Caio Cunha (*)
Momentos de crise, como esse que estamos vivendo, exigem estratégias estruturadas e assertivas. Como não temos previsão de quando irá terminar, afetando diretamente o âmbito econômico, investir em employer branding, ou marca do empregador, pode realmente alavancar os resultados. As ações de employer branding ajudam a desenvolver e criar equipes de alta performance e mais engajadas, especialmente nesse momento.
O foco é fazer com que a marca tenha uma boa reputação dentro e fora dela, investindo em melhorias para todos os stakeholders, como plano de carreira e remunerações vantajosas que visam o bem-estar integral dos colaboradores, o que vai além do quesito financeiro. Os valores da marca ficam ainda mais em destaque neste período de crise, fazendo com que os empresários tenham que se questionar em como as empresas se colocam hoje como marcas empregadoras.
Apesar das novas tecnologias e da maneira como elas podem contribuir com um negócio, como a automação de processos, employer branding é sobre pessoas e experiências. Por isso a comunicação de cima precisa se clara e consistente com a mensagem da marca. Para os executivos que pretendem investir nesse conceito de marca empregadora, o primeiro passo é entender o contexto atual, enxergando as forças e fraquezas da empresa.
Nessa linha, é fundamental dar voz aos colaboradores, entender como ajudá-los e dar espaço para serem ouvidos, opinarem e fazerem parte da tomada de decisões.
Só assim se poderá assegurar que a comunicação dos colaboradores nas mídias sociais será consistente e reforçará o valor da marca no mundo digital. Dicas para iniciar um projeto de employer branding assertivo:
• Ter uma cultura organizacional forte. Colocar em prática os valores da marca e trazer isso para o dia a dia do público interno;
• Saber exatamente o que os funcionários precisam, realizar pesquisas internas e ouvir o que eles têm a dizer;
• Pensar na diversidade como um diferencial competitivo, valorizar colaboradores diferentes e saber como unir essas diferenças nas equipes;
• Investir em educação corporativa, treinamentos, rodas de conversa, novos formatos de trabalho e benefícios indiretos, que vão além da remuneração.
O mundo digital está abrindo portas para as empresas darem mais oportunidades e liberdade aos funcionários de escolherem onde e como trabalharem, por exemplo. Mais flexibilidade nos horários, permitir a interação das atividades pessoais com profissionais e outras formas de lidar melhor com o trabalho na pandemia, são alguns outros exemplos.
Quando bem feito, essa percepção positiva da empresa permanece até quando os colaboradores mudam de emprego. Vale lembrar que investir em employer branding é uma retribuição pela dedicação e pelos esforços envolvidos. Para isso, a comunicação de cima precisa ser clara e consistente com a mensagem da marca.
(*) – É Presidente da WSI Master Brasil, co-Fundador da WSI Consultoria e membro do Global WSI Internet Consultancy Advisory Board.