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Plano Nacional de Educação pode ajudar a atingir metas da Agenda 2030

em Especial
terça-feira, 06 de agosto de 2019
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Plano Nacional de Educação pode ajudar a atingir metas da Agenda 2030

O cumprimento das metas previstas no Plano Nacional de Educação (PNE) pode ajudar o Brasil a concluir, em 2024, 70% das metas previstas para 2030, pelo quarto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS4)

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Objetivos para ensino infantil e fundamental serão atingidos, diz Ipea. Foto: Arquivo/ABr

Pedro Peduzzi/Agência Brasil

A constatação é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), obtida a partir de um levantamento que retrata a implementação do ODS4 no país, tendo por base indicadores de 2016 e 2017.

Assinada por 193 países, a Agenda 2030 aponta 10 metas visando à educação inclusiva, equitativa e de qualidade e à promoção de oportunidades de aprendizagem para os estudantes brasileiros. No caso do ODS4, foram estabelecidas metas para sua implementação tanto para a educação infantil como para os ensinos fundamental, médio, profissionalizante e superior.

Há também metas para a disseminação de conteúdos relacionados à sustentabilidade, à infraestrutura das escolas, ao apoio a países menos desenvolvidos e à criação de garantias para melhores condições de trabalho para os professores.

No Brasil, o ODS4 conta com um relevante aliado: o PNE (2014-2024), que fixa 20 metas a serem cumpridas até 2024. Entre as metas, estão a universalização da educação, o ensino em tempo integral na educação básica, a ampliação do ensino técnico e superior e a valorização dos professores.

Educação infantil e pré-escolar
De acordo com o levantamento do Ipea, não deverá haver problemas mais complicados para que o país atinja a meta de prevista para o acesso à educação infantil, uma vez que 93,7% das crianças com idade entre 4 e 5 anos já estão matriculadas na pré-escola. A meta é de chegar à marca de 100% até 2030.

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Foto: www.fundacred.org.br

No caso de crianças com idade até 3 anos, o estudo revela que pouco mais de um terço frequenta creche. Esse dado, especificamente, é considerado “sério” pelos pesquisadores pelo fato de implicar também dificuldades para o acesso das mães ao mercado de trabalho.

Ensino fundamental e médio
Segundo o Ipea, 98% das crianças de 6 a 14 anos estavam matriculadas no ensino fundamental no ano de 2016. Ese percentual, no entanto, cai para 70% quando o recorte abrange jovens de 15 a 17 anos frequentando o ensino médio.

“O acesso ao ensino fundamental e médio não é um problema no Brasil, pois 98% das crianças e adolescentes de 6 a 14 anos de idade estão matriculadas na escola”, diz o estudo. “O desafio brasileiro para cumprir a meta 4.1 do ODS4 é a qualidade e a equidade no sistema escolar”, acrescenta.

Na avaliação do Ipea, o percentual de alunos que não concluíram o ensino fundamental e médio na idade adequada é alto. “Apesar da universalização do acesso ao ensino fundamental, é preocupante que, em 2017, um quarto dos jovens não concluiu o ensino fundamental na idade esperada”, conclui o estudo desenvolvido pelos pesquisadores Milko Matijascic e Carolina Rolon.

Tempo integral e infraestrutura
Para cumprir essa meta, o Ipea sugere a oferta de ensino em tempo integral, “pois uma maior permanência dos alunos na escola permite atingir um patamar maior de aprendizagem, sobretudo para as crianças e os jovens que apresentam maiores dificuldades de aprendizagem e menores recursos materiais”.

O Ipea alerta que é preciso melhorar a infraestrutura escolar, para o cumprimento do ODS4, tema que demanda ações específicas, mas “não está focado de forma adequada” no Plano Nacional de Educação. O acesso à internet banda larga e a salas de informática, exemplifica a pesquisa, “são recursos didáticos presentes apenas em cerca da metade das escolas brasileiras”.

Equidade
No caso do ensino superior, o Ipea destaca o benefício proporcionado por iniciativas como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Na avaliação do Ipea, esses planos “contribuem para que o país atinja a meta de assegurar a equidade de acesso e permanência à educação profissional e à educação superior de qualidade, de forma gratuita ou a preços acessíveis”.

Os resultados, no entanto, ainda mostram que o acesso ao ensino superior continua “desigual e restrito”, uma vez que apenas um quarto dos jovens de 18 a 24 anos cursava ou já tinha completado o ensino superior.

Negros e mulheres
Entre os que cursam o ensino superior, a desigualdade mais evidente está relacionada à cor da pele. “Apesar dos programas federais, as desigualdades de acesso ao ensino superior são significativas. As cotas aumentaram o número de negros cursando o ensino superior, mas, em 2017, a proporção de jovens negros que cursam este nível de ensino é pouco mais da metade da proporção de jovens não negros no ensino superior”, diz o estudo.

As mulheres são mais escolarizadas que os homens. Em 2017, havia 57% de mulheres matriculadas no ensino superio; e 55,7% na educação profissional e técnica. No caso dos homens, os percentuais estavam em 43% e 44,3%, respectivamente.

Empreender pode ser saída ao desemprego no Brasil

Manoel Suhet (*)

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Uma análise de marketing profisional pode garantir o caminho correto e o sucesso do novo negócio. Foto: Portal Olhar Dinâmico


Frente ao desemprego crescente no Brasil, aumentou em 51% o número de empreendedores que atuam na informalidade no país.

Eles empregaram 1,87 milhão de pessoas no primeiro trimestre de 2018, 311 mil a mais do que 2017, conforme microdados da pesquisa domiciliar do IBGE. O avanço entre os trabalhadores por conta própria com CNPJ, que reúne os chamados MEIs foi ainda maior. Em março, foi atingida a marca nacional de mais 8,1 milhões de microempreendedores formais, conforme dados do Portal do Empreendedor do Governo Federal.

Apenas no primeiro trimestre desde ano, o Brasil ganhou 379 mil novos microempreendedores individuais. Essa onda de iniciativas cresceu não apenas no Brasil mas também no exterior. Os Estados Unidos são o principal destino escolhido por empreendedores brasileiros que buscam uma saída e um futuro melhor. Mas vale lembrar que começar a empreender, ainda mais em um cenário de crise como no Brasil atualmente, requer cautela e planejamento.

Novos empreendedores no Brasil estão recorrendo ao FGTS e poupança para obter os recursos necessários para o primeiro passo. Mas é preciso ter cuidado para não extrapolar o limite e também evitar prejuízos. Planejamento é a palavra. Temos uma geração que viveu um cenário de hiperinflação, onde, um dia o dinheiro valia, no dia seguinte já não podia mais contar com ele. Isso, infelizmente, gerou o hábito de não planejar o futuro.

Esta é a mais importante dica para quem pretende empreender: estar aberto à cultura do planejamento. A segunda dica é buscar apoio consultivo de especialistas de mercado. Uma análise de marketing profisional pode garantir o caminho correto e o sucesso do novo negócio. Essa etapa evita que o novo empreendimento faça parte de uma triste estatística brasileira: de cada 4 empresas abertas, 1 fecha antes de completar 2 anos de existência no mercado, segundo o Sebrae.

É por meio do chamado Business Plan que será possível ‘olhar para frente’. Ele é um dos maiores aliados do empreendedor para estruturar a empresa. A partir dele é possível ter todo o direcionamento de mercado necessário para o negócio. Muitos empresários atuam em áreas de serviços ou produtos que podem, se bem orientados, alçar vôos até mesmo no exterior.

A criatividade do brasileiro transpõe fronteiras. Nos EUA, por exemplo, temos casos de empreendedores que apostaram na inovação e não teriam o mesmo sucesso caso estivessem no Brasil. Essa visão de internacionalização do negócio somente um profissional poderá auxiliá-lo a obter. Também é preciso considerar que não existe uma orientação universal na hora de entrar no empreendedorismo. Não existe fórmula mágica. Mas planejar é sim, o primeiro passo.

(*) – Expert em estratégia, vendas, marketing, operações globais, comércio eletrônico e tecnologia, é Diretor de Desenvolvimento do Global Bussiness Institute (GBI).