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São Paulo inicia período de chuvas com reservatórios baixos

em Economia
quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Após duas semanas com alertas pontuais para temporais e com o avanço de chuvas fortes pelo interior do país, o estado de São Paulo avalia que as medidas de restrição no abastecimento de água devem diminuir. Algumas cidades do interior passaram por restrições, agravadas pela estiagem que durou seis meses em parte do território paulista.

Cinco municípios decretaram situação de emergência relacionada ao período de estiagem e seca: Artur Nogueira, São Pedro do Turvo, Indiana, Bauru e Barretos. O panorama ainda não inspira tranquilidade, mas a situação começa a melhorar. Segundo o Monitor das Secas, da Agência Nacional de Águas (ANA), a temporada de estiagem teve seu pior momento entre julho e agosto, atingindo 95% do estado.

Em setembro de 2022 os paulistas viram 100% de seu território atingido pelo fenômeno, sendo 21% classificado pela agência como seca grave; e 3%, na porção norte do estado, como seca extrema. Outro indicador importante, o risco de queimadas, também deixou de ser uma preocupação nesta semana, segundo a Defesa Civil estadual. Segundo Ana Paula Cunha, pesquisadora do Cemaden, grande parte do país passa pela transição da estação seca para a chuvosa.

“Embora o período mais crítico tenha passado, os rios nas regiões Centro-Oeste e Norte ainda estão em níveis críticos, e a recuperação levará tempo. Lembrando que quanto mais tempo uma seca perdura mais lenta é a recuperação”. Ela acrescenta que ainda não é possível prever se o período de chuvas no país estará dentro do normal. A seca, que atingiu níveis severos, ainda levará alguns meses para ser completamente superada”.

O abastecimento da maior parte dos 645 municípios em São Paulo (375 em dados atualizados) é atendida pela Sabesp, empresa de saneamento privatizada esse ano. A empresa garante que o abastecimento em sua área de atuação ocorre normalmente. A empresa informou que o abastecimento na Região Metropolitana de São Paulo – que atende 22 milhões de pessoas –, operava com 44,9% de capacidade. Índices abaixo de 40% são classificados como situação de alerta.