2016, 794 pessoas morreram em todo o país em consequências de doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti, tais como a dengue, Zika e a febre chikungunya. O ministério avalia positivamente a pesquisa que tem o prazo de cinco anos para ser concluída, mas que esse tempo pode ser reduzido para apenas um ano, dependendo de parcerias que financiem os estudos (ABr). Cuba ‘continuará’ um país socialistaO presidente de Cuba, Raúl Castro, ressaltou que o país continuará sendo socialista, depois que o Parlamento aprovou um plano de reforma para permitir que empresas privadas desenvolvam negócios lá. A Assembleia Nacional de Cuba analisou o andamento das reformas econômicas e sociais iniciadas em 2010, bem como o plano de desenvolvimento do país até 2030. Castro afirmou que os documentos, anteriormente aprovados pelo Comitê Central do Partido Comunista, e agora apoiados pelo Parlamento, permitirão a “atualização” do modelo social e econômico. “Isso significa que vamos mudar tudo o que precisa ser mudado”, acrescentou o líder cubano. Ele também advertiu sobre a concentração da propriedade e da riqueza, mesmo que trabalhadores privados ou pequenas empresas sejam legais no país. Até agora, as reformas de Castro permitiram trabalhadores autônomos e pequenas cooperativas, mas o setor estratégico da economia nacional permanecerá nas mãos das empresas governamentais (Agência Xinhua). | Casos de cólera no Iêmen podem chegar a 130 mil em duas semanasO Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertou na sexta-feira (2) que uma situação já difícil para as crianças está se transformando em um desastre no Iêmen, onde há cerca de 70 mil casos de cólera registrados, com aproximadamente 600 mortes. O diretor regional do Unicef, Geert, afirmou após visita ao Iêmen, que a doença está se espalhando de forma “inacreditavelmente rápida”. Segundo ele, as estimativas são de que os casos suspeitos de cólera cheguem a 130 mil nas próximas duas semanas. Cappelaere afirmou ter testemunhado cenas angustiantes de crianças que mal estavam vivas e pequenos bebês pesando menos de dois quilos, num dos hospitais que visitou. Segundo ele, estas são as crianças “que têm sorte de ter atendimento médico”, já que “inúmeras crianças no Iêmen morrem todos os dias de causas que podem facilmente ser evitadas ou tratadas como cólera, diarreia e desnutrição”. O Unicef tem trabalhado com parceiros na resposta à situação desde o início deste surto de cólera há quatro semanas, fornecendo água limpa para mais de 1 milhão de pessoas no Iêmen. A agência também distribuiu mais de 40 toneladas de itens médicos vitais, incluindo medicamentos e sais para reidratação. Cappelaere pediu mais apoio global já que o Unicef precisa urgentemente de US$ 16 milhões para evitar que a epidemia se espalhe ainda mais. Para ele, “está na hora das partes em luta no Iêmen colocarem um fim ao combate civil, através de um acordo político pacífico”. Para ele, está é forma definitiva de salvar as vidas das crianças no país e ajudá-las a prosperar (ONU News). ANS suspende a venda de 38 planos de saúdeA Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou a suspensão da venda de 38 planos de saúde de 14 operadoras, em função de reclamações relativas à cobertura assistencial, como negativas e demora no atendimento, recebidas no primeiro trimestre de 2017. Em nota, a agência informa que a medida entra em vigor no próximo dia 9, e faz parte do monitoramento periódico feito pelo Programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento, da ANS. A lista com os planos que terão a venda suspensa está disponível no site da ANS. A decisão atinge mais 739 mil consumidores que, segundo a agência, “estão sendo protegidos”. Os planos são alvo de reclamações recorrentes sobre cobertura. A medida é preventiva e vai até a divulgação do próximo ciclo de monitoramento. Além de terem a comercialização suspensa, as operadoras que negaram cobertura indevidamente podem receber multa que varia de R$ 80 mil a R$ 250 mil. Neste ciclo, a ANS recebeu 14.537 reclamações de natureza assistencial em seus canais de atendimento, no período de 1º de janeiro a 31 de março. Desse total, 12.360 queixas foram consideradas para análise pelo programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento. Segundo a agência, os beneficiários dos planos que foram suspensos continuam a ter assistência regular até que as operadoras resolvam seus problemas e possam receber novos beneficiários (ABr). |