O mercado financeiro aumentou a estimativa de inflação para este ano. A previsão para o IPCA subiu de 3,20% para 3,25%, de acordo com o boletim Focus, publicação divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos. Essa foi a 14º elevação seguida na estimativa. Para 2021, a projeção de inflação passou de 3,17% para 3,22%, na quarta elevação seguida. A previsão para 2022 e 2023 não teve alteração: 3,50% e 3,25%, respectivamente.
A projeção para 2020 está abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, tem centro de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%. Para 2021, a meta é 3,75%, para 2022, 3,50%, e para 2023, 3,25%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, em cada ano.
Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 2% ao ano. A expectativa das instituições financeiras é que a Selic encerre 2020 em 2% ao ano. A última reunião de 2020 do Copom, responsável por definir a Selic, acontece em dezembro. Para o fim de 2021, a expectativa é que a taxa básica chegue a 2,75% ao ano. Para o fim de 2022, a previsão é 4,5% ao ano e para o final de 2023, 6% ao ano.
A previsão do mercado financeiro para a queda da economia brasileira este ano foi ajustada de 4,80% para 4,66%. Para o próximo ano, a expectativa de crescimento foi mantida em 3,31%. Em 2022 e 2023, o mercado financeiro continua a projetar expansão de 2,50% do PIB. A previsão para a cotação do dólar passou de R$ 5,45 para R$ 5,41, neste ano, e foi mantida em R$ 5,20, em 2021.