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Prejuízos do turismo na pandemia já somam R$ 41,6 bilhões

em Economia
terça-feira, 17 de novembro de 2020

Entre os meses de março e setembro, o turismo nacional perdeu R$ 41,6 bilhões em faturamento. O montante representa uma queda de 44% em comparação ao mesmo período do ano passado, mostra levantamento da FecomercioSP. Só em setembro, o faturamento das empresas do setor (R$ 8,6 bilhões) foi 37,6% menor do que o mesmo mês de 2019 – o que significa um rombo de R$ 5,2 bilhões. É o pior resultado do turismo para setembro desde o início da série histórica, em 2011.

O mais preocupante para a FecomercioSP é que, ao contrário de setores como o comércio e os serviços, em recuperação desde o início do segundo semestre, o turismo não apresenta sinais de retomada. Até por isso a necessidade, segundo a Federação, de uma expansão da oferta de crédito para as empresas do setor, principalmente por meio de ajuda de programas do governo. A retração do turismo em setembro foi encabeçada pelo setor de transporte aéreo, que faturou 64,6% a menos do que no mesmo mês de 2019.

Apesar do número expressivo, ele fornece algum otimismo, já que teve quedas maiores em agosto (68,8%) e julho (78,1%). Isso se explica não apenas pela baixa demanda, mas pela redução da oferta em 54,5% dos assentos no período, segundo a Anac. Na mesma linha, caíram drasticamente os faturamentos dos agentes de hospedagem e alimentação (-37,3%) e de atividades culturais, esportivas e recreativas (-24,4%). As locadoras de carros perderam 14,8% do faturamento em comparação a setembro de 2019, mas já registram dias com a totalidade dos veículos alugados em alguns fins de semana.

Apesar das regras ainda vigentes do isolamento social e do temor de muitas pessoas em investir em viagens neste momento, o futuro próximo pode ser promissor. Dados de outra pesquisa da FecomercioSP apontam que quase um terço das pessoas (31%) querem viajar depois que a pandemia acabar – o que indica uma demanda reprimida à espera de condições para se realizar. Por isso, é importante que os empresários mantenham os canais digitais ativos desde já, não apenas para ofertar pacotes e destinos, mas também para os que clientes tenham uma comunicação clara dos novos protocolos de segurança do turismo (AI/FecomercioSP).