A Black Friday de 2021 deverá registrar a maior movimentação financeira desde que foi incorporada ao calendário do varejo nacional, em 2010. De acordo com projeção da Confederação Nacional do Comércio (CNC), a data poderá movimentar R$ 3,93 bilhões no País. Confirmada essa expectativa, o faturamento das vendas on-line e presenciais apresentará crescimento de 3,8% em relação ao ano passado. No entanto, descontada a inflação, o volume deve contar com um recuo de 6,5% pela primeira vez desde 2016.
Segundo a análise da CNC, o ritmo atual da inflação anualizada – em +10,67%, segundo o IPCA acumulado nos 12 meses encerrados em outubro – tem sido um obstáculo à expansão do volume de vendas, mesmo em um contexto de aceleração do consumo digital após a pandemia de covid-19. Até o início da crise sanitária, o e-commerce brasileiro crescia a uma taxa anual média de 14,1%. Esse ritmo saltou para 46,2%, de acordo com levantamento baseado nas emissões de notas fiscais eletrônicas computadas pela Receita.
Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, apesar da situação econômica, as expectativas são positivas para a Black Friday, que já é a quinta data mais importante do setor, depois do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais. “A facilidade de comparação de preços on-line, em um evento caracterizado pelo forte apelo às promoções, incentiva a competitividade e influencia o aumento expressivo da data no calendário do varejo”, avalia.
A projeção é que os segmentos de móveis e eletrodomésticos (R$ 1,105 bilhão) e de eletroeletrônicos e utilidades domésticas (R$ 906,57 milhões) deverão responder por mais da metade (51,2%) da movimentação financeira prevista. Tendem a se destacar ainda os ramos de hiper e supermercados (R$ 779,09 milhões) e de vestuário, calçados e acessórios (R$ 693,12 milhões) – (Gecom/CNC).