A previsão do mercado financeiro para o IPCA, considerada a inflação oficial do país, subiu, novamente, de 8% para 8,25% neste ano. É a 24ª elevação consecutiva na projeção. A estimativa está no Boletim Focus de ontem (20), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC). Para 2022, a estimativa de inflação é de 4,10%. Para 2023 e 2024, as previsões são de 3,25% e 3%, respectivamente.
Em agosto, puxada pelos combustíveis, a inflação subiu 0,87%, a maior inflação para o mês desde o ano 2000, de acordo com o IBGE. Com isso, o indicador acumula altas de 5,67% no ano e de 9,68% nos últimos 12 meses, o maior acumulado desde fevereiro de 2016, quando o índice alcançou 10,36%. Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2021 em 8,25% ao ano. Para o fim de 2022, a estimativa é de que a taxa básica suba para 8,50% ao ano.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
As instituições financeiras mantiveram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano em 5,04%. Para 2022, a expectativa para PIB é de crescimento de 1,63%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,30% e 2,50%, respectivamente. A expectativa para a cotação do dólar também se manteve em R$ 5,20 para o final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,23 (ABr).