A menor oferta de hortifrutis nos principais mercados atacadistas no país influenciou a alta de preços de importantes produtos em setembro. Entre as hortaliças, o destaque é para a batata, que teve aumento de 18,49%, comparado com agosto. No caso das frutas, a banana teve alta de 15,08%. Outros aumentos foram observados na cenoura, cebola, laranja, maçã e mamão, comercializados em 13 Ceasas do país. As informações são do 10º Boletim do Prohort, divulgado em Brasília, pela Conab.
Segundo o órgão, os preços da batata vinham em queda desde maio, pois os mercados estavam abastecidos com a safra de inverno. A nova alta é atribuída a uma menor oferta em Minas Gerais e em São Paulo. Outro fator para a menor oferta da batata, sentida mais significativamente na metade de setembro, foi o mau tempo (chuvas mais intensas) nos estados produtores, o que atrapalhou a colheita.
Já o aumento de preços da banana (principalmente da nanica) veio junto à diminuição da produção em várias microrregiões como nanica e prata em Registro (SP), prata, no norte de Minas Gerais, e nanica no norte de Santa Catarina. Nos preços, o destaque ficou por conta das altas na Ceasa, de Goiás (23,84%), Ceasa, do Paráná, (29,77%) e Ceasa, do Espírito Santo (24,5%). Ponto fora da curva foi a banana prata advinda do polo de Petrolina/Juazeiro, com boa produção, boa qualidade por não ter sofrido com o frio e com boa demanda das Ceasas do Nordeste.
A comercialização total, em quantidade, considerando todos os produtos que compõem o grupo hortaliças nas Ceasas analisadas, teve queda de 7,8% em setembro, em relação a agosto, e aumento de 3,1% em relação a setembro de 2021. Entre as frutas, no mês passado, houve queda de 4,3% na comercialização em relação a agosto e redução de 6,1% na comparação com setembro do ano passado. Assim como para a batata, o clima também trouxe impacto para a oferta de cenoura no atacado (ABr).