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Turismo e serviços: estimativa é de crescimento de 4,3% e 2,5%

em Economia
sexta-feira, 12 de agosto de 2022

A Confederação Nacional do Comércio (CNC) revisou de 3,5% para 4,3% a expectativa de crescimento do turismo, em relação ao ano passado, por conta da tendência de atendimento à demanda reprimida nos últimos anos. A perspectiva é que o turismo restabeleça o nível de ocupação de antes da pandemia a partir do início do período de contratações para a próxima alta temporada, encerrando 2022 com 319,4 mil postos de trabalho criados.

Para o setor de serviços, a despeito da aceleração de preços, a entidade revisou de 1,9% para 2,5% a previsão de alta do volume de receitas deste ano em relação a 2021. O volume de receitas do setor de serviços cresceu 0,7%, em junho, em relação a maio de 2022, de acordo com a pesquisa divulgada pelo IBGE. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, a alta de 6,3% foi a 16ª seguida. O maior destaque são os avanços de 3% nos serviços gerais prestados às famílias, de 2,4% nos transportes terrestres e de 2,2% nos serviços técnico-profissionais.

“Além da volta da circulação normal das pessoas após a pandemia, que tem impulsionado essas atividades desde a segunda metade do ano passado, os preços dos serviços ainda não sofreram todo o choque esperado, mesmo tendo acelerado significativamente nos últimos meses”, explica José Roberto Tadros, presidente da CNC. Para um IPCA de 11,9% no acumulado de 12 meses até junho, o grupo “serviços” acusava variação de 8,7%. “O setor de serviços apresenta crescimento de 7%, o maior em relação ao nível de atividade verificado antes do início da crise sanitária”, conclui Tadros.

Tomando-se como termômetro o fluxo de aeronaves, nos 10 principais aeroportos do País – responsáveis por quase 7 em cada 10 voos diários –, após uma queda de 89% durante a primeira onda da pandemia, iniciou-se um consistente processo de recuperação. Bentes analisa: “esse fluxo diário ainda está 15% abaixo do verificado no início de 2020, mas os aeroportos com vocação para o atendimento de demandas regionais já recuperaram o movimento habitual”, afirma o economista da CNC Fabio Bentes (Gecom/CNC).