A Intenção de Consumo das Famílias, medida pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), cresceu pela quinta vez seguida neste mês, subindo a 73,6 pontos. Contudo, mesmo com as recentes altas, o indicador registrou o pior desempenho para um mês de janeiro desde o início da série histórica, em 2010. Além disso, no comparativo anual, houve recuo de 24,2% – a décima retração consecutiva nesta base comparativa. A ICF está abaixo do nível de satisfação (100 pontos) desde abril de 2015.
Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a sequência de taxas mensais positivas do índice reforça a confiança dos brasileiros na recuperação econômica, sobretudo com a proximidade do início da vacinação contra o coronavírus. “É importante a validação e a agilização da compra e distribuição da vacina, ou das vacinas, para efetivar esse processo de retomada”, afirma. Os indicadores relacionados ao momento atual alcançaram em janeiro os melhores níveis dos últimos meses. O item que mede a satisfação dos brasileiros com o emprego cresceu 0,2% e chegou a 88,9 pontos – o maior nível desde maio de 2020.
O índice relacionado à renda, apesar da retração após o ajuste sazonal (-0,6%), aumentou sua pontuação, passando de 78,8 pontos para 79,5 pontos – patamar mais alto desde junho do ano passado. O subíndice que avalia a perspectiva profissional dos brasileiros também se destacou positivamente, impulsionado pelo aumento do indicador referente ao emprego atual. O item acumulou o sexto avanço consecutivo (+0,7%) e atingiu o maior patamar desde abril de 2020 (88,6 pontos).
“A recuperação gradual da percepção do mercado de trabalho no curto prazo já se reflete positivamente, e de forma mais intensa, nas perspectivas para os próximos seis meses em relação ao futuro profissional”, destaca Catarina Carneiro da Silva, economista da CNC responsável pelo estudo. A perspectiva de consumo também cresceu (+0,2%). Foi a terceira alta seguida do item, que chegou a 67,9 pontos e subiu ao maior nível desde maio de 2020 (Gecom/CNC).