A produção da indústria nacional cresceu em 13 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE na passagem de dezembro para janeiro, quando o setor registrou alta de 0,9% depois de dois meses de quedas consecutivas. As taxas positivas, divulgadas ontem (12), são as maiores desde junho de 2018, quando a indústria começou a se recuperar da greve dos caminhoneiros, iniciada em maio daquele ano.
O destaque no mês foi o estado de São Paulo, maior parque industrial do país, que cresceu 2,3% e puxou a alta do indicador. “A indústria paulista vem de dois meses negativos, em que acumulou queda de 3,7%. O resultado de janeiro foi o mais alto desde agosto de 2019 (3,2%). Essa alta foi impulsionada pelos setores de veículos automotores, máquinas e equipamentos e metalurgia”, disse, em nota, o analista responsável pela pesquisa, Bernardo Almeida.
Segundo o IBGE, o Rio de Janeiro teve a segunda maior influência positiva sobre o índice, com alta de 3,9%, impulsionada pelos setores de veículos e derivados de petróleo. “Com isso, a indústria fluminense eliminou o recuo registrado em dezembro (-3,9%)”, afirmou Almeida, acrescentando que o resultado foi o maior desde julho do ano passado.
Em contrapartida, as indústrias do Pará (-4,2%) e de Mato Grosso
(-2,3%) recuaram. “No Pará, a queda foi a mais intensa desde setembro de 2019, devido ao setor extrativo, e eliminou o crescimento de 2,7% em dezembro. Já Mato Grosso registrou a segunda taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período perda de 7,2%” (ABr).