A Comissão Europeia autorizou na sexta-feira (3), em tempo recorde, o uso do remédio remdesivir para tratamento de infectados pelo coronavírus Sars-CoV-2. O aval chega apenas uma semana após a recomendação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), encurtando um processo que costuma durar mais de dois meses.
“A autorização para o primeiro remédio para tratar da Covid-19 é um passo importante na luta contra o vírus”, disse a comissária de Saúde do poder Executivo da União Europeia, Stella Kyriakides. Pelo menos dois grandes estudos conduzidos nos Estados Unidos mostraram que o remdesivir – desenvolvido pela empresa farmacêutica Gilead Sciences para combater o ebola, mas sem sucesso – reduz o tempo de internação de casos graves do novo coronavírus.
A recomendação da EMA é para uso do medicamento em pacientes com mais de 12 anos, que estejam com pneumonia e exijam auxílio para respirar. O governo dos EUA, no entanto, já fechou um acordo com a Gilead para comprar 500 mil doses de remdesivir nos próximos três meses. Isso corresponde a 100% da produção no mês de julho e 90% para agosto e setembro, o que deve dificultar o acesso ao remédio no restante do mundo (ANSA)