Aplicação assertiva de people analytics pelo RH permite predição de problemas e humanização de processos
A área de Recursos Humanos desempenha um papel estratégico inquestionável em um cenário marcado por mudanças constantes no mercado de trabalho e nas organizações. Dentro desse contexto, o uso assertivo de dados na gestão de pessoas é capaz de gerar grandes ganhos para os negócios e trazer diversas vantagens, como, por exemplo, maior assertividade na tomada de decisões, avaliações cada vez mais justas, predição de problemas e humanização dos processos. É o que aponta o sócio e vice-presidente da Falconi para soluções de Gente, Fernando Ladeira.
“Eu acredito que o benefício mais interessante e surpreendente da utilização de dados seja a humanização nas tomadas de decisão. Isso porque existe a mística de que os dados codificam as pessoas. Mas, na verdade, quanto mais informações e insights o gestor tiver, mais próximo estará dos problemas e das dores reais de cada um dos seus colaboradores”, explica Ladeira.
Ladeira cita a pesquisa “Como o RH usa dados e tecnologia”, realizada pela Falconi em 2022, para argumentar o seu ponto de vista. “Das empresas que utilizam people analytics na área de gente, 86% garantem melhora na tomada de decisões. Assim você sai um pouco do subjetivo, e o lado humano continua sendo importante, mas traz mais materialidade e assertividade para as decisões. Passa por justiça, por ser mais justo e mais correto nas avaliações sobre as pessoas.”
Renan Nishimoto, CEO da Minehr — startup que, no ano passado, recebeu aporte financeiro e intelectual da Falconi para o desenvolvimento da plataforma de people analytics Dahdos —, lembra que, mesmo estando na pauta estratégica da maioria das empresas, o uso de dados é um grande desafio. Segundo o executivo, áreas de gestão de pessoas ainda têm dificuldade em entregar análises mais avançadas utilizando people analytics. Para os especialistas, são três lacunas que levam a esse cenário nos negócios: falta de cultura do uso de dados, ausência de profissionais especializados e de infraestrutura de tecnologia e baixa qualidade de informações.
“Existe o trabalho de educar e de aprendizado. Hoje, os RHs usam, em média, sete ferramentas para gerenciar pessoas. Imagine fazer todos esses dados, que às vezes não estão estruturados, conversarem com uma qualidade de informação muito ruim? Esse é um aspecto importante. E, além disso, os profissionais de tecnologia têm sido disputados, é uma briga difícil”, diz Ladeira.
O CEO da Minehr destaca que eles têm buscado, por meio da Dahdos, resolver esses desafios. “Se falamos de descentralização dos dados, a plataforma faz com que eles passem a conversar entre si, centralizando informações num único ambiente e aplicando modelagens, estatísticas e inteligência artificial para gerar cada vez mais insights e análises avançadas para o gestor. Ainda que não seja especialista em estatística, por exemplo, Dahdos traduz para ele as informações para tomada de decisão do negócio por meio de visualizações amigáveis e modelos preditivos.”
Recentemente foi lançada a versão Standard da Dahdos com o objetivo de tornar a plataforma mais acessível para empresas iniciantes no uso dados em gestão de pessoas. A solução permite análises rápidas e com baixo esforço para monitorar os variados indicadores de gestão de pessoas, de forma transversal ao longo de todo o ciclo da jornada, como, por exemplo, horas extras, turnover, absenteísmo, remuneração, diversidade, headcount e recrutamento e seleção.