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Abrir mão do smartphone prejudicaria a rotina de 77% dos jovens conectados

em Especial
quarta-feira, 28 de agosto de 2019
Homem 1 temproario

Abrir mão do smartphone prejudicaria a rotina de 77% dos jovens conectados

Mandar e-mail, pesquisar na internet, trocar mensagens instantâneas com amigos, tirar fotos, ouvir música e até mesmo fazer ligações

Oito em cada dez jovens brasileiros entre 18 e 24 anos, nascidos dentro da chamada Geração Z, possuem um smartphone. Foto: Internet/Divulgação

O smartphone se tornou um aparelho essencial na vida dos brasileiros, ao ponto de que muitos já não conseguem imaginar como seria a sua rotina sem essa ferramenta.

Exemplo dessa necessidade, é que em cada dez jovens que possuem um smartphone, oito (77%) garantem que a sua vida seria prejudicada de alguma forma, caso não tivessem o aparelho. Nesse caso, as áreas mais afetadas seriam as atividades de lazer (39%), os estudos ou o trabalho (39%), a vida social (37%) e as finanças (21%).

De acordo com o estudo, oito em cada dez jovens brasileiros (84%) entre 18 e 24 anos, nascidos dentro da chamada Geração Z, possuem um smartphone, enquanto 66% mencionam a posse de um notebook. Eles usam o smartphone, principalmente, para ouvir música (72%), acessar as redes sociais (71%), assistir à vídeos (67%), tirar fotos (63%) e ler ou enviar mensagens instantâneas para amigos (58%).

A pesquisa ainda mostra que 87% dos jovens entrevistados acessam a internet todos os dias, principalmente por meio do smartphone (81%), opção bem mais à frente do que os que acessam a partir de um computador de mesa (51%) ou via notebooks (48%). Navegar na internet via smart TV e tablets é tarefa para 24% e 15%, respectivamente, dos jovens.

“A Geração Z não está apenas crescendo cercada pela tecnologia, mas sua visão de mundo e a maneira como constroem relacionamentos e interagem com o meio à sua volta parecem passar cada vez mais pelo uso de aparelhos móveis conectados. Eles não estão apenas ‘imersos’ no ambiente virtual, mas suas próprias vidas são, em parte, digitais”, observa o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), José César da Costa.

As informações foram levantadas em uma pesquisa conduzida pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com o Sebrae, com o objetivo de analisar o comportamento e a relação dos jovens brasileiros da Geração Z com a tecnologia.

A pesquisa integra o convênio Políticas Públicas 4.0 (PP 4.0), firmado entre o Sistema CNDL e o Sebrae, e pretende coletar insumos para a proposição de políticas públicas que contribuam com a melhoria do ambiente de negócios no país e, consequentemente, apoiem o desenvolvimento do varejo.

O ambiente on-line é o preferido da Geração Z, não apenas para buscar todo tipo de informação, mas também para estar em dia com as relações sociais e ampliar o círculo de amizades, bem como para lidar com compromissos financeiros.

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Foto: TecMundo

Assim, em comparação ao meio físico, a internet é mais frequentemente utilizada para ficar informado sobre as notícias em geral (87%), buscar informações sobre produtos e serviços (82%), manter o contato com amigos e familiares (72%), conhecer pessoas (66%), fazer transações bancárias e pagar contas (58%) e fazer cursos (52%). As aquisições em geral, incluindo itens como roupas, sapatos e eletrônicos, contudo, ainda são feitas em sua maioria nas lojas físicas (58%).

“As redes sociais têm um importante papel de divulgação das informações sobre marcas, incluindo seus serviços, contatos, localização e recomendações. No meio desse mundo de usuários conectados, é preciso saber onde estão aqueles com quem a marca deseja realmente dialogar.”, acrescenta Costa.

A pesquisa também buscou entender como se comportam os jovens brasileiros desta nova geração em relação ao consumo. No que diz respeito às compras feitas pela internet, os meios mais utilizados são os sites de redes varejistas (61%), aplicativos (52%), redes sociais (31%) e o WhatsApp (26%).

Os itens mais frequentemente adquiridos na internet pelos jovens são roupas, sapatos e acessórios (51%), eletrônicos (45%), livros (35%), jogos eletrônicos (32%), maquiagem cosméticos e perfumes (30%) e eletrodomésticos (26%).

O levantamento mostra que as redes sociais também servem como espaço de socialização e busca de informações variadas: 97% da Geração Z usam alguma rede social, com destaque para o WhatsApp (82%), o Facebook (79%), o YouTube (78%) e o Instagram (73%).

Dentre os principais motivos para utilizá-las estão manter contato com amigos e familiares (59%), ficar informado sobre notícias de assuntos diversos (54%), buscar informações sobre produtos e serviços (40%) e fazer amizades (32%).

Dividir momentos do dia-a-dia pela internet também é um hábito comum dos jovens: 84% daqueles que estão presentes em redes sociais admitem o costume de compartilhar conteúdo em seus perfis, sendo que 45% compartilham fotos e vídeos pessoais, 42% fotos e vídeos de terceiros que tenham gostado e 34% fazem posts pessoais.

“A internet tem contribuído para democratizar o acesso ao conhecimento e as redes sociais potencializam o alcance das informações, promovendo interações entre as pessoas, troca de experiências, a oportunidade de se expressarem e também de consumirem com mais facilidade e comodidade.

Os jovens estão na vanguarda dessa transformação e vem moldando novos padrões de comportamentos, que todos acabam aderindo mais tarde. Grupos de mídia, varejistas, propagandistas ou até mesmos setores da educação, todos precisam se adaptar aos novos tempos”, afirma Costa (Fonte: CNDL/SPC Brasil).