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Nível de ocupação atinge menor patamar em oito anos

em Economia
quinta-feira, 28 de maio de 2020

A maior perda de postos de trabalho foi observada na construção
(-13,1%). Foto: newtrade.com/reprodução

O nível de ocupação dos brasileiros ficou em 51,6% no trimestre encerrado em abril. O dado representa o percentual de brasileiros em idade de trabalhar que estão efetivamente ocupados. Esse é o patamar mais baixo do indicador desde o início da Pnad-Contínua, em 2012. No trimestre encerrado em janeiro, o nível de ocupação chegou a 54,8%. Em abril do ano passado, a taxa era de 54,2%.

A população ocupada ficou em 89,2 milhões de pessoas no trimestre finalizado em abril, queda de 5,2% em relação a janeiro deste ano
(4,9 milhões de pessoas a menos) e de 3,4% em relação a abril do ano passado (3,1 milhões de pessoas). As quedas em ambos tipos de comparação foram recordes. O total de desempregados no Brasil no trimestre encerrado em abril deste ano chegou a 12,8 milhões de pessoas. O contingente é 7,5% superior ao observado no trimestre encerrado em janeiro deste ano, que era de 11,9 milhões de desocupados.

Na comparação com janeiro, as maiores perdas de postos de trabalho foram observadas na construção (-13,1%), alojamento e alimentação
(-12,4%) e serviços domésticos (-11,6%). Apenas administração pública teve criação de postos de trabalho (1,8%). Em relação a abril do ano passado, os setores com mais perdas continuaram sendo construção
(-10,2%), serviços domésticos (-10,1%) e alojamento e alimentação
(-9,3%).

Já na comparação com abril do ano passado, as perdas de postos de trabalho mais expressivas foram no serviço privado sem carteira
(-9,7%), trabalhadores domésticos (-10,1%), empregadores sem CNPJ
(-13%) e trabalhadores familiares auxiliares (-11,2%). O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado caiu para 32,2 milhões de pessoas, menor nível da série histórica, recuando 4,5% ante o trimestre anterior e 2,8% frente ao mesmo trimestre de 2019 (Abr).