Três em cada dez jovens brasileiros entre 18 e 27 anos têm como maior desejo profissional ter o seu próprio negócio ou a sua própria empresa. Isso é o que mostrou uma pesquisa realizada pelo Centro Estudos Sociedade, Universidade e Ciência (Sou_Ciência) da Unifesp, em parceria com o Instituto de Pesquisa IDEIA. O nível de escolaridade influencia no interesse em empreender.
Quanto maior a escolaridade, maior o interesse em ter a própria empresa. “A pesquisa surpreende pelo fato de que temos um número expressivo de jovens empregados com CLT – cerca de 42% de jovens nessa condição – mas que não querem permanecer como empregados celetistas. Há um movimento em direção a outras formas de trabalho”, explicou Pedro Arantes, professor da Unifesp.
Outros jovens entrevistados também revelaram o desejo de trabalhar como funcionário público (18%), viver de renda ou de investimentos (18%), exercer sua profissão como autônomo (12%) e trabalhar como empregado com carteira assinada (11%). E cerca de 8% deles ainda revelou o desejo de não trabalhar.
O levantamento revela que a juventude não quer ser classe trabalhadora. A carteira de trabalho não é objeto de desejo. E entre autônomos e empresários, há uma vontade clara de que eles toquem seu próprio negócio ou sua própria vida sejam como indivíduos-pessoas jurídicas ou pessoas jurídicas-empresariais (ABr).