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Reposição de vitaminas na terceira idade: o que é fundamental para manter o vigor e garantir mais saúde?

em Especial
segunda-feira, 08 de maio de 2017
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Reposição de vitaminas na terceira idade: o que é fundamental para manter o vigor e garantir mais saúde?

Chegar à terceira idade e, até mesmo, ultrapassar a casa dos setenta já é a realidade de muitos: somente no Brasil, a expectativa de vida supera os 75 anos e os mais maduros já representam 10% da população brasileira

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Porém, para que essa conquista represente mais do que longevidade, mas também bem estar, é fundamental que o idoso atente para algumas questões essenciais, em especial, a qualidade da alimentação. Nessa etapa, algumas vitaminas e minerais são mais relevantes e, devido às próprias alterações físicas vivenciadas pelo idoso, alcançar o aporte adequado através da dieta pode ser mais difícil. Porém, como saber qual nutriente está em falta e a melhor forma de obtê-lo? Recorrer aos famosos multivitamínicos é uma boa opção? Veja agora quais itens s ão fundamentais no cardápio da melhor idade e quando é hora de recorrer à suplementação:

Embora a terceira idade traga consigo muitos desafios, envelhecer não é sinônimo de fragilidade. Ainda que o organismo passe por alterações importantes, é possível encarar essas mudanças tranquilamente. Porém, para tal, é preciso que o estilo de vida acompanhe essas alterações, respeitando as limitações impostas pela idade. Neste âmbito, a dieta é um dos pontos mais relevantes, pois, de acordo com a nutricionista Joanna Carollo, pode determinar o quanto essas transformações vão impactar na qualidade de vida do indivíduo

“Ter bons hábitos alimentares é importante durante toda a vida, porém, nessa fase, a dieta pode ajudar a retardar ou minimizar os sinais do tempo. Por outro lado, um cardápio desequilibrado ou insuficiente pode agravar determinados sintomas e, até mesmo, aument ar a vulnerabilidade num período que, naturalmente, já inspira mais cuidados”. De acordo com a especialista da Nova Nutrii, esse descuido pode, inclusive, levar muitos a acreditar que certos sinais são consequências da idade, quando, na verdade, podem ser fruto de uma carência nutricional.

“Embora os idosos enfrentem, naturalmente, situações como alterações do hábito intestinal, enfraquecimento da memória e a diminuição da massa muscular e óssea; a carência de determinados nutrientes pode acentuar esses sintomas a até mesmo comprometer a autonomia e disposição do indivíduo, isso sem contar o risco aumentado para doenças.” Joanna afirma que mesmo pessoas que adotaram bons hábitos na juventude precisam reavaliar a dieta nessa etapa da vida, pois as mudanças proprias do envelhecimento podem tornar certos alimentos menos toleráveis e/ou dificultar a absorção de nutrientes, limitando a oferta vitamínica.

5 9 art temproarioA primeira regra fundamental para garantir o vigor e fortalecer o organismo após os 60 é seguir um cardápio equilibrado. É preciso que o idoso atente para as alterações no hábito alimentar que muitas vezes passam despercebidas, mas que, aos poucos, podem comprometer a oferta nutricional “Nessa etapa é comum que alimentos que antes faziam parte do cardápio passem a ser evitados devido ao desconforto sentido durante a mastigação e/ou digestão: é o caso de carnes, laticínios, alimentos mais fibrosos e “resistentes”, por exemplo.

Embora seja comum que os idosos enfrentem transformações no ritmo gastrointestinal, na saúde bucal e, até mesmo, no metabolismo, é importante que o indivíduo busque substituir os alimentos que causam certo incômodo por outros mais apraziveis, porém, correspondentes do ponto de vista nutricional. É primordial que suas refeições contem sempre com alimentos variados, com porções adequadas de carboidratos, proteínas, gorduras boas e fibras”.

Cálcio: Os que estão na melhor idade precisam de doses mais elevadas de cálcio, tanto para fortalecer essa estrutura quanto para prevenir doenças como a osteoporose e osteopenia. Mulheres sofrem mais com a perda de cálcio dos ossos devido à menopausa e devem, portanto, redobrar a atenção com o aporte do mineral. Embora as fontes mais ricas do mineral sejam o leite e seus derivados, para os idosos que não toleram bem o alimento é possível consumir cálcio por meio de fontes variadas como o brócolis, a couve, a sardinha e, até mesmo, laranjas.

Vitamina D: Também está relacionada ao combate à osteoporose e a artrite reumatoide. Além disso, seu aporte é fundamental para manter o bem estar. “Apesar de poder ser obtida por meio de alimentos como peixes de águas profundas (sardinha e atum), fígado de boi, ovos e laticínios; para que o corpo produza, de fato, a vitamina D é fundamental tomar sol com frequência e de forma moderada”.

Embora a terceira idade traga consigo muitos desafios, envelhecer não é sinônimo de fragilidade.Vitamina B12: O baixo aporte dessa vitamina, também conhecida como cianocobalamina, é uma das principais deficiências nutricionais enfrentadas na terceira idade. Ela ajuda a combater distúrbios neurológicos como o enfraquecimento da memória e a diminuição das funções cognitivas. Os alimentos mais ricos nesse nutriente são: carnes em geral, especialmente a vermelha, ovos e leite. Quando existe alguma restrição ao consumo desse tipo de alimento a ponto de causar uma carência, pode ser necessário suplementar o nutriente, uma vez que ele é essencial para o organismo.

Proteínas: Conhecidos como construtores, eles são responsáveis por minimizar a degradação muscular própria dessa fase (sarcopenia), melhorando o estado corporal e a força durante o envelhecimento. Proteínas animais (carnes, ovos, leite e derivados) são as melhores fontes desse nutriente, porém, é possível encontra-los também (em menor proporção) nos vegetais (feijão, grão de bico, ervilha).

Carboidratos Complexos e Fibras: Esses alimentos devem entrar de forma estratégica, para suprir a energia; mas também moderada, para não causar picos na glicemia. O ideal é consumi-los na forma mais natural possível. Arroz integral, aveia, legumes e hortaliças, além de frutas (preservando, sempre que possível, as cascas e folhas).

De acordo com a nutricionista, embora válida, a suplementação nessa idade requer mais cautela. “O aporte nutricional pode variar, bem como o tipo de alimento mais adequado para a realidade do indivíduo. Porém, muitas vezes, a suplementação tem papel fundamental no tratamento de enfermidades ou na recuperação do estado de saúde. Como cada caso é um caso, o recomendado é priorizar a dieta equilibrada, rica em alimentos saudáveis e, diante de qualquer dificuldade, consultar seu médico para verificar se ela está sendo suficiente”.

Fonte: Nova Nutrii