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O “novo normal” em produtos de limpeza

em Economia
segunda-feira, 29 de junho de 2020

Limpeza e higienização de veículos nas concessionárias devem ser constantes. Foto: autoo.com/reprodução

A queda estimada do PIB brasileiro em 2020 é de assustar: os números variam entre os 4,7%, previstos pelo governo, até os 9,1%, indicados pelo FMI. Enquanto isso, o setor de higiene pessoal e produtos de limpeza fechou abril com alta de 1,3% na produção industrial. Apesar do bom momento, o setor também enfrenta desafios para se adaptar à nova realidade. E isso passa por uma rápida mudança de tendência nos hábitos de consumo de produtos de limpeza.

“Produtos como álcool para limpeza tanto líquido como em gel, dentre outros, tiveram altas expressivas nas plataformas de e-commerce e isso pode ser uma mudança relevante para o setor, pois muitos fabricantes baseiam suas estratégias em estudos de gôndolas e forma de exposição de produtos”, afirma Paulo Engler, diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional (ABIPLA).

Engler conta, também, que, apesar do crescimento do setor, alguns segmentos enfrentam dificuldades, já que empresas dependentes de produtos importados e fabricantes que trabalhem com um portfólio não voltado para a desinfecção, por exemplo, podem ter tido queda nas receitas em 2020. “O setor, como um todo, está dentro da expectativa de crescimento projetado para este ano, embora alguns segmentos estejam sendo afetados”, diz.

Para Engler, com a retomada das atividades econômicas, a expectativa é que os produtos de limpeza e desinfecção de superfícies continuem com boa demanda. “Já há uma tendência de alta nas vendas de desinfetantes e água sanitária para uso residencial. Acredito que isso será replicado na limpeza de ambientes comerciais e institucionais” (Fonte: ABIPLA).