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Turismo deve retomar volume de receitas pré-pandemia

em Economia
quarta-feira, 22 de junho de 2022

As atividades turísticas, finalmente, estão próximas de igualar o faturamento pré-pandemia, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC). O volume de receitas do segmento, que apresentou queda de 3% em abril, deve restabelecer o nível registrado em fevereiro de 2020, no terceiro trimestre deste ano, encerrando 2022 com alta de 2,8% em relação a 2021.

A diferença entre a geração de receitas do setor e o seu potencial mensal registrou perda de R$ 6,3 bilhões, com destaque para os Estados de São Paulo (R$ 227 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 67,4 bilhões), que concentram 57% da perda nacional. Os dados apontam ainda que o turismo brasileiro já acumula um prejuízo de R$ 515 bilhões desde o início da crise sanitária.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, lembra que, nos seis primeiros meses da pandemia, a queda abrupta das atividades turísticas levou o setor a eliminar empregos formais. Foram 526,5 mil, o equivalente a 15% da força de trabalho do segmento. “A reação do turismo tem se traduzido na regeneração do mercado de trabalho formal nessas atividades. Os saldos mensais entre admissões e desligamentos se mostram positivos”, observa Tadros.

Em um pouco menos de um ano, o setor apresentou recuperação de 290 mil das vagas, destacando-se bares e restaurantes (+220,5 mil) e serviços de hospedagem (+61,2 mil). No geral, o setor de serviços cresceu 0,2% em abril ante março e apresentou expansão pelo 14º mês consecutivo, registrando aumento de 9,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os destaques foram os serviços prestados às famílias, que apresentaram crescimento de 1,9%, e os de informação e comunicação, que avançaram 0,7%, puxando a alta no mês.

O economista da CNC responsável pela análise, Fabio Bentes, explica que os serviços de informação e comunicação já eram fortemente demandados e seguem como as atividades com o maior avanço desde o início da crise sanitária (+11% ante fevereiro de 2020), dentre os grupos pesquisados. Já o crescimento dos serviços prestados às famílias é reflexo do cenário de desaceleração da pandemia. “A queda do isolamento social tem sustentado maior demanda, em especial das atividades de alojamento e alimentação, que avançaram 62% desde o fim da segunda onda da crise sanitária em abril do ano passado”, observa (Gecom/CNC).