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Inflação no Brasil em 2021 é a maior em 6 anos

em Economia
terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Mesmo com BC independente, o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, fracassou em controlar inflação em 2021. Foto: EPA/ANSA

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2021 em 10,06%, maior alta em seis anos, de acordo com dados divulgados ontem (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Brasil não tinha uma inflação anual tão alta desde 2015, com 10,67%.

A meta do Banco Central para 2021 era de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima (5,25%) ou para baixo (2,25%). Já o mercado esperava inflação de 9,99%, ainda na casa de um dígito, segundo o último Boletim Focus divulgado pelo BC. A alta do IPCA em dezembro foi de 0,73%, leve recuo em relação ao índice de 0,95% registrado em novembro.

Puxado pela alta dos combustíveis (+49,02%), o grupo Transportes liderou a inflação em 2021, com crescimento de 21,03% no ano, seguido por Habitação (13,05%) – graças principalmente aos aumentos de 21,21% e 36,99% nos preços da energia elétrica e do gás de botijão, respectivamente.

“A gasolina, subitem de maior peso no IPCA, subiu 47,49%, e o etanol, 62,23%. Apenas nos meses de abril e dezembro houve queda nos preços dos combustíveis”, diz o IBGE. As menores altas foram registradas nos grupos de Comunicação (1,38%), Educação (2,81%) e Saúde e Cuidados Pessoais (3,70%).

Entre as capitais, Curitiba registrou a maior inflação em 2021, com 12,73%, seguida por Vitória, com 11,50%, e Rio Branco, com 11,43%. Os menores índices são os de Belém, com 8,10%, Rio de Janeiro, com 8,58%, e Brasília, com 9,34%. São Paulo, cidade mais populosa do país, teve alta de 9,59% no IPCA (ANSA).