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Economia 30/09/2015

em Economia
terça-feira, 29 de setembro de 2015

Três milhões serão afetados com cortes no Farmácia Popular

Se os governos estaduais tivessem desonerado o ICMS, seria possível manter o programa.

Uma das principais bandeiras do Governo Federal, o programa Farmácia Popular terá uma de suas modalidades extinta em 2016

O copagamento de medicamentos, em que o governo subsidia cerca de 90% do valor dos remédios, deve ser descontinuado. Pelo menos três milhões de brasileiros são beneficiados atualmente por essa modalidade, que oferece tratamento para colesterol, osteoporose, mal de Parkinson, glaucoma e rinite, além de contraceptivos e fraldas geriátricas.
A estimativa de pessoas prejudicadas foi calculada pela Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), com base nos dados do programa referentes a maio de 2015. “Lamentamos que a crise tenha tornado um corte como esse necessário”, diz Antônio Britto, presidente-executivo da Interfarma. Atualmente, o gasto da Farmácia Popular gira em torno de R$ 2,88 bilhões por ano. As alíquotas de ICMS são 17%, 18% e 19%, dependendo do estado, o que corresponde a uma arrecadação total no país de R$ 500 milhões; valor equivalente ao corte feito pelo Governo Federal.
“Se os governos estaduais tivessem desonerado o ICMS desses medicamentos para o Farmácia Popular, como há anos a Interfarma vem defendendo, seria possível manter o programa”, argumenta Britto.
Neste ano, a saúde já havia sofrido alguns cortes que, juntos, representavam um abatimento de 12% do valor previsto. Apesar do corte, a modalidade de gratuidade do Farmácia Popular, conhecida como Saúde Não Tem Preço, deve continuar. Nela, o paciente não precisa pagar por medicamentos contra diabetes, hipertensão e asma. Atualmente, esse programa conta com aproximadamente 35 mil farmácias credenciadas (Fonte Interfarma).

Importância do Brasil para a Telecom Italia

Presidente da Telecom Italia, Giuseppe Recchi.

O presidente da Telecom Italia (grupo controlador da TIM), Giuseppe Recchi, reiterou que o Brasil continua sendo “estratégico” para a companhia, mas considerou pela primeira vez em público a hipótese de vender ativos no país. Respondendo a uma pergunta da emissora italiana “Class CNBC” sobre qual seria sua decisão no caso de uma “proposta irrecusável”, o executivo afirmou: “Sobre qualquer oferta, nunca diga nunca”.
Recchi explicou que o Brasil vive um “momento difícil”, com indicadores em crise após um período de “crescimento extraordinário”. Ele ainda destacou que a incerteza política em Brasília “não ajuda”, uma vez que se reflete na confiança das pessoas.
“Mas não esqueçamos que é um país com 240 milhões de pessoas e recursos naturais importantíssimos. É um ciclo que deve mudar”, salientou o presidente da Telecom Italia. Na semana passada, os principais executivos da empresa se reuniram no Rio de Janeiro e confirmaram um plano de investimentos de US$ 14 bilhões para a TIM Brasil entre 2015 e 2017 (ANSA).

Vendas dos supermercados caíram 4,04% em agosto

As vendas do setor supermercadista caíram 4,04% em agosto em comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Segundo o Índice Nacional de Vendas Abras, na comparação com julho a queda foi 0,29%. No acumulado do ano, as vendas apresentaram queda de 0,69%, na comparação com o mesmo período de 2014.
Em valores nominais, as vendas do setor apresentaram queda de 0,07% em relação ao mês anterior e, quando comparadas a agosto do ano anterior, alta de 5,1%. No acumulado do ano, as vendas cresceram 7,68%. “Nós estamos trabalhando com nossos fornecedores para ativar o consumo, especialmente em vista da proximidade das festas de final de ano, que podem trazer melhores resultados, e também para adaptar nossas vendas e toda a logística de distribuição aos novos hábitos do consumidor, que está priorizando as compras de abastecimento da casa”, disse o presidente da Abras, Fernando Yamada.
Segundo a Abras, em agosto, a cesta de produtos Abrasmercado (35 produtos de largo consumo), registrou baixa de 0,63%, passando de R$ 414,40, em julho, para R$ 411,77, em agosto. Entre as maiores altas estão itens como pernil (5,29%) e queijo prato (4,99%). As maiores quedas foram registradas por batata (-16,58%) e tomate (-15,45%) (ABr).