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Endividamento obtém novo recorde em São Paulo

em Economia
quinta-feira, 07 de outubro de 2021

O cartão de crédito e os carnês são as opções mais recorrentes na hora de adquirir uma dívida. Foto: grinvalds_CANVA

O número de endividados na capital paulista atingiu novo recorde (69,2%) em setembro, de acordo com a pesquisa da FecomercioSP. Além de ser a décima elevação seguida, o levantamento destaca que, 7 a cada 10 famílias estão endividadas. Em relação a setembro de 2020, a alta foi ainda mais significativa: 10,7 pontos porcentuais (p.p.). Atualmente, são 2,76 milhões de lares com algum tipo de dívida, 81 mil a mais em relação ao mês anterior, e um adicional de 442 mil famílias de setembro do ano passado para o mês atual.

O que também avançou foi a inadimplência, que passou de 18,8%, em agosto, para os atuais 19%. Em termos absolutos, são 759 mil famílias que não conseguiram pagar a dívida até a data do seu vencimento, 10 mil a mais em relação ao mês anterior. Em setembro de 2020, eram 717 mil. Para manter o consumo diante da inflação, o cartão de crédito e os carnês são as opções mais recorrentes na hora de adquirir uma dívida.

Em setembro, o porcentual de endividadas na modalidade é o maior já registrado na série histórica (81,1%). Há um ano, o porcentual era de 72,8%. Já os carnês, no mês, registram 20,5% de famílias endividadas, maior nível desde 2015. Entre as famílias que recebem menos de dez salários mínimos, a taxa de endividados atingiu 71,1%, enquanto no grupo de renda mais alta, 63,5%. Parte deste aumento está relacionado à expansão do consumo via crédito em decorrência da retomada da economia e da reabertura, quase que de forma integral, dos estabelecimentos.

Como o cotidiano não melhorou de forma significativa, as famílias consideram um mau momento para compra de produtos como geladeira, fogão, televisor, etc. Assim, o subíndice Momento para Duráveis ficou praticamente estável (-0,2%) e atingiu 42,9 pontos, a pior avaliação entre os demais.

Os indicadores de confiança estão se beneficiando do fato de consumidores estarem olhando favoravelmente para os próximos meses. No entanto, na avaliação da Federação, os índices só irão melhorar de maneira realista quando houver uma geração de emprego mais sólida e consistente da economia, dando segurança para expandir o consumo, também via crédito, sabendo que conseguirão arcar com estes compromissos (AI/FecomercioSP).