Se por um lado a boa notícia é que as medidas restritivas de isolamento social contribuíram para diminuir os níveis de contágio pelo novo coronavírus, de outro elas também ajudaram a derrubar as vendas do varejo não-essencial. Em maio, a queda média no movimento do comércio paulistano foi de 67% comparada a igual mês de 2019, de acordo com dados do Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Pelo levantamento, o sistema de vendas a prazo teve queda de 57,5% no período. Já às vendas à vista registraram recuo ainda mais expressivo, de 76,4%. Na comparação com abril, o resultado foi positivo, com alta média de 5%, sendo 7,6% no movimento de vendas a prazo, e 2,4% no de vendas à vista. A alta sazonal, comum à data, foi puxada pelo Dia das Mães, registrou um resultado um pouco melhor que a Páscoa, já que o consumidor teve a opção de comprar presentes em super e hipermercados e pelo e-commerce.
Mas na comparação com maio de 2019, a queda foi brutal, segundo Marcel Solimeo, economista da ACSP, já que as lojas que tiveram que permanecer fechadas vêm perdendo sucessivamente as datas promocionais. “E agora, com o início da flexibilização, elas estão tentando pôr a cabeça para fora para faturar um pouco no Dia dos Namorados”, afirma. “Mas no ritmo que está, com o aumento do desemprego e a queda na renda, talvez nem isso” (AI/ACSP).