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Economia 30/07/2015

em Economia
quarta-feira, 29 de julho de 2015

Alta nos custos de produção prejudica pequenas indústrias

Estado libera financiamento para capital de giro das pequenas indústrias.

A 28ª rodada do Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria, pesquisa encomendada pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria de São Paulo (Simpi) ao Datafolha, mostra que 54% dos micro e pequenos industriais enfrentaram alta significativa nos custos de produção

É a terceira involução consecutiva em 2015. A queda no índice foi puxada pelo aumento com matéria prima e insumos, que representa 45% das empresas, pior resultado da série histórica. A alta também atingiu, de forma mais branda, os custos com mão-de-obra e salários (6%) e com transporte e logística (3%).
A pesquisa foi realizada entre 12 e 30 de junho com 314 micro e pequenas indústrias paulistas. São consideradas micro as indústrias que empregam até nove funcionários, e pequenas, de 10 a 50 trabalhadores registrados. Para amenizar os efeitos desses aumentos, o Simpi, após solicitação ao governo do Estado, articulou a liberação de uma linha de financiamento para capital de giro, com objetivo de apoiar a recomposição de estoques e a compra de insumos e matéria-prima, necessários para atividades do dia a dia do negócio.
Para acessar o financiamento as empresas interessadas devem estar enquadradas nas exigências e critérios de análise da Desenvolve SP. Os interessados podem entrar no site (www.desenvolvesp.com.br) e solicitar o financiamento diretamente na ferramenta Negócios Online e acompanhar todas as etapas e o andamento do pedido. Outras informações no site do Sindicato (www.simpi.org.br).

Mercado vive ‘ressaca’ e cai a confiança dos lojistas

O comércio deve continuar ruim em agosto e registrar uma confiança em queda pelo oitavo mês consecutivo.

Os comerciantes paulistas demonstraram pessimismo com os negócios em julho, em decorrência de um cenário econômico de crise que demora para se recuperar. Após sete quedas consecutivas, o IFECAP (Índice FECAP de Expectativas nos Negócios) registrou novo recorde negativo em sua série histórica – abaixo dos centos pontos. A escala varia entre zero e 200, sendo que cem é a fronteira entre o pessimismo e o otimismo – em geral, os índices anteriores a abril variaram entre 100 e 110.
O IFECAP marcou 94,28 pontos em junho na série com ajuste sazonal, o que representa uma queda de 1,9% quando comparado ao mês anterior. Em relação ao mesmo período do ano passado, o índice recuou 19,7%. “Esperava que o índice fosse ficar estável, mas em julho só recebemos notícias ruins que contribuíram para a queda da confiança, como aumento dos juros, redução da meta do superávit fiscal, inflação elevada e alta do desemprego”, afirma Eric Brasil, coordenador do Núcleo de Pesquisa IFECAP.
As expectativas para o próximo trimestre apresentaram queda de 0,2%, com 98,18 pontos na série com ajuste sazonal. Por porte da empresa, as expectativas pioraram em relação ao mês anterior entre as pequenas e médias empresas e melhoraram entre as grandes e microempresas. Do ponto de vista regional, as expectativas subiram na capital e caíram no interior. “O comércio deve continuar ruim em agosto e registrar uma confiança em queda pelo oitavo mês consecutivo. Certamente, vamos fechar o ano com um resultado muito abaixo do registrado em 2014. O mercado está de ressaca”, conclui o economista.

BB destina R$1,5 bilhão para pequenos negócios

O Banco do Brasil tem R$ 1,5 bilhão em microcrédito disponível para apoiar iniciativas de empreendedores informais e individuais, além de micro e pequenas empresas. Os recursos são da linha Microcrédito Empreendedor e podem ser utilizados como capital de giro e investimentos em pequenos negócios – casos dos salões de beleza, bancas de feira, quituteiros, costureiras e iniciativas semelhantes que geram emprego e renda.
O funding do Microcrédito Empreendedor vem do Programa Crescer de Microcrédito Produtivo Orientado, iniciativa do Governo Federal voltada para pessoas físicas e empreendedores individuais, e microempresas com faturamento de até R$ 120 mil anuais. O Banco estima que vai liberar cerca de mais R$ 1 bilhão até o final do ano.
Além de taxas mais acessíveis, isenção de IOF e prazos de até 18 meses, o Microcrédito tem como característica a orientação ao tomador do crédito, o que possibilita a educação financeira e a consequente aplicação dos recursos de forma mais consciente.