O mercado financeiro espera que a taxa básica de juros, a Selic, suba 0,75 ponto percentual para 4,25% ao ano, na reunião do Copom, marcada para hoje (15) e amanhã (16). A expectativa está no boletim Focus, pesquisa divulgada semanalmente pelo BC, com a projeção para os principais indicadores econômicos. Atualmente, a Selic está em 3,5% ao ano, após a segunda alta consecutiva, devido à alta da inflação no país.
A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já a previsão do mercado financeiro para o IPCA deste ano subiu de 5,44% para 5,82%, na 10ª alta consecutiva.
A estimativa para 2021 supera o limite da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. O centro da meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%. A previsão para o crescimento do PIBsubiu de 4,36% para 4,85%. A expectativa para a cotação do dólar caiu de R$ 5,30 para R$ 5,18 para o final deste ano e de R$ 5,30 para R$ 5,20 no fim de 2022 (ABR).